segunda-feira, 23 de março de 2009

Radiohead

Tobi assistiu o show enquanto eu via o último ep de LOST no oddie.
Tenho uma coisa a dizer: Ed O'Brien é um pedaço de mau caminho.


Oh please ok computer me...

E eu também gostei de There There.

terça-feira, 17 de março de 2009

Sabe quando você é pequeno e sonha com uma coisa? Um dia, você cresce e realiza aquele sonho?
É mais ou menos essa a sensação.


Quase não haviam câmeras ali, não? Foto by Ana Elisa Mello

Um dos meninos que mora comigo me disse: "Viu que vai ter show dos Backstreet Boys no Brasil?". Eu tremi. Me veio na mente a cena de quando eu era adolescente, que eu amava muito o BSB, que eu fiquei muito muito triste quando eu não pude ir no show deles em 2001. Naquela época eu mal tinha onde cair morta e o show foi no Maracanã e no Morumbi. Pessoas acamparam na entrada durante semanas.
Ô inveja.
Assim que eu ouvi que ia ter show e ao lembrar de tudo isso, sentei na escrivaninha e fiz contas. Vi que ia falir. Passei alguns dias pensando sobre isso.
Conclusão: dane-se.


Eu tenho umas fotos parecidas com essa!!! Foto by Paloma Moraes

Fui no shopping e comprei o ingresso mais caro. Na minha mente, não havia outro ingresso. Além do preço do ingresso, mais 20% dele de taxas. Muito obrigada, Ticket Master, por me comer 70 reais para somente imprimir meu ingresso. Ok, tem o custo da menininha que vende os ingressos aqui, mas isso não interessa!!! Mesmo com isso, não senti culpa nenhuma por falir.
Senti a falência chegando quando fui ver o preço das passagens. O show de São Paulo era na quinta. Praticamente impossível de ir, sem contar que o show era no estacionamento do Credcard Hall. Já que era pra gastar, resolvi ir pro Rio. Ao pesquisar preços, lembrei que tinha um crédito de uns quase 400 reais na Varig pra gastar. Contando que ia ter de pagar a remarcação de cada trecho, esse crédito caia pra quase 300 reais. Dane-se. 300 reais são 300 reais. Lá fui eu ligar pra Gol, aguardar 15 minutos pra ser atendida, ter a ligação derrubada, ligar de novo, aguardar mais 15 minutos pra ser atendida, reclamar que a ligação caiu e, enfim, ter minha passagem comprada. Agora que a Varig e Gol se encontram mais integradas, meu crédito que era de quase 400 permaneceu de quase 400 e não precisei pagar remarcação!!! No fim, a passagem saiu bem baratinha.

Daonde eu tava, não tinha como tirar foto disso direito. Foto by
Paloma Moraes

Chegou o dia.

Peguei o ônibus (morrendo de medo) por indicação do Afonso pra ir pro Citibank Hall. Passeei por meia Rio de Janeiro pra chegar lá. Meu hostel era na Praia de Botafogo; e o local do show, na Barra da Tijuca. Ao subir no ônibus, perguntei pra cobradora se o ônibus passava na frente do Via Parque.

- Não. Esse ônibus pega a Ayrton Senna e faz o retorno.

Primeiro pensamento: quero matar o Afonso.

- Mas eu quero ir no número 3000. Passa perto?
- Passa perto, mas você vai ter de descer e caminhar um pouco.

Segundo pensamento: continuo querendo matar o Afonso.

Sentei e fui curtindo a vista. Até descobrir que sentei do lado errado do ônibus. Então eu vi prédio, prédio, prédio, rocha, rocha, rocha, pé da favela da Rocinha, pé da favela do Vidigal, rocha, rocha, prédio, prédio, prédio. E aquele povo esquisito subindo no ônibus. Tranquilamente level uma hora pra chegar no local. Desci do ônibus por volta do número 2200. Foram os 800 metros mais longos da minha vida. E olha que eu fui quase correndo.


Na minha cabeça, a trilha de Rocky rolou solta. Foto by Paloma Moraes

A fila da pista vip tinha tranquilamente umas 2k pessoas na minha frente. Eu sabia que devia ter chego lá umas 15h. Mas tava um calor do cão! Eu ia desidratar muito. Além de passar muito calor. Livrando-me desse pensamento, fiquei muito muito feliz de estar na fila.
O show começou pontualíssimo! Talvez com uns 5 minutos de atraso. E numa animação total. Os Boys envelheceram logicamente. Não são mais aqueles piazinhos de 10 anos atrás, mas a animação é a mesma. Cantando mesmo, sem dublar, dançando, pulando...
Nick se fazendo pras meninas da primeira fila, Brian sempre simpático (o mais simpático de todos, IMO), A.J. envelhecido pra caramba por conta das drogas e da bebida e Howie sempre falando "my name is Howie D." (como se a gente não soubesse).


DOI baixando no show. Foto by Paloma Moraes

Eu vi muito menino lá. Muito menino hetero. Com sua namorada. Cantando as letras. Esquisito demais.
Tocaram todos os clássicos em forma de medley. E uns medleys muito legais. Algumas versões de música, como o final de Inconsolable em versão de dançar. Ficou ótima. Tocaram as mais legais do Unbreakble.
O show acabou e eu estava de alma lavada. E não vejo a hora de ir novamente. Eles estão pra lançar um disco novo esse ano e já prometeram uma passadinha pelo Brasil na nova turnê. Vou à falência de novo sem pensar duas vezes. E prometo chegar cedo pra pegar lugar na primeira fila para melhores fotos. Desde que o show não seja em estádio. Descobri que prefiro shows em locais menores. Parece mais intimista.


Brian imitando Nick. Foto by Paloma Moraes

Pra voltar, os táxis estavam cobrando nada mais nada menos que 90 reais. Olha pra minha cara. Mas como não era eu quem ia pagar (né, irmãs), tava lamentando-me por elas. Eis que vejo uma plaquinha pra cima "Zona Sul".

- Passa na Praia de Botafogo?
- Passa.
- Vamos pessoal! Lá no fundo.

Bela descrição de onde o transporte estava. Era uma van. Paguei 10 reais. Katcheen!
Enfim, eu não reclamei "não tocaram tal". Minha emoção era tão grande que eu achei que não faltou música. Depois, conversando com as pessoas da van que voltei, percebi que não tocou My Beautiful Woman. Música ótima, mas nada de sangria desatada que ela não foi pro setlist. Na van, conheci umas meninas que foram no show de São Paulo e no do Rio e disseram que o do Rio foi muito melhor: eles estavam mais animados e mais arrumados. Há boatos que esse show vai virar DVD.

Até o próximo show, amiguinhos!


Me acha aí no meio... ;) Foto by Paloma Moraes

sábado, 7 de março de 2009

Eu vou pra Copacabana, eu vou...

Essa cidade é muito quente. Cagalho.

Hoje fui passear em Copacabana. Lá tinha vento.
Mas como eu não sou uma turista muito turista, resolvi passear pelo bairro onde, incrivelmente, era mais fresquinho que caminhar pela beira da praia. Vi algumas placas fail (como O Crack do Frango). Como, logicamente, eu não trouxe o cabo da câmera, eu mostro as fotos engraçadas depois.
Dei sorte e peguei dois taxistas bem bacanas. Sim, eu ando de táxi. Não sou eu quem vai pagar mesmo... :D
Fotos da câmera serão mostradas apenas em Porto.
Esqueci o cabo da câmera.

Mãe! Cheguei!

O hostel, o Brothers Hostel, fica na Praia de Botafogo. Ele foi aberto há um mês! E tudo novinho! Uma gracinha. Ricomendo: www.brothershostel.com.br.
Pelo que contam, a casa costumava ser a que o Vinícius de Moraes morou uma época.
Vai que eu dormi no quarto do hômi e nem sei...

Esse é o meu quarto:


Esse é meu banheiro:


O banho é com chuveiro a gas! Te mete.
Alaguei o banheiro inteiro não sei como tomando banho.

Cheguei e tinha um povo no boteco (que fica embaixo so hostel). Logicamente me juntei ao povo, bebi, conheci o dono do hostel, o Afonso3d (Luana! Ele tem 3 dedos mesmo!!), ganhei até prova de cachaça.
Claro que, como eu comi esfihas de almoço na sexta, às 21h com as duas cervejas que tomei, já estava bêbada.
Deitei e fui dormir.

Ou pelo menos tentar.
O quarto não tem uma boa ventilação, esse é o ponto negativo. Estava MUITO quente dentro dele. Ignorei a regra que dizia que eu não posso trocar de cama, e fui pra cama de cima no beliche perto da janela. Só assim consegui dormir.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Nem viajei, mas já sei que esqueci:

1) Protetor solar
2) Biquini
3) Bolsinha
4) Canga

Update
5) Escova de dentes
6) Pasta de dentes
7) Cabo da câmera

Não deu pra levar:
1) Tobi

Update
2) Lus

quinta-feira, 5 de março de 2009

Who wants to be a millionaire?

I do!
Mas, dessa vez, quem ficou foi o Jamal Malik.

Slumdog Millionare (Quem quer ser um milhonário), adaptado do livro Q & A do autor indiano Vilkas Swarup, é o ganhador do Oscar de melhor filme de 2009. E com honras, na minha opinião. Eu amei Milk, mas ele não devia ganhar o Oscar. Ele merece ser do Slumdog Millionare. Ainda não vi Doubt, O Leitor e o outro que eu não lembro o nome. Depois de vê-los, certamente continuarei a pagar pau pro Slumdog Millionare. O filme é divino.


Ele reúne de uma maneira muito tocante os três elementos que movem o mundo: dinheiro, amor e fé.

Jamal é um órfão favelado que é selecionado para a versão indiana do Show do Milhão. E mais: ele vence.
Toda a mágica do filme reside exatamente no fato de como ele vence.
Ele tem apenas um objetivo na vida e faz dele seu norte: o amor.
Ele possui apenas um sentimento no coração que lhe dá forças pra viver, sobreviver e perseguir seu objetivo: fé.
O que ele não possui é dinheiro.
Mesmo assim, Jamal e seu irmão, Salim, vão vivendo juntos do jeito que cada um sabe e julga correto. A entrada de Latika na vida dos irmãos os divide e faz com que o filme e os personagens evoluam.

Aqui vai meu parabéns ao pessoal do casting: o olhar dos três atores que interpretam Jamal nas três fases da vida retratadas no filme é o mesmo. Isso é determinante no personagem. Enquanto isso, percebe-se direitinho a diferença de caráter entre Jamal e Salim. Nas três fases mostradas.

Compara-se muito as favelas retratadas aqui com as de Cidade de Deus. As favelas mostradas no filme, em questão de pobreza, não perdem em nada pra de Cidade de Deus. Pobreza é pobreza. Falta de saneamento, displicência dos governantes, alta natalidade e falta de condições apenas trocam de língua.
O detalhe que eu acho que a maioria perde é que a Índia é superpopulada. Period.

E a principal diferença entre as favelas e, logicamente, entre os povos, é a questão da religião. A grande massa da favela indiana é muçulmana e isso é muito presente na vida indiana. A parte de prática da religião não é quase mostrada no filme, mas a questão de acreditar em Deus e em destino sim.

Eu me identifiquei demais com Jamal. Meus pais não faleceram, mas, de certa forma, me sinto órfã. Nunca tive 0 dinheiro, mas sempre houve pouco. Precisei, em um ponto da minha vida, que alguém me acolhesse (mas o Gôgui nunca teve a intenção de me cegar). Assim como na vida de Jamal, aos poucos algumas coisas tomaram seu lugar. Aos poucos, ele fez com que outras coisas entrassem no seu lugar. O que não pode ser mudado, teve de ser aceito. O que não foi aceito, teve de ser mudado. Talvez nossos objetivos sejam os mesmos. Talvez a fé que temos em fazê-lo tornar realidade seja a mesma. Ele teve o final que queria.

Maybe it's written.

terça-feira, 3 de março de 2009

Eu pago pau pro Sean Penn

Quem viu Milk, pague pau pro Sean Penn. O cara é simplesmente excelente.


Harvey e seu sorriso encantador

Existem outros filmes que você pode ver e pagar pau pro Sean Penn. Um filme que eu lembro que vi com ele é o I am Sam. Chorei até secar minhas glândulas lacrimais. Ouvi falar muito bem do Sobre Meninos e Lobos. Tem o Clint Eastwood. Gosto dele também, mas não pago pau.

Pra quem não viu o filme ainda ou nunca tinha ouvido falar no cara (como eu), Harvey Milk foi o primeiro político abertamente gay eleito na história dos Estados Unidos. Falando assim, parece até comum, mas quando você sabe que isso aconteceu nos anos 70, sabemos que a situação não era assim tão simples.

Não pretendo contar o filme aqui porque você tem de vê-lo. Vale a pena. A cena final é belíssima. E a trilha é do Danny Elfman!
Mas a real aqui é pagar pau pro Sean Penn mesmo.

Todo filme baseado em fatos reais sempre deixa margem pra alguma fantasia do ator que interpreta a pessoa principal. Isso não inclui o Sean Penn. Quando o filme termina, são mostradas pequenas biografias dos "personagens" contando o que aconteceu com cada um deles e uma foto do ator e da pessoa na época do filme. Os responsáveis pelo casting soube escolher muito bem cada ator. É muita purpurina saindo da tela do cinema.

Mostraram uma foto do Milk rindo. O Tobi virou pra mim e disse:
- Tá igual ao Sean Penn...

E estava mesmo. Ali, deu pra ver que ele tentou interpertar o Milk como ele realmente era. Como eu não conheci o verdadeiro Milk então eu não sou fonte pra dizer que era igual, mas eu acredito que o cara era aquilo ali mesmo. E mais, não é qualquer ator que interpreta um gay e beija meio elenco com naturalidade. Tanto o Sean Penn quanto o James Franco (que interpreta Scott, o principal namorado do Milk).
De novo: os responsáveis pelo casting soube escolher muito bem cada ator.
Os responsáveis pelo cenário estão de parabéns também. A Castro Street estava muito bem feita.


Harvey Milk por ele mesmo e Harvey Milk por Sean Penn. São iguais!

Enfim. Vejam o filme e passem no google depois pra confirmar tudo isso.