sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Dia turbulento, mas com five and a half golden stars

Começou comigo acordando às 5h59 no susto antes do dispertador, que despertava às 6h. Fui pra UFRGS de taxi com a Vivi.
Sexta foi um dia emocionalmente nervoso em vários sentidos: minha defesa, minha mãe e minha irmã no mesmo recinto, 8 longos meses de saudades para serem mortos em singelas 9 horas, olhares que não gostaria de ter visto.
O dia começou mesmo quando vi minha mãe. Fico emocionada só de pensar nisso: como é ruim ficar longe de quem se ama. Não sei se é egoísmo meu de não me mudar.  Acontece que a minha vida está aqui e a dela está lá. Fazer amizades, isso se faz em qualquer lugar. Mas nunca é igual àquela sua amiga de 12 longos anos. Talvez se nos víssemos mais vezes durante o ano, a dor e a saudade não fossem tão grande.
Confesso que nem tava tão nervosa, até ver a banca entrar na sala do conselho jedi. Durante a defesa foi tranqüilo, me defendi das perguntas bem direitinho (nem sabia que sabia tanto... um viva à minha amiga baixa-estima) e ganhei minhas five and a half golden stars, que nem a Summer.
Chorei antes da defesa com a minha mãe, depois com a Lu, depois com a Lê no telefone e depois quando minha mãe foi embora. Cheguei que era um caco na Padoka. Minha vontade era de ligar pra todo mundo e cancelar, mas isso seria um crime contra mim mesma. O dia era importante, precisava ser comemorado mesmo com toda a confusão dos meus sentimentos. Foram um ano e um pouco de muito trabalho que, agora, valeram à pena. E como valeram, só eu sei como.

terça-feira, 26 de setembro de 2006

agradecimento.tex

Como o tempo passa rápido. Essa é a principal constatação que tenho ao terminar (finalmente!) este trabalho de conclusão. Parece que foi ontem que eu entrei na fila da matrícula da Biologia para fazer minha primeira matrícula, que eu comecei a programar em Pascal com exercícios da profa. Cida Livi, que eu tinha desejos insanos de fazer logo as disciplinas de Sistemas Operacionais e Redes de Computadores logo no segundo semestre, que a Ana Paula e a Débora largaram o curso e eu me senti mais sozinha que cusco que caiu da mudança. Parece que foi
ontem que... Olha! Não é que comuta mesmo? Parece que foi ontem que as filas do RU aumentaram exponencialmente, parecendo filas de concerto de rock’n’roll e a NDI decide almoçar no Antônio. Parece que foi ontem que conheci pessoas importantes o suficiente para poder dá-las o título de amigo.

Agradeço, primeiramente, à minha mãe por pura e simplesmente ser minha mãe, ter a coragem de me dar a vida e ter me criado do jeito que foi. Ela pode ter todos os erros que tem, todos os defeitos que tem, todas as chances perdidas que teve, toda a fé que tem, ter o coração mais gremista e os olhos verdes mais lindos que conheço, as palavras sábias no momento certo, as palavras erradas no momento errado, ter
vivido dos atos mais lindos aos mais feios. Mesmo assim, Lenita Ema Kurtz é minha mãe. Mamãe: obrigada pela vida, pelos ensinamentos, pelo conforto e pela falta que me fazes. Obrigada pelo apoio incondicional, pelo amor incondicional, pelo pensamento incondicional...

Obrigada às minhas irmãs, Fá e Vivi, por serem tão diferentes de mim. Aprendi e ainda aprendo com vocês. Obrigada pelo apoio moral e financeiro. Sem vocês, muitas vezes, eu não sei o que teria acontecido comigo. Obrigada ao meu cunhado, Edu, por cuidar da Fá, por fazê-la feliz, por trazer o pacote completo e aumentar nossa pequena família: Ju e Fred. Fica aqui, para a posteridade, um beijinho cheio
de amor para meu sobrinho! :*

Obrigada à minha família que mora lá em São Paulo... Lá longe... Que me faz tanta falta. Mas que pensa em mim com carinho, que descola sempre um jeito pra eu passar um tempo importunando vocês durante o final de ano. Muitos beijos pro Beto, Lê (minha segunda mãe), Lolo, Enzo, Karina, Michel, Renata, Gui, Gringo, Rita, Lilipo, Giovanne, Tia Luíza, Tio Toninho... Obrigada pelo amor e cuidem da minha velha, viu?! Beijos pra minha Tia Ana, meu primo Ale e as lindas Naná e Maira. Mesmo morando perto, a gente não se vê muito. Mas saibam que vocês
moram no meu coração.

Deixo aqui um muito obrigada para meus orientadores, prof. Alexandre Carissmi e prof. Maurício Pillon. Carissimi, obrigada por lembrares de mim e por confiares em mim quando me deste este tema. Obrigada pela amizade e pelas brincadeiras. Obrigada até pelos emails com palavras entre *asteriscos* (como isso irrita). Pillon, obrigada por todos os questionamentos na hora certa e por me fazer estudar para respondê-las.

Fica também um muito obrigada aos meus orientadores de bolsa de pesquisa: prof. Ana Bazzan (que me tirou do limbo do serviço público e me apresentou o mundo acadêmico), prof. Ricardo Reis e prof. Taisy Weber. Obrigada pelas chances dadas. Eu sinto que as aproveitei muito bem. Espero que tenha sido esse o recado que tenha deixado. Obrigada ao prof. Raul Weber e aos integrantes do projeto de pesquisa Sistema de Suporte à Decisão Semi-Automática com Recursos de Multimídia de Alta Performance e Dispositivos Sofisticados de Interação Homem- Computador. As discussões foram muito importantes para meu aprendizado durante a faculdade.

Obrigada ao Eurico e ao Marlon por me dar a chance de conhecer uma das minhas maiores paixões: a causa do software livre. Obrigada por montarem a Propus, por apresentarem um case na aula do prof. Newton. Deste pequeno encontro, hoje temos o Greve. E obrigada pela oportunidade de conhecer gente que quero pra sempre: Alberto (colorado mala!), Josy, Terceiro, Machado¹, Fabrício, Pablo, Sady, Nonô, Cris, Joel, Felipe...

Obrigada à iProcess, empresa na qual estagio, pela compreensão, pelas ausências concedidas para que eu pudesse me dedicar a este trabalho. Valeram a pena.

Carol e Lu: mulheres da minha vida. Agradeço sempre por ter a oportunidade de conhecer vocês duas. Tão iguais e tão diferentes. Vocês são infinitamente importantes na minha existência. São pessoas lindas, mulheres fantásticas, com vontade de fazer acontecer. Minha vida tem muito mais cores com vocês por perto. O amor que tenho por cada uma é único, é um dos tesouros mais valiosos que tenho. Carol, te amo muito. Lu, te amo muito.

Fica aqui um agradecimento todo especial à família Brusco, gerada pelo tio Élvio e pela tia Lúcia. Obrigada pela acolhida desde meus 12 anos, pelas brincadeiras, pelos xingões quando eu e a Lu escondíamos o nintendinho do Giuliano, por ter uma guriazinha tão fofa e tão rabugenta quanto a Clá como filha, por ter me dado minha primeira melhor amiga.

Gôgui e Finger: homens da minha vida. Gôgui, tu és especial pois quando eu não tinha pra onde ir, tu me ofereceste abrigo sem perguntar por quê. Não vai haver palavras no mundo que descrevam a tua importância na minha vida. O máximo que posso chegar é em um muito obrigada mesmo. Finger, tu és especial pela presença e pelo companheirismo que tens. Obrigada por também me oferecer casa quando eu precisei, pouso quando eu precisei, ouvido quando eu precisei, companhia quando eu precisei. Muito obrigada. Obrigada pela amizade importante e pelo apoio moral e financeiro sempre que precisei, melhores amigos. Gôgui, te amo muito. Finger, te amo muito. Fica aqui um beijão pra Mi e pra Dalila! Meninas lindas! :*

Mairo e Paulo: amigos pra todo o sempre. Mairo, tu és dono de uma capacidade imensa, de um coração imenso, de uma paciência imensa, de uma amizade maior ainda. Muito obrigada pela ajuda valiosa que me destes na implementação deste trabalho. Paulo: obrigada por todas as mudanças, todas as conversas, todas as caronas... Tu tens um coração muito grande. Obrigada por aceitarem o desafio de participar da minha vida e de me aguentar quando eu me sentia muito sozinha no curso. Vocês são uma das principais razões de eu ter concretizado este trabalho de conclusão e a faculdade. Mairo, te amo muito. Paulo, te amo muito (com todo o respeito, Mi ;).

Fica aqui um muito obrigada aos meus outros mentores: TR e Alberto (colorado mala!). Grandes amigos, grandes profissionais, pessoas para todo o sempre. Amo vocês.

Fica aqui um agradecimento a Nerds do Inferno, grupo de gente que me aceitou em uma lista de discussão "para sanar a falta de emails". Aqui, conheci muita gente competente, divertida, amiga. Obrigada pela acolhida: Júlio, John, Kassick, Wally, Ogro, Mê, Jose, Josi, Slomp, André, Machado² (fiel escudeiro ;), Machado³, Mobus (colorado mala!), Rocca (colorado mala!), Coster, Vitório, Zebra, TR... Amo vocês. Bruna: tu sabes aonde é que tu moras, certo?!

Um muito obrigada ao pessoal que conheci (pelos mais diferentes motivos) no Instituto de Informática: Marnes, Kaqui e Dani, Pezzi (meu ídolo!), vermes Clarissa e Ennes, Caçula, Sanger, Machado, Laura Lopes, Bruna, Ricardo, Márcia, Righi, Bohrer e Mônica, Hermann, Lucas. Pessoas sempre motivadas a fazer um bom trabalho, tomar uma boa cerveja, fazer uma boa festa. Em qualquer hora da semana e em qualquer local.

Um grande beijo e um muito obrigada aos meus colegas de terceiro ano: Dany, Lizi, Beta e João. Pessoas formidáveis (e com uma paciência não muito grande comigo por eu sumir muito :) que carrego comigo até hoje. A Beta já foi. Agora sou eu. O próximo é o João. Gurias: não me decepcionem. Quero ver meu nome nos agradecimentos do trabalho de conclusão de vocês. Obrigada pela bagunça, pelos conselhos, pela amizade e pelos famigerados jantares no João (que sempre geram muitas risadas).

Como diria a Lu: "deus é paaaaaai!" Viu?! Eu disse que, um dia, eu terminava isso aqui. Terminei. :P Se faltou alguém... Desculpa. Eu sou esquecida e, pra variar, sempre atrasada.

1 Carlos Machado. Viu, baiano. Foste o primeiro nos footnotes. :)
2 Omar Machado
3 Caciano Machado
4 Rodrigo Machado

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Update do evento mais esperado do semestre

Trabalho de Graduação II: Priscilla Kurtz Vieira de Carvalho

Título: CProMTo: uma ferramenta para processos comunicantes

Orientadores: Alexandre Carissimi e Mauricio Pillon

Banca: Lisandro Granville e Nicolas Maillard

Data: 29/09/06
Hora: 9h
Sala: 220 prédio 43412

sábado, 23 de setembro de 2006

Alguém pode me dizer qual é o maldito problema do Beamer?

Que inferno. O TOC some e aparece quando quer. E a compilação não acusa erro. E a minha apresentação não fica 100% bonita. E se eu dou um cat no .toc, ele está lá: todo bem formadinho, só resolveu entrar de férias e não aparecer no pdf.

...

Alguns minutos mais tarde...

Maldita segunda compilçao. Damn you!

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Que coisa...

Cada vez mais as pessoas à minha volta têm me surpreendido. É um que faz o que não deve, é outra que simplesmente some, é outro que fala coisas que me deixam sem ação... Sempre quis que isso acontecesse, mas não tudo ao mesmo tempo. Ser esquecida é isso aí. Nesse mundo aqui, as coisas sempre acontecem às tuplas.

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Segunda ação do botão de foda-se:

Vá se foder! Foda-se! Foda-se você. E você também! E você!

O evento do semestre que todos estavam esperando....

... MINHA DEFESA!!

O quê? Defesa do meu trabalho de conclusão
Onde? No Campus do Vale. Sala a definir. Provavelmente em alguma sala do prédio novo. Portanto, chegue uns 15 minutos mais cedo.
Quando? dia 29 de setembro às 9h

Como diria a Lu: "deus é paaaaaaai!" :D

FAQ

- Mas a defesa do (Carlos) Machado não era o evento mais esperado desse semestre...?
Ladies first. :)

- E se eu não puder ir?
Que pena. Não vai ver a minha apresentação e o meu tema do Beamer (carinhosamente chamado de cottoncandy :). Mesmo assim, muito obrigada. Vê se acende uma vela para se redimir e já sinta-se obrigado a olhar a gravação.

- E se eu não quiser ver a gravação?
Você vai ver a gravação.

- Se eu puder ir?
Que bom! É proíbido ao público fazer perguntas antes, durante e depois da apresentação sobre o conteúdo do trabalho. Perguntas do público serão respondidas somente no dia seguinte.

- E se eu te sacanear e fizer uma pergunta na hora da apresentação?
Você vai conhecer São Pedro! Olha que legal! Sua família é que não vai achar tão legal.

- Vai ter o chiquerrimo coquetel no estacionamento do Instituto de Informática?
Não. O evento foi transferido para o "bar" K-Olho.

- Eu vou ter de pagar minha bebida?
Mas é claro. Em que universo estagiário é bem remunerado!? Eu é que vou merecer uma cerveja paga por você.

- Posso levar minha própria bebida?
Sim. Eu vou levar minha Quilmes. Como ela vai permanecer gelada, isso é outra história.

- Posso levar meu namorado(a)? O email dele(a) não tá nessa lista aqui...
Pode. Desde que ele(a) pague/leve sua própria bebida e não faça perguntas antes, durante e depois da apresentação...

- Tenho mais perguntas, só que elas não estão aqui.
A saída é ali, ó.
/me aponta pra ali.

Primeira ação do botão de foda-se:

Comprar o cd do acústico do Lenine. Que dúvida. Acho que essas 15 músicas vão me fazer feliz, já que as outras 5000 não estão cumprindo sua missão.

Na vida, existem dois botões...

o de pânico e o de foda-se.
Agora que eu terminei o texto do TC, vou pseudo-apertar o botão de foda-se. Pseudo-apertar porque eu ainda tenho de passar em 4 disciplinas pra me formar. Pseudo-apertar porque eu estrago tudo mesmo, então de que adianta ficar pensando nisso? Pseudo-apertar porque eu tenho um trabalho pra daqui a 15 dias, outro pra daqui a 20 dias, uma prova daqui uns 22 dias, um TC pra apresentar em 14 dias and so on.

ps. eu quero dormir decentemente! Faz três dias que eu levo muito tempo pra dormir e acordo antes do despertador. E olha que ele toca às 6h30. Hoje, eu não conseguia acordar. Devo ter pego no sono eram umas 2h. Que diabos está acontecendo comigo?!

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Decisões

São coisas da vida, mas são coisas que eu odeio fazer. Acho que é conseqüência do ambiente de superproteção que eu fui criada. Minha mãe sempre teve essa filosofia: "vamos proteger a Priscilla". Afinal, eu sou a filha mais nova. Mas já tá na hora de stand up for myself. Faço isso pra tanta coisa (o que é uma grande conquista pra mim). Agora está na hora de entrar nas questões delicadas. Durante meus poucos 24 anos, ouvi duas frases que me marcaram bastante sobre esse assunto:
a) "Quanto mais tu pensas em uma decisão é porque tu já sabes o que fazer, mas tens medo de admiti-la."
b) "Pra tomares uma decisão, tens de pensar 15 anos a frente."
A frase a) entrou parcialmente em prática. Não é muito fácil, pelo menos pra mim, fazer decisões sozinha. Eu sempre consulto minha mãe.
A frase b) é bem nova. Não sei se aprendo a fazer isso ASAP. É muito difícil ver o que eu vou estar fazendo em 1 ano, imagina em 15. Pra mim, agora, isso é intangível. Meus planos, agora, conseguem ir até 2 ou 3 anos. O que é outra conquista que eu tive.
E, para completar a sopa: eu sou toda coração. É incrível como eu sou movida pelos meus sentimentos. Às vezes, eu gostaria de ser ou aprender a ser menos sentimental e ser mais preto-no-branco. Se é que isso é algo que se aprende. E eu tenho um histórico de enfiar os pés pelas mãos exatamente pelo fato de ser movida pelos meus sentimentos.
Conclusão: eu ódio tomar decisões.

Mas, em 3 dias tomei duas decisões importantíssimas nessa altura do jogo.
a) Não vou fazer mestrado no ano que vem. Eu quero dar um tempo pra minha cabeça, fazer algumas certificações, estudar coisas que gosto e que estão no meu ToDo List há muito tempo. Hoje pelo meio-dia até cogitei em entrar no mestrado e só fazer cadeiras. É de se pensar. Será que eu não quero fazer mestrado ou TI o ano que vem?
b) Essa fica na curiosidade. Alguns já sabem (e espero que não contem), outros vão saber mais tarde. Muita gente vai me criticar, eu já estou me criticando pra caramba. Até já sei quem vai ser a primeira pessoa a fazer isso. Eu preciso fortificar essa decisão pra mim pra depois colar o cartazinho. Mas, pra variar, fiz a decisão com o coração muito mais do que qualquer outra coisa.

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Email do dia

Vitório Sassi to me 3:38 pm (1 minute ago)

Isso ai!
Depois encontraremos mais razões para beber, assim como os políticos encontram razões para nos roubar.
E assim seguirá a vida no mundo dos pequenos gafanhotos....

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Oh! Que dia malavilhoso!

Alguém além de mim lembra do desenho do Cebolinha, no qual o dia está malavilhoso e ele tenta sempre dizer a frase completa "Oh! Que dia malavilhoso!" e sempre acontece alguma coisa? Pois é. No meu caso é: "oh! que final de semana malavilhoso!"
Na minha vida, as coisas sempre acontecem em ciclos: um monte de coisa boa, gap, tchau coisa boa, muita coisa ruim, gap, gap, gap, um monte de coisa boa, gap, tchau coisa boa and so on. Eu percebi que, nesses três últimos meses, eu tive apenas um final de semana agradável: esse que passou. Depois do principal acontecimento do primeiro semestre, eu entrei no limbo do trabalho de conclusão e, desde então, não tive mais vida. Tudo era motivo de procupação, eu estava sempre com a cabeça lotada de coisas pra resolver. Descanso era uma palavra que não constava nos meus arquivos. Eu estava pra lá de maluca e não dava muita bola pra isso. Afinal, sempre que eu tenho uma frustração na vida, o melhor que eu posso fazer é trabalhar. As viagens de ônibus entre o Campus e a minha casa servem suficientemente como ativadores de consciência.
Mas nem só de trabalho vive o homem. Me faltavam os amigos, as festas, a cerveja (bendito seja aquele que inventou a cerveja), o cinema... E, é claro, o maldito chinelo velho. De alguma maneira, isso me motivou a trabalhar mais pra me livrar mais rápido das coisas que me atrapalham. Mesmo no limbo, nunca deixei de deixar por aí as famosas sementes que todos dizem que precisamos plantar.
Acho que uma tá começando a florescer.

A seguir: cenas do próximo capítulo.

sábado, 2 de setembro de 2006

Mission Accomplished

Ontem teve festa da empresa em comemoração à entrada de dois cases na premiação WARIA e a festa surpresa da Carol. Claro que ela piamente acreditava que ia jantar com o namorado... Hahaha!
Pra variar, deu tudo errado. A Lu se atrasou pra me pegar na Taberna, eu demorei pra tomar banho e me vestir, o pára-brisa do fusca parou de funcionar (mas isso nós arrumamos), demoramos a achar a casa do Michel, os vendedores de droga acharam que a gente queria comprar droga, nos assustamos, começamos a brigar dentro do fusca... Mas conseguimos seqüestrar a Carol. :)
Colocamos uma venda nos olhos, uma fronha azul na cabeça, amarramos as mãos e a levamos ao local. E foi a melhor festa ever! A Carol amou. Que bom! Foi tudo feito com muito carinho e empenho de todos. Acho que foi por isso que gostamos tanto.
A festa era a tal Ovo de Colombo. Ou seja: festa anos 80 com direito à Mara Maravilha, Xuxa en español, Sidney Magal, música tema do Thundercats, abertura da novela Selva de Pedra, Flashdance, Carruagens de Fogo, entre outras. Não vi o tempo passar. Dancei mooooito! Essa festa vai virar data comemorativa no meu calendário. 
Que bom que ela é mensal! A próxima é 6 de outubro! Todo mundo no CIne Theatro!!! :D

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Kassick on GmailTalk via www

(11:03:50) Kassick: :)
(11:03:57) Kassick: oh my god
(11:04:00) Kassick: eu fiz uma carinha
(11:04:03) SuperPri: sim!
(11:04:04) SuperPri: auhaiuhaiuahiuahauih
(11:04:07) SuperPri: vou blogar!
(11:04:09) SuperPri: lero-lero!
(11:04:15) Kassick: aqui ela piscou, virou com uma animação, e começou a fazer coisas estranhas!
(11:04:20) SuperPri: sim!
(11:04:21) SuperPri: é fofo!
(11:04:24) Kassick: estou apavorado é pela animação
(11:04:26) SuperPri: as carinhas viram
(11:04:31) Kassick: google scares me

Acústico Lenine

É HOJE! É HOJE! FINALMENTE!
Acho que estou esperando esse acústico desde final de julho. Eu AMO Lenine. Foi o primeiro artista brasileiro MPB que eu realmente gostei. Não que eu já não gostasse de Chico Buarque, Caetano ou Gil. Mas Lenine foi amor à primeira ouvida, sabe? Fora que ele é simpaticíssimo, carismático, criativo, pernambucano e bonito!
Eu não sou muito de colocar letra de música aqui, mas essa é necessária. O Último Pôr-do-sol é linda. Eu gosto da harmonia que ela tem, dos vocalizes e, é claro, da letra. Eu estou apaixonada por essa música, embora ela não tenha absolutamente nada a ver comigo. A música é linda por si só e dá um bom roteiro de filme. E ela tá no acústico. Quem quer ficar morrendo de raiva, que nem eu fiquei ontem, e ouvir um pedacinho de cada música, acesse www.mtv.com.br/acustico/lenine.
Aqui embaixo tá a letra de O Último Pôr-do-sol, composição do próprio Lenine. :)

A onda ainda quebra na praia, espumas se misturam com o vento.
No dia em ocê foi embora, eu fiquei sentindo saudades do que não foi
Lembrando até do que não vivi, pensando nós dois

Eu lembro a concha em seu ouvido, trazendo o barulho do mar na areia.
No dia em ocê foi embora, eu fiquei sozinho olhando o sol morrer
Por entre as ruínas de Santa Cruz, lembrando nós dois

Os edifícios abandonados, as estradas sem ninguém,
óleo queimado, as vigas na areia, a lua nascendo por entre os fios do teus cabelos,
por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidas

Pois no dia em que ocê foi embora, eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém, 
o último homem no dia em que o sol morreu.

Hamlet, by Luciano Alabarse

É incrível. O Alabarse dá show mesmo, ele realmente sabe o que faz. É a segunda peça que vejo que ele dirige e já estou ficando viciada. A primeira foi Heldenplatz. Achei meio exagerada em termos de como os atores encenavam, mas, mesmo assim gostei da peça. Bem montada, bom roteiro. O cara é minimalista nos detalhes: o cenário, as roupas, os detalhes...

Hamlet foi o máximo. Nunca tinha visto uma montagem antes. Essa foi muito boa. A tradução do (tal do) Lawrence estava mesmo muito boa. Nunca pensei que um texto de Sheakespeare pudesse ficar tão irônico. A escolha dos atores foi perfeita. Eu amo a Ekin. Ela é uma atriz linda que consegue passar a leveza e pureza da Ofélia, apesar dos sentimentos que ela alimenta sobre Hamlet. O Evandro Soldatelli é bem bonito... Ui!
O cenário estava impecável, feito com muito boas idéias baratas. A maneira com que ele levou a peça foi interessante: uma cena automaticamente ligada na outra. Então peça nunca "parava".
Está no folheto: "nessa peça não há lugar para o amor romântico". E não há mesmo. A cólera que Hamlet sente pela vingança da morte do pai consegue afastar todos os sentimentos que ele tem. Acho que ele somente percebe que ama a Ofélia quando ele a vê morta. Acho, também, que ele percebe a merda toda que fez por agir cegamente e resolve acabar tudo com o duelo com Laertes.

Achei, novamente, exagerado. Acho que feature e não bug. ;)
Quem não foi, perdeu.