quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Pô, Zirbão....

Marcia Ribeiro Martins to superpri 2:28 PM (5 minutes ago)

Prezado senhor (a) Informamos por meio desta correspondência que você não foi selecionado para a vaga de consultor - perfil 2 - Consultor Especializado, conforme definido do edital 137/2009. Agradecemos pela sua participação.

Prof. Sérgio Felipe Zirbes
Coordenação do Projeto AGHU

<drama>Eu fui sua ex-aluna!!! Mas, eu nem queria mesmo...</drama>

Curitiba, here we really go!!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Primeiros contatos com Curitiba

Parque Barigui

Parque Barigui

Pra começar, se fosse bom, não começava com cu. Que clima mais murrinha! A semana inteira passou com nuvens no céu e, às vezes, o sol aparecia. Já começou o tempo de dizer "que saudade de/do/da ________ que tinha em Porto Alegre". O primeiro item da lista que preenche a lacuna é "dias de céu limpo com sol". O lado bom do clima murrinha é que aqui também é verão e as pessoas não fervem. Do bafão, da falta de vento, da umidade e do suor colado com certeza é que não sentirei saudade. Mas minha asma já deu sinais de "querida, você está na serra. Vá procurar um pneumo que lhe dê um remédio mais forte para o inverno porque você já está tomando a dose que você tomava no inverno no verão". Só apareceu azul no céu no domingo. Continua até hoje, mas hoje é mais branco que azul.

O segundo item na lista que preenche a lacuna é "serviço rápido". Pra autenticar a assinatura do Tobias no cartório levou MEIA HORA COM O CARTÓRIO VAZIO. Todas as outras pessoas que entraram no cartório nesse meio tempo esperaram bem mais que isso só pra ser atendido. Que povinho que trabalha lento. Eu ainda não fui num restaurante a la carte, mas o Tobias disse que leva uma meia hora pro restaurante entregar o xis que tu pediu. Acho que Curitiba tem o lema "apenas faça o seu trabalho".

Toda mudança tem seus prós e contras. O principal contra que eu vejo é que voce normalmente não conhece a cidade para a qual você está se mudando. E não saber andar pela cidade sozinho é um horror. E existem 349823098420397598247 linhas de ônibus aqui. Se o site da UBIS funcionasse, ajudava. Mas o site tem uma merda de um applet Java lento que deuzoláive e que só funciona em Internet Explorer. Quando funciona. Delícia. Estou quase prestando um favor à cidade e montando um blog sobre as linhas de ônibus de Curitiba com mapas decentes, locais das paradas de ônibus, numeração das ruas... Dessa forma, o terceiro item da lista que preenche a lacuna é "site da Carris". Para tentar suprir esse meu não conhecimento, comprei um mapa da cidade.

And now ladies, and gentleman I present you: o sOtaquE. Como isso me faz rir! É muito engraçado ver um curitibano falando. Diz a Ana, a prima do Tobi, que é bem sotaque de curitibano mesmo. Que no interior é bem diferente. O sotaque aqui é uma combinação de érre apeRRRRRtado com o leiTE quenTE e todo mundo conjugando verbos em terceira pessoa do singulaRRR.

E, não. Não sentirei saudade do sotaque de Porto Alegre, néééééééáaaaaaaan?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Entrevista de hoje

Nunca tive uma entrevista tão surreal.

É sabido da escassez de mulheres na área da tecnologia da informação. Isso não é novidade pra mim. Mas hoje essa informação somada à entrevista que fui fez com que tudo ficasse mais engraçado.

Fui pra entrevista. Chegando lá, a secretária gostosa me manda preencher um formulário, ler um cartaz com detalhes do projeto e assinar tudo. Depois que fiz isso, ela me conduziu pra sala de entrevistas. A sala tinha uma mesa oval no centro dela, com seis cadeiras e a maior televisão que eu já vi. A sala não era maior que o meu quarto. Vai ver era por isso que foi a maior televisão que eu já tinha visto. Quando entrei, tinha um tio careca com um óculos clássico de nerd me olhando como se eu fosse o último sorvete do deserto de um lado da mesa. E sorrindo. Notei que, do outro lado da mesa, tinha um outro tio um pouco mais novo que o tio careca também me olhando certamente pensando: olha só, uma menina! e até é bonitinha! será que ela é inteligente?. Fiquei meio sem jeito e tudo que consegui falar foi:

- Eu fecho a porta?

Fechando a porta, o tio careca fala alguma coisa que eu não entendi. Anyhow, eu virei e estendi a mão pra ele pra cumprimentar. Aí ele estendeu a mesma mão para a minha outra mão que estava segurando os formulários que preenchi. Enfim. Uma bela cena de comédia de escritório pra algum filme do Didi. Nesse momento noto que o tio careca tem uma aliança dourada no dedo mágico da mão esquerda. Penso: lucky boy.

A entrevista começa. Perguntam se eu tenho como comprovar minha experiência em desenvolvimento de sistemas, eu disse que sim. Nessa hora eu notei que o tio careca continuava olhando pra mim e o tio mais novo olhava pra mim e pro seu netbook. Perguntam o que eu sei de tecnologia Java, eu respondo, o tio careca me pergunta se eu sei Oracle e Oracle Forms, na hora eu pensei eu trabalhei com Oracle Forms na iProcess?!, mas respondi que achava que sim e que fazia muito, mas muito tempo. Nessa hora, entra um outro cara mais ou menos da minha idade. A entrevista com os dois tios continuava (com o tio careca ainda olhando pra mim e o tio mais novo olhando mais pro seu netbook). Ao final, o tio mais novo pergunta:

- E aí Geraldo? O que tu quer perguntar pra Priscilla?
- Então, Priscilla, eu vim aqui pra te perguntar umas coisas mais técnicas.

Nessa hora, eu pensei: pronto. me fodi.

- Posso começar?

Na verdade não. Posso ir embora?

- Pode.

E o maluco me fuzila com tudo que era pergunta. Lógico que a primeira, eu tava muito nervosa, eu não entendi e comecei a responder qualquer coisa. O maluco ficou me olhando com uma cara de hn?! e eu larguei:

- Ai. Eu acho que não entendi tua pergunta.

Sim, com o ai na frente. E foi fuzilando, fuzilando... E eu lá, respondendo como eu sabia. Uma hora eu noto que o tio do netbook sorria cada vez mais com as minhas respostas. Aí, eu fui ganhando confiança e fui respondendo ainda melhor as perguntas.

- Selenium?

VALEU, CLAUDINEEEEEEEEEEEI!

- Sim, já ouvi falar, mas nunca trabalhei. É uma ferramenta de automação de testes bem jóia.
- E Hudson? Já ouviu falar? Já mexeu?
- Sim, já ouvi falar. Eu trabalhei com ele na Idea.
- Tu era a responsável?
- Não, eu não era. Mas eu trabalhei um pouquinho.
- E tu sabe o que é o Hudson?
- É um Selenium pra builds.

O maluco me olha. Faz a expressão facial que geniaaaaaaaaaaaaaaaal, olha pro tio do netbook, o tio do netbook olha pra ele e faz a resposta muito também em expressão facial. O maluco volta a olhar pra mim e diz:

- Essa foi a melhor definição pra Hudson que eu já ouvi.

Assim a entrevista foi indo até que terminou.
Saí de lá me sentindo a pessoa mais esperta do universo. Liguei pro Tobias pra contar.
Nunca sai tão confiante de uma entrevista.
E se não passar, certamente não vai fazer mal. O plano B já está em andamento.

domingo, 29 de novembro de 2009

Pra resumir...

a) Tobias é meu namorado. Eu costumava trocar tanto portanto eu entendo se você não sabe de quem estou falando. Decore a cara e nome dele já. É esse aqui:

e eu em modo madonninha + 1 e com óculos velho


b) Tobias trabalha no Banco do Brasil e há uma semana foi transferido para Curitiba.

c) Tobias vai para trabalhar no turno noturno (que dá algumas horas de adicional noturno).
c.1) O combinado entre mim e Tobias era eu ir para Curitiba somente quando ele voltasse a trabalhar em turno normal. Algumas coisas acabaram dando certo pelo ano de 2009 e eu queria ver como essas coisas iam ficar. Aliado a isso, instituições públicas brasileiras são super organizadas, somente existe o turno noturno porque não existe espaço físico suficiente para comportar todos os funcionários.

d) O prédio para onde o setor do Tobias irá futuramente nem começou a ser construído, eu acho.

e) Há umas três semanas atrás eu e os outros funcionários da empresa que trabalhava foram comunicados das demissões.

f) Com b) e e), aliados ao fato de procurar um novo emprego, resolvi procurar emprego somente em Curitiba.

g) Eu ainda estou em Porto Alegre esperando:
g.1) a entrevista do único emprego que talvez me seguraria aqui;
g.2) aspectos do apartamento a ser alugado em Curitiba para fazer a mudança;

h) Diz minha mãe que, quando deus fecha uma porta, costuma abrir outra.
h.1) Lulu vai morar com o namorado, Marlon;
h.2) o colega de apartamento do Marlon, Émerson, pretende morar com a namorada no nosso apartamento aqui em Porto;
h.3) ele ainda não abriu totalmente a porta do meu novo emprego, mas já tenho uma bolsa de 20h me esperando em Curitiba.

Enfim, mais um fim de ano movimentado. Já aceitei a parte do chaquoalhão, agora vem a parte do esperar.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Um Prisma de Canções

Pra quem ainda não sabe, porque eu não falo mesmo, eu faço parte da jujubas & feijões, uma excelente banda de MPB.
Dia 3 e 4 de novembro foram nossos shows de estréia no Teatro de Arena em Porto Alegre.
Quem não foi, perdeu, malandro. Todo o trabalho, as discussões, estudos e conversas valeram a pena ali.
Tava todo mundo tão bonito de figurino!

Fica ligado nos próximos. O álbum completo está no picasa da banda.


domingo, 9 de agosto de 2009

Zara

Quem diz que Zara não tem peças de preços bons para comprar mente. E mente feio.
Existem blusas por 25 reais muito, mas muito mais legais que as de 19,90 da C&A por exemplo. E são só 5,10 a mais.

E, ontem, eu comprei 5 blusas por 11 reais.



Lero lero.
Sabia que, algum dia, o L e o XL iam valer alguma coisa.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Dia 6 de agosto

Esse dia foi surreal: o show de ontem foi um sucesso. :)
Tivemos vários problemas (técnico de som com vontade própria, pessoas que não sabiam o que era uma caixa de retorno, cadeiras no palco...), tivemos muitas fotos e filmagem. As fotos devem ser postadas logo. Recebemos muitos elogios e muitos aplausos no final do show.
Eu estava bastante nervosa, os ensaios estavam um pouco prejudicados pelas ausências por motivos de trabalho de algumas pessoas... Mas foi muito muito muito bom!

O que mais me emocionou foi o cartaz:
Nosso primeiro cartaz!
O primeiro de muitos!

E não esqueçam: dia 6 de agosto é o dia internacional do picolé de chuchu sem noção.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

The Tales of Monkey Island

Tobias me conta que vão lançar todas as edições de Monkey Island em dvd pra PC com uma refinada nos gráficos e, o que na época era texto, vai virar voz. E no que ele me conta isso, eu vejo uma lojinha de informática com muitos jogos na vitrine.

- Vamos entrar pra ver se tem?
- Vamos!

Eu entrei primeiro e perguntei pro moço:

- Oi! Tem Mânqui Ailand?
- Hn?!

Eu me viro e fico na porta da loja olhando.
Tobias, com sua paciência, continua a conversa.

- O Mân-qui- Ai-land, que tá sendo relançado agora... Tem?
- Aqui a gente só vende jogo. Sorriso amarelo do vendedor.

Nessa hora, eu me retiro da lojinha. Não era à toa que ela estava vazia.

Tobias, com sua paciência, ainda continua a conversa.

- Mas Mânqui Ailand é um jogo... Como é mesmo o nome dele em português... A Ilha dos Macacos!
- Ah. Deixa eu ver aqui se eu tenho.

O vendedor quanto o Tobias passam a olhar na estante.
Nada de Monkey Island.

- É. Não tem.
- Tá bom. Muito obrigada.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Senhora Noção

Quando a notícia veio, caiu como uma bomba no nosso colo. E veio por email.
Isso, com certeza, é minha culpa. Eu pedi a ele por email que tentasse descobrir quando as mudanças aconteceriam. E email é a forma que a gente tem de se comunicar durante o dia sem gastar.
Nenhum de nós dois achava que isso se daria antes de 2012.

Sabe quando você não quer contar algo pra ninguém porque você não se sente bem?
Sabe quando você conta pra alguém porque precisa dividir mesmo sabendo que você não se sente bem?

Domingo, escuto:

- Alguém tem de avisar com tempo quando for embora, em tom de brincadeira.

Nem lembro do contexto, nem lembro se foram essas as palavras. Sei que todos os pensamentos da minha cabeça sumiram e todas as pessoas da sala olharam pra mim com algum certo pânico no olhar.
Infelizmente, tive de contar da pior maneira na minha opinião.

E na sequência:

- Porque a gente precisa achar alguém pra te substituir, em nenhum tom de brincadeira.

Doeu.

E isso ficou soando na minha cabeça durante a insônia que tive hoje.

De certa maneira, isso tira um peso gigante das minhas costas em diversos aspectos porque, se eu sou tratada dessa maneira num projeto pequeno, acabou de ser aberta a porta para eu tratar de volta no projeto maior. Pra que perder tempo pensando em alguém que não se importa em, pelo menos, te puxar pra um cantinho pra perguntar se pode abrir um assunto que não é seu e te expor na frente de todo mundo com um "tom de brincadeira"? Pra mim, não teve nenhum tom de brincadeira.

E a minha conclusão sobre tudo isso é: já acha alguém pra me substituir agora. Dessa forma, me sobra tempo pra outras coisas.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eu fico desgraçada da minha cabeça!

Vamos começar pelo início.

Ponto um: é FÓRUM INTERNACIONAL SOFTWARE LIVRE. É fórum, não é feira. É o fisl. Masculino. Sem de. Aprende. Tá no logo: 10o. Fórum Internacional Software Livre. Dá pra prestar um pouquinho de atenção, sim?! Se é pra falar que não gostou de certos pontos do Fórum, pelo menos faz um trocadilho direito com o nome evento.

Ponto dois: Os únicos motivos do fisl ser em Porto Alegre é porque todas as pessoas que despreendem um pouco (ou muito) do seu tempo para trabalhar na organização do evento moram aqui desde a primeira edição em 2000, porque a sede da Associação Software Livre.org (ASL) foi criada aqui em 11 de setembro de 2001 pelas mesmas pessoas já supracitadas e porque todas as reuniões relativas à organização do fisl (exceto as do Temário) acontecem na sede da ASL. Se existem outros motivos, por favor me avisa porque eu não sei.

Todo santo ano tem gente reclamando que <mimimode> o Fórum é sempre em Porto Alegre e que ele devia ser em _________ </mimimode>. Quer levar pra _________? Na minha humilde opinião: LEVA! Mas não fica achando que a equipe da organização vai se mudar pra _________ ou vai organizar à distância. A equipe da organização do fisl DEVE estar na mesma cidade em que ele vai ocorrer. DEVE fazer reuniões pra discutir coisas cara a cara. DEVE conhecer a cidade, saber dos pontos de trânsito, saber qual local é melhor em questão de infraestrutura alimentícia, conhecer diversos fornecedores e fazer a lição de casa sobre eles, saber onde é melhor centro de eventos para comportar um evento do tamanho do fisl e como se faz pra chegar lá. É um evento grande demais pra ser organizado à distância. Sugiro antes que organizem alguns eventos menores antes pra se ter alguma experiência e, pelo menos, alguma idéia do que se vai encontrar. Muda a cidade, muda a equipe. Tem alguéns aí disposto? O fisl infelizmente não é e não começou como um evento de um homem só. Se tiver, pode mandar email para pri em softwarelivre ponto org que eu advoco por você. Advoco com unhas e dentes. Mas antes disso, associe-se à ASL. I'll only feel sorry da conta telefônica e pela Cris, über mega boga secretária da ASL.
E, se algum dia, o Fórum for pra _________, quem sabe depois de cinco anos sem ver nem cheiro de palestra, eu aprecie algumas delas. Oh wait, assinaram um termo que ele vai ficar em Porto Alegre.

Ponto três: o Fórum não é um evento out of the blue. Ele é um projeto da ASL. Podemos equiparar um projeto acadêmico de um departamento de uma Universidade. O projeto é tão desse departamento quanto o fisl é da ASL. Tanto a Universidade quanto a ASL possuem documentos que regulam pra quem ela tem de dar satisfação, seja porque os fomentadores do projeto querem assim ou porque o órgão organizador possui um estatuto. Portanto,  o projeto de um departamento da Universidade apenas presta contas pra quem de direito: para os diretores do curso talvez e com certeza para os apoiadores do projeto. Dessa forma, o fisl apenas presta contas para seus associados e para os patrocinadores que, no contrato, é setado que deve-se prestar contas. Ces't fini. Já vi essa discussão umas 47238947203420394.6 vezes na lista do PSL Brasil. E de novo tem gente questionando isso, mas de uma maneira diferente: "para onde vai o dinheiro do fisl?". No meu mundo, não pensar é crime para pena de morte.

Então, vamos exercitar o pensamento com questionamentos muito complexos:
- será que todo palestrante internacional vem pagando sua viagem?
- será que todo palestrante nacional vem pagando sua viagem?
- será que o site do fórum é feito por voluntários?
- será que os telecentros são cedidos pela PUC?
- será que as câmeras para filmar as palestras são cedidas pelo curso de jornalismo da PUC?
- será que a PUC cobra alguma coisa pelo uso do centro de eventos e pelo uso dos outros prédios?
- será que a infraestrutura montada é cedida pela PUC?
- será que o ônibus que tinha lá para os congressistas foi cedido pela PUC?
- será que todo mundo trabalha, como as moças de cada sala ou o pessoal que entrega crachás por exemplo, como voluntário?
- será que os estandes fazem parte do centro de eventos?
- será que a BrasilTelecom dá a linha telefônica de graça pra ASL usar?
- será que eles precisam pagar aluguel da sede da ASL?
- será que todos os funcionários da ASL são voluntários?
De repente algumas dessas respostas talvez possam indicar pra onde vai o dinheiro do fisl.

Ponto quatro: realmente foi falha da organização não divulgar que, durante a visita do Lula, teríamos alguns contratempos como a evacuação da área dos estandes para o esquadrão anti-bombas passar, os detectores de metais, os cachorros e a visita restrita ao local dos estandes. Logo que cheguei no evento, estava o Mário Teza dando o recado no grito pra galera, mas não é a mesma coisa. Tem a notícia da vinda do Presidente, mas não tem nada das restrições da entrada ali. A comunidade aqui tem razão. Em reunião no dia anterior à visita, o Temário via Nanda, já tinha dito que o público não gostaria disso. Ninguém pode negar. Mas a vinda do Presidente ao evento foi muito importante. Ninguém pode negar.

Ponto cinco: tenho esse blog há duzentos anos (tá, nem tanto. abri e fechei ele umas quantas vezes) e não tinha a tag fisl.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Miss California

Todo mundo viu isso? E sim, dessa vez eu vi em tempo. Só não tive o plim pra escrever antes.



Rolou alta discussão sobre os dizeres da menina. Dá até pra ver a cara do Perez Hilton totalmente abalado com a resposta. Admito que a guria teve culhões o suficiente pra dizer isso em rede nacional. Por mim, ela podia ter parado no we live in a land we can choose. Fica uma ótima resposta sem causar polêmica e fica implícito um sim. Você não acha?

Se você não acha, então vamos pensar:
a) o que deveria representar uma Miss?
b) quais devem ser os preceitos de uma Miss?
c) até onde a opinião dela como pessoa deve ser uma opinião dela como Miss?

Eu não pretendo convencer você que a minha idéia é melhor que a sua, mas façamos de conta de Perez Hilton faz a seguinte pergunta (e não precisamos ir muito longe): "O restaurante que você reservou mesa com 3 meses de antecedência coloca a sua mesa ao lado de uma mesa de negros. Você senta nela? Why or why not". Aí todo mundo vai chamar a menina de racista se ela diz que no país dela, aquele que tem a graça de poder escolher, os brancos não devem sentar ao lado de negros no restaurante porque esse é o jeito que ela foi criada. No offense.

Você entende que it's a matter of subject here? Qualquer outra coisa polêmica que coloquemos nessa pergunta haverá 100% de união do povo a favor ou contra a opinião da moça. Agora que existe homossexualismo envolvido, "Deus não permite". Mas "Deus permite" que seja excomungada uma menina que foi estuprada pelo padrasto, não tem estrutura psicológica e física de continuar a gravidez e decide a mãe decide abortar. No offense.
E o padrasto? Provavelmente teve o mesmo destino do bambu, claro, se "Deus permitir".

A menina é cristã. Então ela pode achar isso. Só eu vejo que isso é uma puta de uma hipocrisia? A discriminação está em ambas as situações. Eu ainda poderia argumentar sobre questões históricas da criação do Cristianismo. Lá na época do Conselho de Trento que, para unir e agradar o povo e mantê-lo sobre uma só crença, os caras se reuniram e pegaram as coisas que eles achavam legal de cada religião e criaram uma nova. Mas isso a gente deixa pra outro post.

A resposta da menina me chocou. Não pelo fato de eu ser a favor do casamento homossexual, mas sim porque ela disse isso em rede nacional. Let's keep it on the down low, shall we? Você está num programa de televisão que está te julgando pelo tamanho do nariz, localização perfeita dos peitos, caimento exato do biquini... Você acha que eles não vão julgar você por uma merda que você fale? Todo mundo sabe que pra ser Miss precisa ser inteligente e saiba distringuir situações delicadas. Nesse momento, não era inteligente que você colocasse realmente a sua opinião.

Eu não sabia, mas o Donald Trump é, além de ser o cara de demite pessoas no The Apprentice, dono do Miss USA. Não encontrei referências sobre a religiosidade dele, mas acho que ele deve ser alguma coisa cristã porque ele decidiu deixar a menina com sua coroa mesmo depois da fuzarca toda.

Aqui está a conferência dela.
 



Antes eu tinha a ideia (agora sem acento) que dinheiro e poder, nessa ordem, moviam o mundo.
Agora eu acho que hipocrisia, dinheiro e poder, nessa ordem, movem o mundo.
No offense.

 

Fontes: aqui e aqui.

Update

Neste último mês eu:
- lembrei que me mudei faz dois meses e pintei de rosa o meu quarto;
- descobri que talvez vá para New York porque minha irmã finalmente foi sorteada para a maratona de Londres New York;
- percebi que meu salário dá pra pagar tudo e não dever nada. Mas esse mês vou dever pra Luana porque não tenho dinheiro pra pagar a Net;
- não pedi pra minha irmã me mandar fotos do meu sobrinho;
- pensei se gasto ainda mais e vou no show do Caetano;
- ainda não sei o que quero com a minha carreira;
- não escrevi no blog porque não acontece nada de interessante na minha vida pra eu escrever;
- às vezes penso em fechar isso aqui.


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Amor incondicional

Todo mundo sabe (pelo menos deveria) que eu tenho um sobrinho. Eu o amo desde que a única notícia que eu tinha era um SMS da minha irmã enviado às 4 da madrugada dizendo que estava grávida. Pra mim, não importava o sexo. Eu já amava aquela pessoinha e a meu maior medo era que ele não me reconhecesse, já que Flávia, minha irmã, e eu moramos em estados diferentes. Uma das minhas maiores alegrias foi um dia que fui fazer não sei o que na cidade que minha irmã mora e, ao entrar no carro, meu sobrinho, já com um ano e meio, claramente me reconheceu, sorriu pra mim e, durante todo o trajeto do aeroporto pra casa, ele ficou agarrando meu dedo. Valeu ouro aquele momento. Hoje, meu medo é que ele subitamente pare de gostar de mim.

Minha irmã, quando estava no colégio, teve um colega de classe assassinado pela mãe. A mulher também matou os outros três filhos e se matou em seguida. Eu não lembro desse fato, era pequena demais, mas eu e Flávia construímos esse papo numa das nossas conversas profundas e filosóficas familiares. E entramos no quesito amor incondicional. Comentei pra ela que o que sinto pelo Arthur é incondicional. Recebi o SMS aquela madrugada e eu instantaneamente passei a amar aquela criança. Logicamente chegamos à conclusão que não existe explicação pra esse amor. Não conhecemos a personalidade da criança, tão pouco se ela é bonita ou feia, burra ou inteligente... Não sabíamos nada além do "estou grávida" e todo o senso de proteção, amor, carinho já estava instalado. Parando pra pensar, isso é muito maluco. Ela me comentou que, ao ser mãe, entendeu a mãe do colega que foi assassinado. Entender não significa justificar. Acho que Flávia não sabia qual era a situação psicológica da mulher, certamente não era uma condição normal. Mas quem melhor que você para criar o seu filho? Você colocou ele no mundo, você desejou ele mais que ninguém (às vezes, mais que o própio pai), você o carregou nove meses, você teve um relacionamento muito íntimo com ele. Você o ama incondicionalmente.

Hoje li essa notícia no G1. Há alguns anos atrás eu teria uma outra opinião sobre o assunto.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Tô maneta!

Cortei a mão direita e levei 5 pontos.
Eu sou destra.
Tiro os pontos em 10 dias.
Eu me mudo amanhã.
A parede do meu quarto continua branca.
Eu viajo sozinha amanhã.
Vou ver meu sobrinho e ele não conhece a palavra "cuidado".

Como cortei a mão: uma porta emperrou em casa e eu cortei a mão forçando a maçaneta.
O gráfico abaixo demonstra melhor que mil palavras:



Pense sobre a maçaneta e coloque virtualmente sua mão direita sobre ela.
Quebre a maçaneta virtualmente.
Execute o movimento de puxar bizarramente a maçaneta para fora quando ela está emperrada.
Foi essa parte aí que eu cortei da mão.

Gran Torino

Esse é o ultimo filme que o Clint Eastwood atua. E, na minha humilde opinião, o papel não poderia ser melhor.
NADA COMO ENCERRAR SUA CARREIRA COMO UM VELHO RABUGENTO!!!! :D


O filme inicia com o velório da esposa de Walt Kowalski mostrando o aspecto rabugento do velho. Esse item é que dá o toque refinadíssimo de humor ao filme. As piadas são de excelentíssimo nível.
Para rechear a história, o filme também retrata a vida de imigrantes chineses, os vizinhos de Walt, nos Estados Unidos. Nas palavras de Sue: meninas vão para a faculdade e meninos vão para a cadeia.
Para fechar a história, o filme mostra a relação de Walt e a família de Thao e Sue.
Tudo começa quando Thao é convidado a fazer parte da gangue de seu primo. A entrada para a gangue é roubar o Gran Torino de Walt. Walt, rato velho do exército americano e vencedor de medalha, percebe que algo está acontecendo e pega Thao dentro de sua garagem. No que vai desenrolando a história, Walt percebe que não é isso o que Thao gostaria e começa dar uma força ao moleque.
Eu acho que o que ele sempre quis ter foi uma família normal: que se comunica, que realmente demonstra preocupação e não apenas se mostra interessado pelos bens existentes. Esse clima família é retratado pela família de Sue e de Thao em diversas situações e ele participa desse sentimento lá, mesmo com seu jeitão carrancudo.
Eu fui muito cativada pelo Walt, principalmente pela evolução dele. Aos poucos, ele vai te conquistando. Ele deixa mostrar um lado que talvez ele nunca tenha mostrado à sua própria família por motivos que não estão no roteiro e você percebe que, no fim, ele apenas quer paz e carinho no seu fim de vida. A cena do reaparecimento de Sue é de deixar qualquer um de pernas bambas e, por conta de estar cativado por Walt, o seu sentimento é o sentimento dele.
O final é excelente. Walt, apesar de velho, mostra que ainda tem os tchans que aprendeu nas guerras em que esteve.
Eu só não gostei do fim, afinal, eu fui cativada pelo velho. Grrrr pra você.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Radiohead

Tobi assistiu o show enquanto eu via o último ep de LOST no oddie.
Tenho uma coisa a dizer: Ed O'Brien é um pedaço de mau caminho.


Oh please ok computer me...

E eu também gostei de There There.

terça-feira, 17 de março de 2009

Sabe quando você é pequeno e sonha com uma coisa? Um dia, você cresce e realiza aquele sonho?
É mais ou menos essa a sensação.


Quase não haviam câmeras ali, não? Foto by Ana Elisa Mello

Um dos meninos que mora comigo me disse: "Viu que vai ter show dos Backstreet Boys no Brasil?". Eu tremi. Me veio na mente a cena de quando eu era adolescente, que eu amava muito o BSB, que eu fiquei muito muito triste quando eu não pude ir no show deles em 2001. Naquela época eu mal tinha onde cair morta e o show foi no Maracanã e no Morumbi. Pessoas acamparam na entrada durante semanas.
Ô inveja.
Assim que eu ouvi que ia ter show e ao lembrar de tudo isso, sentei na escrivaninha e fiz contas. Vi que ia falir. Passei alguns dias pensando sobre isso.
Conclusão: dane-se.


Eu tenho umas fotos parecidas com essa!!! Foto by Paloma Moraes

Fui no shopping e comprei o ingresso mais caro. Na minha mente, não havia outro ingresso. Além do preço do ingresso, mais 20% dele de taxas. Muito obrigada, Ticket Master, por me comer 70 reais para somente imprimir meu ingresso. Ok, tem o custo da menininha que vende os ingressos aqui, mas isso não interessa!!! Mesmo com isso, não senti culpa nenhuma por falir.
Senti a falência chegando quando fui ver o preço das passagens. O show de São Paulo era na quinta. Praticamente impossível de ir, sem contar que o show era no estacionamento do Credcard Hall. Já que era pra gastar, resolvi ir pro Rio. Ao pesquisar preços, lembrei que tinha um crédito de uns quase 400 reais na Varig pra gastar. Contando que ia ter de pagar a remarcação de cada trecho, esse crédito caia pra quase 300 reais. Dane-se. 300 reais são 300 reais. Lá fui eu ligar pra Gol, aguardar 15 minutos pra ser atendida, ter a ligação derrubada, ligar de novo, aguardar mais 15 minutos pra ser atendida, reclamar que a ligação caiu e, enfim, ter minha passagem comprada. Agora que a Varig e Gol se encontram mais integradas, meu crédito que era de quase 400 permaneceu de quase 400 e não precisei pagar remarcação!!! No fim, a passagem saiu bem baratinha.

Daonde eu tava, não tinha como tirar foto disso direito. Foto by
Paloma Moraes

Chegou o dia.

Peguei o ônibus (morrendo de medo) por indicação do Afonso pra ir pro Citibank Hall. Passeei por meia Rio de Janeiro pra chegar lá. Meu hostel era na Praia de Botafogo; e o local do show, na Barra da Tijuca. Ao subir no ônibus, perguntei pra cobradora se o ônibus passava na frente do Via Parque.

- Não. Esse ônibus pega a Ayrton Senna e faz o retorno.

Primeiro pensamento: quero matar o Afonso.

- Mas eu quero ir no número 3000. Passa perto?
- Passa perto, mas você vai ter de descer e caminhar um pouco.

Segundo pensamento: continuo querendo matar o Afonso.

Sentei e fui curtindo a vista. Até descobrir que sentei do lado errado do ônibus. Então eu vi prédio, prédio, prédio, rocha, rocha, rocha, pé da favela da Rocinha, pé da favela do Vidigal, rocha, rocha, prédio, prédio, prédio. E aquele povo esquisito subindo no ônibus. Tranquilamente level uma hora pra chegar no local. Desci do ônibus por volta do número 2200. Foram os 800 metros mais longos da minha vida. E olha que eu fui quase correndo.


Na minha cabeça, a trilha de Rocky rolou solta. Foto by Paloma Moraes

A fila da pista vip tinha tranquilamente umas 2k pessoas na minha frente. Eu sabia que devia ter chego lá umas 15h. Mas tava um calor do cão! Eu ia desidratar muito. Além de passar muito calor. Livrando-me desse pensamento, fiquei muito muito feliz de estar na fila.
O show começou pontualíssimo! Talvez com uns 5 minutos de atraso. E numa animação total. Os Boys envelheceram logicamente. Não são mais aqueles piazinhos de 10 anos atrás, mas a animação é a mesma. Cantando mesmo, sem dublar, dançando, pulando...
Nick se fazendo pras meninas da primeira fila, Brian sempre simpático (o mais simpático de todos, IMO), A.J. envelhecido pra caramba por conta das drogas e da bebida e Howie sempre falando "my name is Howie D." (como se a gente não soubesse).


DOI baixando no show. Foto by Paloma Moraes

Eu vi muito menino lá. Muito menino hetero. Com sua namorada. Cantando as letras. Esquisito demais.
Tocaram todos os clássicos em forma de medley. E uns medleys muito legais. Algumas versões de música, como o final de Inconsolable em versão de dançar. Ficou ótima. Tocaram as mais legais do Unbreakble.
O show acabou e eu estava de alma lavada. E não vejo a hora de ir novamente. Eles estão pra lançar um disco novo esse ano e já prometeram uma passadinha pelo Brasil na nova turnê. Vou à falência de novo sem pensar duas vezes. E prometo chegar cedo pra pegar lugar na primeira fila para melhores fotos. Desde que o show não seja em estádio. Descobri que prefiro shows em locais menores. Parece mais intimista.


Brian imitando Nick. Foto by Paloma Moraes

Pra voltar, os táxis estavam cobrando nada mais nada menos que 90 reais. Olha pra minha cara. Mas como não era eu quem ia pagar (né, irmãs), tava lamentando-me por elas. Eis que vejo uma plaquinha pra cima "Zona Sul".

- Passa na Praia de Botafogo?
- Passa.
- Vamos pessoal! Lá no fundo.

Bela descrição de onde o transporte estava. Era uma van. Paguei 10 reais. Katcheen!
Enfim, eu não reclamei "não tocaram tal". Minha emoção era tão grande que eu achei que não faltou música. Depois, conversando com as pessoas da van que voltei, percebi que não tocou My Beautiful Woman. Música ótima, mas nada de sangria desatada que ela não foi pro setlist. Na van, conheci umas meninas que foram no show de São Paulo e no do Rio e disseram que o do Rio foi muito melhor: eles estavam mais animados e mais arrumados. Há boatos que esse show vai virar DVD.

Até o próximo show, amiguinhos!


Me acha aí no meio... ;) Foto by Paloma Moraes

sábado, 7 de março de 2009

Eu vou pra Copacabana, eu vou...

Essa cidade é muito quente. Cagalho.

Hoje fui passear em Copacabana. Lá tinha vento.
Mas como eu não sou uma turista muito turista, resolvi passear pelo bairro onde, incrivelmente, era mais fresquinho que caminhar pela beira da praia. Vi algumas placas fail (como O Crack do Frango). Como, logicamente, eu não trouxe o cabo da câmera, eu mostro as fotos engraçadas depois.
Dei sorte e peguei dois taxistas bem bacanas. Sim, eu ando de táxi. Não sou eu quem vai pagar mesmo... :D
Fotos da câmera serão mostradas apenas em Porto.
Esqueci o cabo da câmera.

Mãe! Cheguei!

O hostel, o Brothers Hostel, fica na Praia de Botafogo. Ele foi aberto há um mês! E tudo novinho! Uma gracinha. Ricomendo: www.brothershostel.com.br.
Pelo que contam, a casa costumava ser a que o Vinícius de Moraes morou uma época.
Vai que eu dormi no quarto do hômi e nem sei...

Esse é o meu quarto:


Esse é meu banheiro:


O banho é com chuveiro a gas! Te mete.
Alaguei o banheiro inteiro não sei como tomando banho.

Cheguei e tinha um povo no boteco (que fica embaixo so hostel). Logicamente me juntei ao povo, bebi, conheci o dono do hostel, o Afonso3d (Luana! Ele tem 3 dedos mesmo!!), ganhei até prova de cachaça.
Claro que, como eu comi esfihas de almoço na sexta, às 21h com as duas cervejas que tomei, já estava bêbada.
Deitei e fui dormir.

Ou pelo menos tentar.
O quarto não tem uma boa ventilação, esse é o ponto negativo. Estava MUITO quente dentro dele. Ignorei a regra que dizia que eu não posso trocar de cama, e fui pra cama de cima no beliche perto da janela. Só assim consegui dormir.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Nem viajei, mas já sei que esqueci:

1) Protetor solar
2) Biquini
3) Bolsinha
4) Canga

Update
5) Escova de dentes
6) Pasta de dentes
7) Cabo da câmera

Não deu pra levar:
1) Tobi

Update
2) Lus

quinta-feira, 5 de março de 2009

Who wants to be a millionaire?

I do!
Mas, dessa vez, quem ficou foi o Jamal Malik.

Slumdog Millionare (Quem quer ser um milhonário), adaptado do livro Q & A do autor indiano Vilkas Swarup, é o ganhador do Oscar de melhor filme de 2009. E com honras, na minha opinião. Eu amei Milk, mas ele não devia ganhar o Oscar. Ele merece ser do Slumdog Millionare. Ainda não vi Doubt, O Leitor e o outro que eu não lembro o nome. Depois de vê-los, certamente continuarei a pagar pau pro Slumdog Millionare. O filme é divino.


Ele reúne de uma maneira muito tocante os três elementos que movem o mundo: dinheiro, amor e fé.

Jamal é um órfão favelado que é selecionado para a versão indiana do Show do Milhão. E mais: ele vence.
Toda a mágica do filme reside exatamente no fato de como ele vence.
Ele tem apenas um objetivo na vida e faz dele seu norte: o amor.
Ele possui apenas um sentimento no coração que lhe dá forças pra viver, sobreviver e perseguir seu objetivo: fé.
O que ele não possui é dinheiro.
Mesmo assim, Jamal e seu irmão, Salim, vão vivendo juntos do jeito que cada um sabe e julga correto. A entrada de Latika na vida dos irmãos os divide e faz com que o filme e os personagens evoluam.

Aqui vai meu parabéns ao pessoal do casting: o olhar dos três atores que interpretam Jamal nas três fases da vida retratadas no filme é o mesmo. Isso é determinante no personagem. Enquanto isso, percebe-se direitinho a diferença de caráter entre Jamal e Salim. Nas três fases mostradas.

Compara-se muito as favelas retratadas aqui com as de Cidade de Deus. As favelas mostradas no filme, em questão de pobreza, não perdem em nada pra de Cidade de Deus. Pobreza é pobreza. Falta de saneamento, displicência dos governantes, alta natalidade e falta de condições apenas trocam de língua.
O detalhe que eu acho que a maioria perde é que a Índia é superpopulada. Period.

E a principal diferença entre as favelas e, logicamente, entre os povos, é a questão da religião. A grande massa da favela indiana é muçulmana e isso é muito presente na vida indiana. A parte de prática da religião não é quase mostrada no filme, mas a questão de acreditar em Deus e em destino sim.

Eu me identifiquei demais com Jamal. Meus pais não faleceram, mas, de certa forma, me sinto órfã. Nunca tive 0 dinheiro, mas sempre houve pouco. Precisei, em um ponto da minha vida, que alguém me acolhesse (mas o Gôgui nunca teve a intenção de me cegar). Assim como na vida de Jamal, aos poucos algumas coisas tomaram seu lugar. Aos poucos, ele fez com que outras coisas entrassem no seu lugar. O que não pode ser mudado, teve de ser aceito. O que não foi aceito, teve de ser mudado. Talvez nossos objetivos sejam os mesmos. Talvez a fé que temos em fazê-lo tornar realidade seja a mesma. Ele teve o final que queria.

Maybe it's written.

terça-feira, 3 de março de 2009

Eu pago pau pro Sean Penn

Quem viu Milk, pague pau pro Sean Penn. O cara é simplesmente excelente.


Harvey e seu sorriso encantador

Existem outros filmes que você pode ver e pagar pau pro Sean Penn. Um filme que eu lembro que vi com ele é o I am Sam. Chorei até secar minhas glândulas lacrimais. Ouvi falar muito bem do Sobre Meninos e Lobos. Tem o Clint Eastwood. Gosto dele também, mas não pago pau.

Pra quem não viu o filme ainda ou nunca tinha ouvido falar no cara (como eu), Harvey Milk foi o primeiro político abertamente gay eleito na história dos Estados Unidos. Falando assim, parece até comum, mas quando você sabe que isso aconteceu nos anos 70, sabemos que a situação não era assim tão simples.

Não pretendo contar o filme aqui porque você tem de vê-lo. Vale a pena. A cena final é belíssima. E a trilha é do Danny Elfman!
Mas a real aqui é pagar pau pro Sean Penn mesmo.

Todo filme baseado em fatos reais sempre deixa margem pra alguma fantasia do ator que interpreta a pessoa principal. Isso não inclui o Sean Penn. Quando o filme termina, são mostradas pequenas biografias dos "personagens" contando o que aconteceu com cada um deles e uma foto do ator e da pessoa na época do filme. Os responsáveis pelo casting soube escolher muito bem cada ator. É muita purpurina saindo da tela do cinema.

Mostraram uma foto do Milk rindo. O Tobi virou pra mim e disse:
- Tá igual ao Sean Penn...

E estava mesmo. Ali, deu pra ver que ele tentou interpertar o Milk como ele realmente era. Como eu não conheci o verdadeiro Milk então eu não sou fonte pra dizer que era igual, mas eu acredito que o cara era aquilo ali mesmo. E mais, não é qualquer ator que interpreta um gay e beija meio elenco com naturalidade. Tanto o Sean Penn quanto o James Franco (que interpreta Scott, o principal namorado do Milk).
De novo: os responsáveis pelo casting soube escolher muito bem cada ator.
Os responsáveis pelo cenário estão de parabéns também. A Castro Street estava muito bem feita.


Harvey Milk por ele mesmo e Harvey Milk por Sean Penn. São iguais!

Enfim. Vejam o filme e passem no google depois pra confirmar tudo isso.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Não é Caroline, é Coraline!

Ontem fui ver Coraline no cinema.

Primeiro que eu estava totalmente por fora e nem sabia que o filme era 3D. Pelo cartaz, achei que ia ser mais um stop motion. Segundo que, se você usa óculos e não tem lente (como eu) vai sofrer porque ficar com dois óculos durante 1h30 não é mole.

Eu li o livro faz uns 5 anos (ou mais) e, obviamente, não lembrava de nada dele. Portanto eu não sei dizer se ele foi fiel ao livro, mas lembrava de algumas passagens. O que eu lembro é que a Coraline do livro era assim:


E no filme ela ficou assim:

Eu fiquei meio confusa no início do filme com a aparência. Como tinha a Coraline de madeira na capa do livro, eu acabei imaginando todos os personagens daquele jeito.

Ele ficou muito bem feito. Na minha modesta opinião, o efeito 3D foi pouco usado. Me deu a impressão que foi mais pra tirar o filme da tela do que pra usar o efeito de 3D. O filme era bastante perfeito pra isso por conta do pequeno terror colocado pelo Gaiman. Eu fiquei tão absorta no filme que nem prestei muita atenćão na trilha sonora, apesar de me falarem que era bem legal.

E, pra desepero dos amantes de filmes, era dublado. A dublagem não deixou a desejar afinal não haviam piadas intraduzíveis, mas é trsite

E a cena das pessoas com botões nos olhos é tão assustador quanto no livro.

E eunão sei fazer comentários de filmes. Ha ha ha.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Mais um fato curioso de estar no ônibus

Ontem, vindo para o trabalho, estava no ônibus ouvindo conversa alheia. Era uma mulher conversando com o cobrador contando sobre o sobrinho dela e sobre as traquinagens que o moleque apronta. Mas o cobrador não ouviu que o moleque da história em questão era o sobrinho da mulher.

- É seu filho?
- Não! Deus me livre. Eu tenho duas meninas.

Como assim "Deus me livre. Eu tenho duas meninas"?!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Agora não tem volta.

Quando eu tinha 17 anos eles vieram pra cá. Acho que é a primeira lembranća que tenho de ficar muito triste. Ali comećou a minha sina de querer e nunca poder. Fiz questão de nunca mais ouvir eles e deles. Tanto é que hoje eu não sei mais que músicas viraram single, quando vão lanćar cd. Prometi que, sempre que eu pudesse, eu ia me dar coisas. Com a vida apertada, sempre foi difícil pensar assim. Mas quando dava, eu sempre me dei presentes.

Quando me disseram "viu que eles vão fazer show no Brasil?" eu surtei. Coraćão bateu forte. A menina de 17 anos ainda tava ali e eu devia isso pra ela. Afinal, promessas nasceram para serem cumpridas. Eu não pensei duas vezes em pagar o ingresso mais caro. Ela merece.

Tá tudo comprado.
Me resta esperar chegar o dia.


Das duas uma: ou eu saio viva ou eu saio surda.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

E também teve o velho do avião

Voltando de São Paulo das festas, eu sentei ao lado de um velho. Fui terminando de ler Marley & Eu, chorando porque o Marley morre. Não, não é spoiler. É só pensar um pouco. O autor não ia escrever um livro dizendo, ao final, "E assim Marley foge. Nunca mais o vimos. Sentimos saudades."

Terminei o livro e pensei "hmmm, vou ouvir música". Acontece que eu ovo música no celular (eu tenho um Sony Walkman). Nessas horas que eu penso como seria bem se eu tivesse um iPod - de verdade ou genérico. Sempre que eu viajo de avião, o celular já vai ligado no "somente música". Assim eu não tenho de ficar me escondendo pra ligar o bendito. Os fones são cobertos pelos cabelos, então ninguém incomoda mesmo.

Enfim, peguei meu celular, liguei ele relativamente mocosiado e fiquei ali curtindo minha músiquinha.
Até o que velho do lado vê.

- Não pode ligar celular.
- Não tá ligado.
- Tá sim.

Já fiquei puta pensando quem diabos esse velho é pra estar me dizendo isso.

- Não tá.
- Tá sim!

Como se esse velho maldito soubesse de alguma coisa. Ele nem deve saber enviar sms.

- Não tá.

Pego o celular, vou apertando na teclinha de voltar até que ele vê a tela de ligar. Ali tem uma općão "somente música". Ele me olha com uma cara "mas não devia ligar essa merda", solta um "hm" e volta pro seu quadrado. Obviamente eu fiquei reclamando mascredoquemessevelhoachaqueépramedarlićãozinhademoralmimimi. Certamente eu já voei mais que ele. Pra fazer esse escândalo, ele não deve saber da existência de celulares que tocam mp3.

Azar o dele se ele ouviu.
Metido.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Olá, espírito de porco.

Certo dia, fui eu, Bruno e Rodolfo no Bourbon Country fazer uma visita à Livraria Cultura. Fomos em caravana porque achamos que ela tava muito sozinha nessa época de férias. O Bruno tava motorizado, então entramos no estacionamento. Eis que vejo um carro super bem estacionado. Lembrei da Jamile e resolvi fazer também.

Rá. Me senti o Zorro dos estacionamentos.

E assim que o moćo/a estava estacionado:
 

Vai ocupar duas vagas na ponte que partiu.
 
 
Merecia.

Yet another wishlist for 2009

- Voltar a estudar
- Viajar mais
- Guardar dinheiro E não mexer nele
- Tirar férias para um lugar diferente da casa da minha mãe (embora seja bom)
- Fazer mais exercício físico
- Perder peso e voltar pra forma de exatos um ano atrás
- Comprar roupas de inverno
- Comprar minha cama e um armário melhor
- Morar na Casa Rosada
- Perder, mais um pouco, o medo de envelhecer
- Aproveitar mais o dia
- Fazer massagem regularmente
- Ver mais meus amigos
- Tirar muitas fotos
- Fazer mais cursos de foto
- Comprar um hd externo
- Fazer uns novos amigos
- Tirar certificaćão
- Estudar pro Winterkurs do DAAD

Deve ter mais coisas que eu quero fazer em 2009.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Arthur

Fiquei muito feliz que ele me reconheceu. Meu maior medo é que ele me esqueça.



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Abri a geladeira e vi danoninho. Não deu outra: peguei um e sentei no sofá pra comer.
Em um piscar de instantes, o Arthur me enxerga, escala o sofá pra sentar ao meu lado e olha fixamente para o danoninho.
- Ele adora danoninho.
- Posso dar?
- Pode.
Então entramos na lei "um pra mim, um pra você".



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Ele correu a sua primeira maratona!!



Acordamos cedo para a corrida do moleque no sábado dia 20. A corrida tinha aspecto sério: com número, chip (sim!!! chip no tênis!!) e medalha! Foram várias baterias de crianças para a corrida dos 50m. Alguns pais tinham o senso de competição muito grande e acabavam arrastando suas crianças. Resultado: uma delas caiu de cara, literalmente, no chão.

Minha irmã foi junto com o Arthur porque o medo da gente do guri empacar e não correr era muito. No meio das outras baterias, eu tive a idéia de filmar por dentro da grade (junto no local onde as criancinhas estavam correndo) daí eu fui dar um jeito de entrar lá. Perguntei pra um carinha da organização ele foi meio vago e reticente sobre eu entrar ali pra filmar (apesar de muitos pais e mães estarem ali dentro). Mas como eu sou uma pata, comecei a ficar nervosa e a andar de um lado pro outro sem saber o que fazer. Tudo que eu pensava pra poder entrar ali, eu vinha com o argumento que não ia dar tempo. E não ver o bacuri correr seria muito digno de fail. A solução melhor (e mais tosca) era pular a cerca. Mas eu fiquei com muita vergonha. Pra completar a cena, eu vejo que a bateria do meu pequeno está pra sair.

Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.Aimeudeus.

Féééééééé.

E saem as crianças correr. Eu apertei (pelo menos achei que tinha apertado) o botão da câmera e fui correndo do lado (de fora da grade) do Arthur e da minha irmã. Meu cunhado foi tirando fotos. Ao terminar os 50m, eu vejo que a câmera está no modo para filmar, mas não estava piscando.
Moral da história: FAIL.
Eu falhei miseravelmente na tarefa de filmar a primeira corrida do piá. Não dizem que as melhores fotos são as que ficam na nossa memória?