terça-feira, 20 de janeiro de 2009

E também teve o velho do avião

Voltando de São Paulo das festas, eu sentei ao lado de um velho. Fui terminando de ler Marley & Eu, chorando porque o Marley morre. Não, não é spoiler. É só pensar um pouco. O autor não ia escrever um livro dizendo, ao final, "E assim Marley foge. Nunca mais o vimos. Sentimos saudades."

Terminei o livro e pensei "hmmm, vou ouvir música". Acontece que eu ovo música no celular (eu tenho um Sony Walkman). Nessas horas que eu penso como seria bem se eu tivesse um iPod - de verdade ou genérico. Sempre que eu viajo de avião, o celular já vai ligado no "somente música". Assim eu não tenho de ficar me escondendo pra ligar o bendito. Os fones são cobertos pelos cabelos, então ninguém incomoda mesmo.

Enfim, peguei meu celular, liguei ele relativamente mocosiado e fiquei ali curtindo minha músiquinha.
Até o que velho do lado vê.

- Não pode ligar celular.
- Não tá ligado.
- Tá sim.

Já fiquei puta pensando quem diabos esse velho é pra estar me dizendo isso.

- Não tá.
- Tá sim!

Como se esse velho maldito soubesse de alguma coisa. Ele nem deve saber enviar sms.

- Não tá.

Pego o celular, vou apertando na teclinha de voltar até que ele vê a tela de ligar. Ali tem uma općão "somente música". Ele me olha com uma cara "mas não devia ligar essa merda", solta um "hm" e volta pro seu quadrado. Obviamente eu fiquei reclamando mascredoquemessevelhoachaqueépramedarlićãozinhademoralmimimi. Certamente eu já voei mais que ele. Pra fazer esse escândalo, ele não deve saber da existência de celulares que tocam mp3.

Azar o dele se ele ouviu.
Metido.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Olá, espírito de porco.

Certo dia, fui eu, Bruno e Rodolfo no Bourbon Country fazer uma visita à Livraria Cultura. Fomos em caravana porque achamos que ela tava muito sozinha nessa época de férias. O Bruno tava motorizado, então entramos no estacionamento. Eis que vejo um carro super bem estacionado. Lembrei da Jamile e resolvi fazer também.

Rá. Me senti o Zorro dos estacionamentos.

E assim que o moćo/a estava estacionado:
 

Vai ocupar duas vagas na ponte que partiu.
 
 
Merecia.

Yet another wishlist for 2009

- Voltar a estudar
- Viajar mais
- Guardar dinheiro E não mexer nele
- Tirar férias para um lugar diferente da casa da minha mãe (embora seja bom)
- Fazer mais exercício físico
- Perder peso e voltar pra forma de exatos um ano atrás
- Comprar roupas de inverno
- Comprar minha cama e um armário melhor
- Morar na Casa Rosada
- Perder, mais um pouco, o medo de envelhecer
- Aproveitar mais o dia
- Fazer massagem regularmente
- Ver mais meus amigos
- Tirar muitas fotos
- Fazer mais cursos de foto
- Comprar um hd externo
- Fazer uns novos amigos
- Tirar certificaćão
- Estudar pro Winterkurs do DAAD

Deve ter mais coisas que eu quero fazer em 2009.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Arthur

Fiquei muito feliz que ele me reconheceu. Meu maior medo é que ele me esqueça.



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Abri a geladeira e vi danoninho. Não deu outra: peguei um e sentei no sofá pra comer.
Em um piscar de instantes, o Arthur me enxerga, escala o sofá pra sentar ao meu lado e olha fixamente para o danoninho.
- Ele adora danoninho.
- Posso dar?
- Pode.
Então entramos na lei "um pra mim, um pra você".



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Ele correu a sua primeira maratona!!



Acordamos cedo para a corrida do moleque no sábado dia 20. A corrida tinha aspecto sério: com número, chip (sim!!! chip no tênis!!) e medalha! Foram várias baterias de crianças para a corrida dos 50m. Alguns pais tinham o senso de competição muito grande e acabavam arrastando suas crianças. Resultado: uma delas caiu de cara, literalmente, no chão.

Minha irmã foi junto com o Arthur porque o medo da gente do guri empacar e não correr era muito. No meio das outras baterias, eu tive a idéia de filmar por dentro da grade (junto no local onde as criancinhas estavam correndo) daí eu fui dar um jeito de entrar lá. Perguntei pra um carinha da organização ele foi meio vago e reticente sobre eu entrar ali pra filmar (apesar de muitos pais e mães estarem ali dentro). Mas como eu sou uma pata, comecei a ficar nervosa e a andar de um lado pro outro sem saber o que fazer. Tudo que eu pensava pra poder entrar ali, eu vinha com o argumento que não ia dar tempo. E não ver o bacuri correr seria muito digno de fail. A solução melhor (e mais tosca) era pular a cerca. Mas eu fiquei com muita vergonha. Pra completar a cena, eu vejo que a bateria do meu pequeno está pra sair.

Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.

Féééééééé.

E saem as crianças correr. Eu apertei (pelo menos achei que tinha apertado) o botão da câmera e fui correndo do lado (de fora da grade) do Arthur e da minha irmã. Meu cunhado foi tirando fotos. Ao terminar os 50m, eu vejo que a câmera está no modo para filmar, mas não estava piscando.
Moral da história: FAIL.
Eu falhei miseravelmente na tarefa de filmar a primeira corrida do piá. Não dizem que as melhores fotos são as que ficam na nossa memória?