domingo, 11 de dezembro de 2011

Desafio Clássico: The Adventures of Huckleberry Finn

Nessas promoções de site de livro, enchi a prateleira de clássicos. Qual foi a minha surpresa ao ver minha edição de Huckleberry Finn?

UM RETOLD DA HISTÓRIA PARA CRIANÇAS!!

Valeu, aí, Oliver Ho! .o/
Eu fiquei meio brava e, por isso, demorei pra ler. Aí, veio o Desafio Clássico e facilitou as coisas pra mim.

Quantos clássicos você leu nesses dois meses?
Um só.
 
Quais foram? The Adventures of Huckleberry Finn de Mark Twain nas palavras recontadas de Oliver Ho.
 
Cumpriu a sua meta? Siim! Um a cada dois meses. 

Qual o seu personagem favorito do livro? ...

Viu alguma adaptação cinematográfica? Não.

O que você achou dele?

No fim das contas, fiquei bem feliz de ler a estória recontada e não a original. Um personagem que bagunça a casa inteira pra fingir um assalto e enche a casa inteira de sangue de porco pra fingir que foi assassinado só pra viver a vida segundo suas regras não pode ser boa coisa. Me deu vontade de atear fogo no livro. Ou seja: mais um clássico que eu não me relaciono com o personagem, therefore, não gostei do livro. Não foi um livro que me chamou a atençãããããão (desculpa, aí, Alexa). De boa, eu até achei meio boring.

Huck não gosta da Widow Douglas porque she wants to civilize me. E ela também quer que ele vá para a escola. Aí, pra arranjar dinheiro, ele pensa em armar uns golpes por aí. Huck não gosta do seu Pap porque ele bebe bagarai e dá uns tabefes nele de vez em quando. Alguém aí sabe o que aconteceu com a mãe do Huck? Ele veio do alface?
Acho que a única pessoa que ele realmente gosta/preza é o Jim. E o resto do livro conta as aventuras de Huck e Jim rio Mississipi abaixo. Vai ver eu não gosto de livros desse tipo de aventura. O livro menciona Tom Sawyer no início por conta da grana que eles acham no primeiro livro, The Aventures of Tom SawyerThe Adventures of Huckleberry Finn é uma continuação dele. Além disso, eles se encontram e se metem numa divertida e aloprada confusão. Essa aí, eu curti. Dei umas belas risadas. Já no final, até apareceu algum tipo de sentimento no Huck, mas não o suficiente pra eu acreditar que ele possa sofrer algum tipo de mudança mais tarde na vida. Acredito que tudo tenha sido causado pelo sentimento de paternidade que ele sente pelo Jim.

O livro foi publicado lá pelos idos de 1880. Nessa época nos Estados Unidos, a escravidão rolava solta. Jim é o personagem negro do livro que sonha ser um homem livre. Dando uma pesquisada, os estudiosos de Mark Twain dizem que ele não tinha potencial para apresentar aos seus leitores brancos o estereótipo de um negro em sua totalidade da forma que eles esperavam e preferiam. O que ele pode fazer, no entanto, era adicionar o humor. Dessa forma, ele confirmava, ao invés de desafiar, os estereótipos racistas no início do século 19. No seu lançamento, o livro foi muito criticado pelo linguajar empregado. Mesmo assim, há argumentos fortes que apontam que o personagem principal, além do teor do livro, são antiracistas.

Relembrando aquele auê americano de retirar palavras ofensivas dos clássicos americanos, uma edição de 2011 de Huckleberry Finn foi publicada sem as palvras nigger e slave pela NewSouth Books apesar da grande maioria da população americana, incluíndo os negros, se recusarem a censurar Twain. O tal do Alan Gribben disse que a substituiçao foi uma melhora na expressividade das idéias do Twain no século 21. Gribben espera que a nova edição seja mais amigável para o uso em sala de aula antes que o livro seja banido por conta da linguagem.


Porra. Deixa o livro como está! Não é pra você ler Mark Twain pensando no século 21. Você tem de entender o contexto no qual o livro foi lançado e, assim, devoler o livro. Ler também é história. Você aprende ainda mais sobre a história do seu país com os romances que já foram escritos em determinadas épocas. Não é assim que a gente educa. A gente educa mostrando e discutindo diferenças. Não é só ir lá e substituir palavras só pra ficar mais bonitinho.

Pobre Twain. Deve estar se retorcendo de dor por estarem alterando o livro dele e amaldiçoando nossa geração.

E, para encerrar, Tom Saywer na voz, baixo e teclado de Geddy Lee, nas guitarras de Alex Lifeson e na ESTONTEANTE bateria de Neil Peart:

Palmas para a dancinha do Alex na primeira intervenção do teclado

A modern day warrior mean mean stride,
Today's Tom Sawyer mean mean pride.

Though his mind is not for rent, don't put him down as arrogant
His reserve, a quiet defense
Riding out the day's events... The river!

What you say about his company is what you say about society
Catch the mist, catch the myth, catch the mystery, catch the drift

The world is, the world is love and life are deep
Maybe as his skies are wide

Today's Tom Sawyer, he gets high on you
And the space he invades, he gets by on you

No his mind is not for rent to any god or government
Always hopeful, yet discontent
He knows changes aren't permanent... But change is!

And what you say about his company is what you say about society
Catch the witness, catch the wit, catch the spirit, catch the spit

The world is, the world is love and life are deep
Maybe as his eyes are wide

Exit the warrior, today's Tom Sawyer he gets high on you
And the energy you trade 
He gets right on to the friction of the day

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sobre demitir

Eu troquei de projeto... FINALMENTE. Programar em Java é realmente um mundo bom.

Aí entrou um cara novo na equipe. Segundo o arquiteto do projeto, ficou na mão dele de decidir entre o cara o e outro cara. Como ele escolheu o cara, o outro cara foi... Demitido.

O cara veio de outro projeto não sei por que motivo. Enfim, veio pra trabalhar e, por isso, demos tarefas pro cara. Pra toda tarefa que a gente dava pra ele, ele sempre levava os X dias dela. Nada que isso seja um impactante, mas é que as tarefas foram estimadas com tempo de gordura. Elas eram realmente simples. Enfim.

Até eu fazer QA do código dele.

Ele não respondeu à altura de um analista pleno. Um analista pleno não faz if (myStringVariable == "") ou if (myBigIntegerVariable.equals("1")). Um analista pleno não esquece de implementar 50% do diagrama de sequência. Me deram o trabalho de corno de analisar casos de uso. Quero morrer porque AINDA ESTOU FAZENDO ISSO, mas o cara levou 3 dias (porque eu mandei refazer) para fazer um caso de uso com um fluxo principal mais quatro alternativos. Nesse tempo, eu analisei um com trinta fluxos alternativos mais 3 curtinhos.

Meu chefe pediu, para mim para o arquiteto do projeto, um feedback.
Eu dei.
O feedback.

Demitiram o cara ontem.

Meu chefe me disse que, apesar do feedback que eu passei, a gente não tinha como abrigar o cara. Eu não argumentei quando ele falou que o projeto era crítico. Todo projeto é crítico porque todo cliente quer seu produto entregue na data combinada. Meu argumento é que ele nunca tinha sido gerenciado decentemente e, por isso, nunca tinham colocado responsabilidade no colo dele. Todo mundo merece essa chance. Mas o fato de dar um caso de uso FÁCIL (gente, era fácil) na mão dele e ele não conseguir desenvolver as perguntas sozinho... Como diriam na minha terra, é brabo.

Confesso que me senti meio mal. Eu acho que ele achou que eu e o arquiteto mandamos ele embora porque ele era preto e não porque ele não entende que o trabalho dele não era o melhor. Mas quando eu lembro do if (myBigIntegerVariable.equals("1")) até que me sinto bem.