sábado, 20 de dezembro de 2008

Idea

Já diria o Leleco: incrível como as coisas mais importantes são as mais dificeis de serem ditas.
As três últimas semanas foram muito intensas no trabalho e no psicológico. Mais uma mudança pela qual eu não queria passar estava chegando e eu estava lá sendo forte. Além disso, eu tinha de dar conta de amigos, namorado, compromissos sociais, presentes de natal...

Minha vontade era de sumir. De novo.

Incrível esse lance da energia entre pessoas. Cada vez mais eu acredito nisso. Lá dentro, as pessoas vibram na mesma energia. Não é à toa que todos se tratam como irmãos, mesmo sendo colegas de trabalho. Pergunta-se do namorado, do filho, como foi a prova de inglês.
Sexta-feira foi o dia. Teve almoço final, teve festinha final. Me doeu sair de lá. Talvez seja por isso que eu não tenha ainda tirado minhas coisas de lá. Em outros lugares, essa ação foi bem mais simples.

E eu não consegui dizer o quão grata eu fiquei em ser admitida lá (muito obrigada, Jamile); o quanto eu aprendi, tanto de conhecimento quanto de profissionalismo; o quanto era agradável de trabalhar ali. O mantra era "hei de nunca me demitir". Nunca cogitei que uma maldita crise econômica fosse fazer isso se dissolver. Eu espero que o meu trabalho tenha significado pra eles o quanto ele significou pra mim.

Cheguei no aeroporto acabada. Enfrentei uma fila gigante, um atraso absurdo.
Peguei uma daquelas quick massage de 15 minutos. Acho que o massagista teve pena de mim, de ver a minha cara e me deu uma de 20 min.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ano novo

2008 não foi bom pra mim.

Queria morar na mansão e ela teve de se separar.
Queria trabalhar aqui durante uns 3 ou 5 anos e me tiraram o emprego.
Queria estudar e minha vontade de estudar sumiu.
Queria guardar dinheiro e a Saraiva nunca parava de me mandar emails de "10 livros a 12 reais cada".
Tive o coração belamente partido e às vezes acho que eu ainda não montei ele muito bem.

Apesar de tudo isso, fui no show do R.E.M. e no show do Jorge Drexler.
Achei um namorado lindo.
Meu sobrinho fez um ano.
Faço parte de uma banda talentosa.
Ganhei e conquistei amigos maravilhosos.
Comemorei, pela primeira vez, aniversário.
Descobri o que quero ser quando crescer.

Pretendo fazer a lista contrária no final de 2009.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

R.E.M.+

Eu tenho muitas lacunas na minha adolescência, mas uma coisa eu tenho absoluta certeza: eu aprendi R.E.M. com o Saul. Além disso, ele me ensinou a ver a beleza atrás do vocal principal. Melodias de baixo (mainly), backing vocals.
A gente namorou quando eu tinha 15-16-17 anos e eu não tenho a mínima recordaćão do porquê do término. Certamente algum motivo totalmente idiota e sem motivo.

Anyway.

Uma das coisas que a gente fazia era ouvir música junto. O pai dele tinha uma eeeeeeeeeestaaaaaaaaaanteeeeeeeee invejável do primeiro ao quinto de cds. E, logicamente, eu não lembro como R.E.M. foi parar na lista de cds e, nessas, o Dead Letter Office era e continua meu cd favorito. Lá tem uma das minhas músicas favoritas: Crazy. Eu lembro de uma cena dele tocando violão pra gente cantar essa música. A minha primeira ambićão com a música foi atingida no computador dele: decorar a letra de It's the end of he world as we know it. E eu sei ela até hoje.

Há um mês atrás, mais ou menos, eu comprei meu ingresso pro R.E.M. Pensei em avisar o Saul do show. Não sei dizer por que não o fiz. E não o vi por lá. Baixei toda a discografia do R.E.M. e lembrei de um fato bem curioso. Lembrei da gente ouvindo R.E.M. e de uma frase muito peculiar de fã de banda: "Escuta esses backing vocals!! O Mike Mills é o melhor!!". E, assim, foi plantada a sementinha. Lá no show, eu tenho certeza que nós dois eramos os únicos a esquecer o Stipe, fechar os olhos e cantar junto com Mills. Tanto é que eu sei todos os backing vocals das principais bandas que eu gosto. É é o que eu gosto de fazer até hoje. E, é claro, que eu até hoje não aprendi a decorar nomes de música!
Mas o backing do Man-Seized Wreath é sensacional!

Saul, muito muito muito muito obrigada.
Tu sempre vai ser um dos caras.

+ Esse post assume que o Saul estava no show de R.E.M,

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

E as fotos...

... da viagem das irmãs está aqui.
Vou colocando os comentários assim que der.

Show da Colbie Caillat

Público:
Todas as crianças de Porto Alegre que puderam pagar o ingresso e suas mães, todas as noveleiras peruas que viram a menina na novela e eu. I felt old.

Quote interessante:
Aparece a propaganda do show do Judas Priest. Uma tia eloquentemente pergunta: "Quem são esses lôco?". Rapidamente levei minha mão à testa. Estalou. Não sei se ela ouviu. I felt deslocated.

Pintas interessantes:
Joss Stone estrábica e sua mãe estacionada nos anos 80 (cabelo anos 80, camisa pra dentro das calças anos 80, calças anos 80, colete anos 80). Ambas com mais de 1m80. A menina foi arrumar delicadamente suas calças e quase que dá com o cotovelo no meu queixo. Pra me vingar, enquanto ela filmava o show, eu cantava bem alto. :D
Mas a cena massa foi elas tirando autofoto emo juntas. Cabecinha pro lado, aponta a câmera com um braço e flash, saca? O problema é que a mãe estacionada nos anos 80 não sabe cara emo de autofoto. Então ela ficava algo mais ou menos ness estilo na foto:


Mas, claro, com seu cabelo anos 80, camisa pra dentro das calças anos 80, calças anos 80, colete anos 80  e seu 1m80. Foi engraçado.
Calma que ainda não terminou.

- Mãe! Olha tua cara! Zoom na máquina na cara espantosa da mulher.
- E como é que eu tenho de fazer?
- Assim. Cabeça pro lado, faz carinha de quem tá gostando demais.
- E eu gosto da minha franja pra frente. Ela pega e soca a franja do seu cablo anos 80 pra frente. Aijisuis!

Show:
A menina é autêntica e canta ao vivo. Ponto pra ela.
As músicas agudas foram cantadas n tons abaixo. Se ela fosse velha, tudo bem. Tira o ponto dela.
Ela abanava para o público com abano estilo rainha da festa da uva. Tira mais um ponto dela.
Ela cantou cover de Queen (Under Pressure) e Jackson 5 (I Want You Back)! Dez pontos pra ela.
Foi suprimido o riff de baixo do Under Pressure. Tira um ponto da banda.
A banda sacaneou a menina massamente no palco nas músicas que ela ficou sozinha no palco. Quinze pontos pra banda.
Eu fui a única feliz com o cover de I Want You Back! Tira todos os pontos possíveis do público e dá todos pra mim!
Pelamordedeus: gente! Michael Jackson...! Hello! Cultura Pop mínima!
As escolas precisam urgentemente de aulas de História do Rock com o Mr. S.

Ah sim. As fotos.
Ahn... Sabe como é que é eu e show no Bourbon Country.
Eu até carreguei as pilhas minimamente de manhã. Logicamente eu guardei a máquina ligada dentro da casinha dela.

 

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

La Maraton de Buenos Aires

Eu não vou contar que a é a minha segunda maratona como equipe de apoio, que foi super legal, que eu tive companhia da Margarete (a esposa vo Wilson, ex-paciente da minha irmã), que tínhamos um motorista pra nos levar nos 10, 20, 30 40 e chegada; que eu fiz amizade com alguns cachorros na Boca, que eu fiquei super emocionada, que eu perdi dinheiro e quase tive que mendigar no aeroporto; que, nessa hora eu lembrei que não habilitei o cartão de crédito pra ser usado internacionalmente, que tava tudo muito caro e eu não trouxe uma gota de álcool, que eu fui usada de laranja pelas minhas irmãs para elas usarem os banheiros dos estabelecimentos das mais diversas guloseimas hemanas, que o mais tarde que eu acordei nessa viagem foi às 9h da madrugada no sábado, que no domingo eu acordei às 5h30 e na segunda às 3h30; eu tomei remédio às 17h e ele começou a fazer efeito umas 20h e eu dormi no salão de embarque e que, quando eu acordei, havia uma fila gigantesca de gente embarcando; que, na volta, eu dormi no salão de embarque e tive de colocar relógio pra não perder o vôo, que um guri desmaiou no vôo de volta e atrasou todo o processo, que eu tive de parar de ouvir o nerdcast pras pessoas não acharem que eu tava rindo do guri. Não. Eu não vou contar isso.

Vou contar que minhas irmãs são duas trambiqueiras portuñolmente falando.
E isso rendeu as melhores cenas da viagem.

No táxi indo para Palermo. Vivi: "Es muy lontano de aqui?"
No restaurante. Vivi: "Y para nooooooOOOOOOOOS, pollo de campo", com direito à onda de volume ascendente nos ôs.
No hostel. Vivi: "No. La reserva es para mi".
No hotel. Vivi: "250 dores". Estiquem o a ao falarem dores. O atendente sem dentes retruca "250 lares."

Teve uns furos da Fá, mas eu não lembro porque a Vivi era mais eloquente nessa parte.
Mas a mais sensacional de todas foi quando fomos marcar meu ônibus pro aeroporto.

Lá foram as irmãs trapo no Manuel Tienda León levar a Fá porque ela ia embora. Estávamos nós no caixa e as meninas portuñolando com o vendedor. Eu lembro de apenas ter aberto a boca pra falar o horário do vôo: "mañana a las siete y media". E aí era tal de o cara falar, a Vivi entender uma coisa, a Flávia outra, era um tal de tira dinheiro, "Não é pra pagar agora", guarda dinheiro, e tira dinheiro de novo, "Cómo se llama el hotel?" "Flávia".
Com essa, o cara me pega pela mão e diz "Venga conmigo, así nosotros no perdemos tiempo, si?"
Eu tava meio chapada da bombinha da asma (logo antes eu tive uma bela crise, a única da viagem) e não entendi na hora.
Rapidinho, ele me fez a reserva, tivemos apenas um mal entendimento do horário por conta de ser madrugada e bingo, estou com o número da reserva na mão. Chega a Flávia e a Vivi: "precisa pagar agora?" NOT!
Aí é que eu fui me dar conta que o cara me tirou dali porque as espertas estavam fazendo uma confusão com o portuñol e o cara se irritou com isso. Logicamente, ao entender, desatei a rir e expliquei o que aconteceu.

Lição do dia: fale em português se você não fala espanhol. Mas não fale como se o hispano-hablante fosse um retardado mental.

sábado, 11 de outubro de 2008

Si te veo a ver me voy a enloquecer.

De volta à cidade das lamentaçoes.
Que mané Jerusalém, Buenos Aires. Buenos Aires.
Já que eu nao vou mais mochilar na Europa no final do ano, aproveitei pra mendigar passagem via pensamento pra minha irma e ver a maratona amanha. Yay.
Nem beber eu posso porque a bebida do hostel acabou. E chove lá fora. E eu tenho de acordar às 5 de la mañana.
Lamentations, lamentations e pagamentations de penitations.

domingo, 28 de setembro de 2008

Show Re:Floyd + The Rovers

Sexta-feira dia  03 de outubro no Garagem Hermética acontece uma homenagem a dois grandes discos do rock: Led IV (The Rovers) e Dark Side of the Moon (Re:Floyd).
O show começa às 0h e custa 12 reais.
Lembrando que o show é ingrato, ou seja, de pé e com MUITA gente fumando em local fechado.

Por que eu tô convidando? Porque eu vou cantar. Em ambos. :)
Que os deuses (e a Clair Torry) estejam comigo!

Espero ver você lá! E chamem mais gente pra ver isso.
Talvez seja inédito.

Festa-feira

Lembra da festa-feira?
Pois é. Tive uma nessa sexta-feira.
Fui alforriada do projeto do inferno.
Yay.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Novos passos da minha carreira artística

Depois que a Maíra me introduziu (ui) aos palcos de Porto Alegre, chegou a hora da Suzy dar um empurrão para o fundo do poço na minha carreira artística. A Suzy é uma amiga minha que canta muito e estava de backing vocal na Re:Floyd, uma banda porto-alegrense cover de Pink Floyd. Por circunstâncias da vida, ela resolveu passar a bola pra mim.

Desde então, escuto Pink Floyd pra tirar os vocais (eu não agüento maaaaais!) e, pasmem, estudando The Great Gig In The Sky.

Então, esteja você convidado para ensurdecer assistir a Re:Floyd dia 3 de outubro no Garagem Hermética às 0h.
Os mais reclamantes receberão email pessoal e intransferível de presença obrigatória. :D

E rezem pra Claire Torry baixar nessa que vos escreve.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Programação Orientada à Vida

Conversas com Fernanda em 19/9/2008 12:58:20:
Priscilla Kurtz: no-tí-cia!
Priscilla Kurtz: no-tí-cia!
Priscilla Kurtz: vai casar!
Fernanda: ontem meu amor e eu começamos a contar dinheiro para comprar um ap
Priscilla Kurtz: weeeeeee
Priscilla Kurtz: que lindo! :-D
Fernanda: :D
Fernanda: fiquei tão feliz
Priscilla Kurtz: sim!
Priscilla Kurtz: eu gosto bastante dele (apesar de não parecer falar muito)
Priscilla Kurtz: eu acho ele simpático
Priscilla Kurtz: vai casa-ar!
Priscilla Kurtz: vai casa-ar!
Fernanda: só estou preocupada que ele ainda não falou em casar
Fernanda: só em morarmos juntos
Fernanda: eu quero casar
Fernanda: quero vestidão lindo tomara que caia com rabo de sereia!
Fernanda: :D
Priscilla Kurtz: coloca um if, oras

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Mendiga de merda

Tava em casa e toca o interfone.

- Tia, tem coisa pra dar?
- Tem. Só um pouquinho.

Preste atenção na palavra coisa. Ela é muito importante no diálogo.
Recentemente fiz uma mini-limpa no meu armário e tinha umas roupas boas de inverno.
Peguei a sacola e desci as escadas. No que a mendiga feladaputa me vê:

- Ai... Roupa...

Entrego a sacola pra ela.
Ela sai reclamando.

- Não quer, me devolve.

Ela se vira.
- Tá. Obrigada.

Ué, mas ela não queria alguma coisa?! Devia ter perguntado isso. Eu sou muito sem clic.
Devia é ter ido no meio da rua, ter estapeado aquela infeliz e ter pego minhas roupas de volta.
É isso que eu recebo quando tento ajudar o próximo.
Que me aguarde a próxima campanha da fraternidade.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Questionário de Proust ao contrário (ou não)

1. Qual é a sua maior qualidade? Modéstia.
2. E seu maior defeito? NullPointerException.
3. A característica mais importante em um homem? Que ele seja homem quando é necessário um homem fisicamente masculino na situação.
4. E em uma mulher? Que ela não roa as unhas.
5. O que você mais aprecia nos seus amigos? O fato de eles me aguentarem durante muito tempo.
6. Sua atividade favorita é… fazer alguma coisa. Se ela vai prestar ou não, é outra história.
7. Qual a sua idéia de felicidade? Futebol, mulher homem e rock 'n' roll. Meu deus, como isso é bom. Podia ter dinheiro, muito dinheiro, facilidades de visto para outros países, casamento, filhos e uma casa bem bonita lá no mar no refrão, mas acho que ia ficar meio ruim na melodia.
8. E o que seria a maior das tragédias? Já aconteceu. Colorados também são campeões do mundo.
9. Quem você gostaria de ser, se não fosse você mesmo? Felipe Kuhn usando aparelho.
10. E onde gostaria de viver? Em algum lugar com internet COM roteador (chega dessa vida de compartilhar modem!), tevê a cabo, telentregas de comidas gostosas e que não exista o verbo "engordar".
11. Qual sua cor favorita? Rosa barbie.
12. Uma flor? Prefiro árvores.
13. Um pássaro? Prefiro cachorros.
14. Seus autores preferidos? Eu gosto muito mais de livros em particular do que de um determinado autor... Por exemplo, Dan Brown é uma m*erda de autor, O Código de DaVinci é uma m*erda de livro, mas a ambientação histórica e de lugares é sensacional! Gosto desse livro por conta disso, mas ODEIO Dan Brown. Eu tenho certeza que ele tem um programinha de gerador de lero-lero auxiliado com o programinha de escrever livros (porque ele usa sempre a mesma base de história) e *BUM*: "O Novo Paradigma Globalizado" o novo livro de Dan Brown.
15. Os poetas que mais gosta? Idem aos autores preferidos, mas aplicado a poemas.
16. Quem são seus heróis de ficção? Franjinha daTurma da Mônica.
17. E as heroínas? Mônica da Turma da Mônica.
18. Seu compositor favorito é… Jorge Drexler (enfim, uma resposta decente nesse questionário)
19. E os pintores que você mais curte? Eu infelizmente não entendo merda nenhuma de pintura, mas vou gostar dos rabiscos do meu sobrinho quando ele aprender a desenhar.
20. Quem são suas heroínas na vida real? Como a modéstia faz parte de mim, minha heroína favorita sou eu.
21. E quem são seus heróis? Ross, Rachel, Chandler, Monica, Joey e Phoebe.
22. Qual sua palavra favorita? Aiquilindu.
23. O que você mais detesta? Dia nublado e chovendo.
24. Quais são os personagens históricos que você mais despreza? Os espanhóis e os portugueses.
25. Quais dons naturais você gostaria de possuir? Telepatia.
26. Como você gostaria de morrer? Domindo.
27. Qual seu actual estado de espírito? É.
28. Que defeito é mais fácil perdoar? O esquecimento. Principalmente o meu. :-D
29. Qual é o lema da sua vida? Sempre peço pra Deus paciência, porque se me der força... Já viu, né?

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Blog Day

Blog Day 2008

Dia 31 de agosto é o BlogDay. A idéia toda é fazer uma lista (ueba) dos blogs que você mais gosta, notificar os blogueiros que você fez isso e ser feliz com seu blog que apenas seus amigos (e sua família, no meu caso) lêem. Todo mundo sabe da minha falta de organização tempo. Então lá vai uma mini lista do que eu tenho no Google Reader.

1) Jesus, me chicoteia! em primeiro lugar obviamente.
Eu sou MUITO fã do Macurélio. Muito mesmo. Eu não tenho palavras pra descrever o blog dele. Portanto, leiam. Vale a pena. A vida do cara dava um belíssimo filme de comédia, se colocarmos um ator bonito pra interpretar o Macurélio, lógico.
E não esqueçam de baixar a bíblia em versão sacanagem pra divertir um pouco o dia muito chato de trabalho.

2) Manual do cafajeste (para mulheres).
Apesar de eu odiar o cafa em algumas descrições do tipo "é assim que homens gostam", eu gosto do jeito e como ele escreve.
Eu não sou uma mulher normal, eu sou formada em Ciência da Computação e isso masculinizou muito o jeito de eu ver uma relação.
Acho que tinha de juntar algumas amigas e fazer o Manual do cafajeste (para homens) só pra ter o prazer de escrever "é assim que mulheres gostam". Principalmente na parte de se vestir.

3) A Grande Abóbora.
Apesar do Marcus não fazer idéia de quem eu sou, mas ele já foi a uma festa na minha ex-casa a Mansão das Computólogas porque a Bruna é amiga da Mari e a Mari é a noiva dele e eu amo a camiseta "Hello Nietzsche" que ele tem, o blog dele é sensacional.
Volta logo pra casar com a Mari, viu?

4) Holoforte
Gosta de fofoca? Gosta de celebridades? Você não tem mais absolutamente nada pra fazer? Tá aqui sua diversã.

Alguém sabe como eu notifico os blogueiros? :)
De qualquer forma, deixarei um comentário nos blogs.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Post olímpico

Continuando meu autismo e falta de temporalidade, vou fazer meu post olímpico.
Mais precisamente em relação à ginástica artística-que-um-dia-já-foi-olímpica e uma historinha da seleção de pólo aquático da Sérvia.

Hoje em dia, o exercício mais difícil é super F. SUPER F. Chega a ser um absurdo: ginastas se matando de treinar para fazerem séries cada vez mais difíceis para terem cada vez mais super Fs. Não é à toa que a grande maioria das equipes mais fortes tenha suas ginastas renovadas. Elas se quebram cada vez mais. Lá vem a melancolia: quando eu fazia ginástica, o exercício mais difícil era E. E nós, reles ginastas chinelas, nos matávamos para ter um C na série.
E fora que haviam as séries obrigatórias... Essas eram lindas! Elementos simples apenas para avaliar o básico das ginastas. A grande maioria delas hoje não sabe o que é o conjuntinho ponta de pé e joelho estendido. Na minha humilde opinião, os Estados Unidos é uma fábrica de ginastas sujas porém competentes.

E vem gente querer me dizer que, hoje, a ginástica é um esporte lindo. Não discuto a beleza, realmente é um esporte belo.
Discuto o _hoje_.

Quem diz isso, nunca ouviu sequer falar em Lilia Podkopayeva, Simona Amanar, Lavinia Milosovici, Svtlana Khorkina, Gina Gogean, Dominique Moceanu, Dominique Dawes, entre outras... Até ouso colocar a Shannon Miller e a menina que quebrou o pé saltando e que foi símbolo das Olímpiadas de Atlanta aqui (elas são o início da era das ginastas sujas porém competentes). As séries dessas moças não são twist carpado de difícil, mas a grande maioria dos exercícios por elas executados são executados até hoje. Exceto que antigamente eram bem executados. Havia a preocupação com a beleza das séries, com a limpeza dos movimentos além da dificuldade.

Isso é uma série bonita.

E não isso.

Eu adoro a Daiane e tenho o prazer de dizer que lembro dela quando ela era muito muito muito forte e fazia coisas inacreditáveis treinando no União (e olha que ela começou no Set) aqui em Porto. Mas essa série... Aff.

Agora a historinha do time de pólo aquático da Sérvia.
Nem sabia, mas a Sérvia tem um dos melhores times de pólo aquático do mundo e alguns dos seus jogadores são os melhores do mundo em suas posições (ui). Eis que eles não passam pra final nas Olímpiadas de Pequim (é Pequim. Beijing é pra quem não fala português). Então, pra compartilhar os espírito olímpico, o goleiro e o atacante resolvem discutir pra ver de quem era a culpa do time ter perdido o ouro olímpico. Terminou com os dois (que não são pequenos) se socando. Um quebrou o braço e o outro o fêmur.

Simpático, não?

Edit: A série da Lilia é a série obrigatória. Até eu estranhei que era fácil demais. Eu acho que eu queria colocar essa aqui:

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Mais um absurdo

Senado aprova 1.692 vagas para tribunais

O plenário do Senado aprovou na madrugada desta quinta-feira a criação de 1.692 cargos em tribunais. Do total de vagas, 1.421 são cargos comissionados, e 271 efetivos. Os projetos de lei, da Câmara, ratificados pelo Senado, agora seguem para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os projetos criam 116 cargos efetivos e 204 funções comissionadas no STJ (Superior Tribunal de Justiça), e 136 cargos efetivos e onze funções comissionadas no TST (Tribunal Superior do Trabalho) da 17ª Região, no Espírito Santo. Também no TST da 17ª Região, há mais sete cargos efetivos e quatro cargos comissionados. Leia mais (28/08/2008 - 10h32)

Quando eu trabalhava na prefeitura de Porto Alegre (mas especificamente na SMAM), no meu setor somente eu era concursada.
E, logicamente, eu que trabalhava pelo setor inteiro. Uma das coisas mais importantes e que não podiam faltar nunca que eu tinha de fazer era chegar mais cedo que os CCs e deixar o café pronto.
Ai de mim se o café não estivesse pronto.

Lógico que eu fazia questão de chegar atrasada.

Outra: os fulaninhos lá podiam sair mais cedo pro seu futebol ou qualquer outro compromisso não importante.
Eu... Jamais. Sempre chegava atrasada no Tae-Kwon-Do.

- Se tu sai mais cedo e não tem ninguém aqui, quem vai atender o telefone?

Belo argumento, não?

Presidente do STF defende reajuste nos salários dos ministros da Corte

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, defendeu nesta quinta-feira o reajuste nos salários dos ministros da Corte dos atuais R$ 24.500 para R$ 25.725. Mendes disse que os vencimentos dos ministros estão "longe de ser excessivos" se comparados com os salários pagos no próprio Poder Judiciário. "Na verdade há reclamação de que isto é insuficiente, claro que nos temos que fazer a relação com aquilo que a sociedade tem condições de pagar. Nós somos servidores do Estado, da sociedade. Se os senhores olharem o grau de responsabilidade que envolve, os senhores vão perceber que essa remuneração está longe de ser uma remuneração excessiva", afirmou aos jornalistas. Mendes disse que, se comparados com o salário mínimo (R$ 415), os vencimentos dos ministros parecem elevados. Mas diante dos salários pagos aos juízes em início de carreira, o ministro considera justo o aumento. Leia mais (28/08/2008 - 10h59)

Claro.
E o lance de aumentar o salário mínimo em 50 pila há alguns meses atrás foi vetado.
Que bom que a sociedade vai ter como pagar 25k pra um imbecil falar uma merda dessa.

O último que sair, por favor, apague a luz.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Aluna da UFRGS?

Bullshit.
Eu só queria tomar a vacina da rubéola no Centro de Saúde da UFRGS e não ter de me enfiar sei lá eu onde pra isso.

- Tu é aluna da UFRGS?
- Sou.

Quando eu olho, vejo um computador.
Pensei: tô fodida. A tia vai passar meu cartão num leitor, vai ver que eu não sou aluna da UFRGS porra nenhuma, vai me dar um xingão e vai me mandar embora.

No no.
Ela pega minha carteirnha, anota em um papel o número dela, meu nome, minha data de nascimento, assina o tal papel.
Eu penso: viva ao país subdesenvolvido que moramos.

Abre a geladeira, eu gelo quando vejo a vacina, ela me dá a vacina.
Pergunto pra ela do resto das vacinas que eu tenho de tomar.

- Aqui do lado tem um posto de saúde. Vai ali que eles te informam.

Confesso que, depois dessa informação, me senti muito mal de ter passado por uma aluna da UFRGS.
Pelo menos, agora eu já sei onde ir.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Any Other Thursday

So I was thinkin' about relationships and about how it pertains to songs about relationships. And uh, I was trying to think, well it occurred to me that the key... I figured out the key to a relationship and how to make it work.
Check it out, this is, this is, a tip from your uncle John, check it out.

When you first meet somebody, you find out they like you. First of all, a friend of a friend of theirs say: "He/She really really likes you".
And it kills you, floors you, sends you to the ground.

You've got to pick yourself up off the ground.

Then you get their phone number and you call them up, right?
And you say: - Yeah, that's a really great phone conversation, can I see you some time?
And then they say this, they say: - I'd like that.

Nothing feels better than "I'd like that".
So now, your blood pressures' goin, you're six feet off the ground, you can't sleep, because of "I'd like that".
So then you hang out for a while, and you call and you talk on the phone all the time, and then you drop the bomb.
 What feels like the bomb?

You say: - You know what, I've been thinkin about you a lot.
And she goes: -Ahhhhhhh!
And you go: - What happened?
And she goes: - I'm sorry, I just, I just, I just, that's, I've been thinking about you too.

Bam

Higher into the sky.
But now "I'd like that."
Tch. Done.
Now you're up to "I'm thinking about you."

Then however number of months pass, it makes you feel comfortable saying it.
You say: - I gotta tell you something.
They go: - What?
You go: - I'm in love with you.

And nothing in the world sounds better than "I'm in love with you".
And then maybe she starts crying, or maybe he goes gasp.
And all the sudden you're like: - I'm in.

But now what doesn't work? "I'd like that" and "I'm thinking about you". Now we're at "I'm in love with you" .
Then maybe some day it'll move up to "I love you"
Fast forward, now you're like "I love you a lot; I love you more than anything in life."

Now  "I love you"

Doesn't work. It's a threshold that keeps moving up. Fast forward, like six months, six weeks, whatever the case may be, now you're on like, "I want to marry you", "I want to impregnate you with my love", "I wanna, I wanna just send my love to you", "Damn it, words don't work anymore."
And then you say this line, and you know, you know you've used this line before: "I just wish they'd put a new word in the dictionary bigger than love because love just doesn't describe what I feel".

And so now he or she starts asking: - Do you love me?
And you start goin: - Of course I love you.
- Well say it.

And then it becomes: - Say it twice.
And it goes: - Say it three times.

And then, you cross a really interesting point, where all the sudden it becomes: -I hate you, I hate you,.
And you go: - Oh my god she hates me.
And now it's like: - I hate you more than anything.

And then it's like: - We're over.
And then they go: - No we're not.
And you go: - Yes we are.

Now the words completely do not work at all, you're left with nothing.
You're throwing punches under water.
You're done.

You know what the moral of that story is, if there is one: never, ever, ever, ever underestimate the power of  "I'd like that".

sábado, 2 de agosto de 2008

Final de semana!

Sabe o que eu fiz hoje pela manhã?
EU DORMI!
Eu soletro: ê, u, dê, ô, érre, eme, i. :) :) :)

Descansei.
E como isso faz falta.

Fiquei com dois finais de semana acumulados pra tirar. Trabalhei em dois sábados, tive dois domingos corridos.
Vim pra casa da Luana esse final de semana e descansei.
Tive uma viagem digna de Luciana indo pra Sananduva. Com bebê e tudo. Inclusive com ele ao meu lado. Com a diferença que eu dormi no meio da viagem e, quando acordei, o ônibus estava mais cheio que centro em época de natal e em bibocas muito bibocas. Faltavam apenas as galinhas.

Mas eu descansei. 
Yay.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Você já teve um pedido de música atendido pelo seu ídolo? Eu já.

Aprendi a gostar de Kevin Johansen com Machado.
Aprendi a gostar de Jorge Drexler com Kevin Johansen.
O mais legal de tudo isso é que nós quatro adoramos Caetano.



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Ontem foi o xô do homem. Aguardei cada diazinho como se faltasse muito. Sempre.
Saí do trabalho. O ônibus demorou. Cheguei a achar que o xô era às 20h, mas era às 21h mesmo.
Sentei na minha poltrona na terceira fila na lateral. Aguardei o início do xô.
E eis que o homem entra em palco.
Pega seu violão.
Começa a cantar.
E preenche o Teatro.

Muita banda por aí não tem um décimo do carisma e simpatia que o Drexler tem.
Não existem palavras pra descrever a presença de palco dele. Só estando lá pra saber.
Eu nunca tinha visto isso.

--

Começa a tocar Guitarra y Vos.
Começo a chorar na minha parte preferida.
Fin.

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E chega uma das horas mais aguardadas do xô: o pedido da música.
Eu tenho um carinho muito muito grande por Salvapantallas principalmente pela intimidade que ela traz.
Talvez seja minha música preferida de Drexler.
E eu estava na hora certa, no lugar certo, com o timing simplesmente perfeito para gritar "SALVAPANTALLAS!".

- Pues, fala o homem com seu portuñol. Una dona de la segunda fila pediu Salvapantallas. Faz tanto tempo que eu não toco porque é una canción muy aguda. Salvapantallas fué una música que fiz para mis hermanos. Somos en quatro hemanos.

Foi quando fez todo o sentido a frase: "Vamos al mar, vamos a dar guerra con cuatro guitarras. Vamos pedaleando contra el tiempo, soltando amarras. Brindo por las veces que perdimos las mismas batallas."

- O mais lindo!, alguém fala da platéia
- No, no, no..., ele sorri, a mais linda es mi hermana.

E começa a tocar.

E eu começo a chorar.
Fechei o olho e lembrei das minhas irmãs, das minhas ermãs, do meu amor, da minha mãe, de todas as vezes que perdi as mesmas batalhas que eles, de todas as amarras desamarradas, de cada catinho da minha vida que foi devidamente preenchido com um sorriso.

Realizei um dos meus sonhos: ouvir Salvapantallas ao vivo.
E com bônus: eu que pedi.

--

Entra Vitor Ramil.
Eles tocam Eco.
Pilar, pra você.
Tá tosco e é só o inicinho, mas foi lindo. Pra continuar com a sina do xô do Bobby McFerrin, minhas pilhas acabaram.
PORÉM com uma melhora: consegui tirar cinco fotos com a câmera!



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Soledad.
Ele senta na borda do palco e canta sem microfone.
A galera junto.
E eu, ali, cantarolando, com a cabeça apoiada na mão, o cotovelo no descanço de braço.
Sorrindo, óbvio.
Ele olha pra minha direção, vira a cara na mesma posição que a minha cara estava virada, sorri e volta ao normal.

Acho que era meu dia.
Voltei pra casa sorrindo.
Simplesmente não conseguia parar de sorrir.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Eu vou, eu vou!

No show do Drelxer agora eu vou!
Parará timbum!
Parará timbum!
Eu vou!



Eu vou, eu vou, eu vou! :)

sábado, 12 de julho de 2008

Médicos e Robôs

Médicos aprendem como funciona o corpo humano, como ele se defende e como é agredido com os diversos bactérias e vírus.
Só não aprendem como tratar seus pacientes. Infelizmente.

Ser médico é uma profissão de doação. Sua vida passa a não ser mais sua, assim como seus horários e seus finais de semana. Se você é médico e não sabia disso, me desculpa, mas deveria ter uma aula inaugural sobre isso em toda faculdade de medicina. Lógico que todos são vítimas de mal humor, cansaço ou problemas de família, mas seus pacientes não são culpa disso. Eles não pediram pra que você fosse médico. Gente doente busca a medicina pra se sentir melhor, pra que a dor que as atormenta passe ou amenize. Elas não vão lá pensando que o médico pode estar de mal humor e, então, disponibilizam seu tempo deslocando-se ao hospital para que o médico possa descontar suas infelicidades.

Talvez esses médicos mal educados, que olham os pacientes como vacas em um curral, resolveram ser médicos porque médico ganha dinheiro e como só se ganha dinheiro atendendo no seu consultório, esses médicos resolvem atender muito mal seus pacientes. Acabam se tornando robôs, fazendo mecanicamente seu trabalho apenas para cumprir seu papel de doutor.

Fui vítima desses robôs esse final de semana. Passei a semana gripada e isso culminou em crise asmática na sexta. Fui pro hospital Mãe de Deus porque lembrei que a Bruna ia lá quando tinha suas crises asmáticas, já que o Hospital Moinhos de Vento não atende convênios na Emergência. Chegando lá, um robô grita meu nome, eu entro dentro do seu consultório e, lendo a documentação da minha triagem, ele me pergunta o que eu tinha. Ainda bem que havia um carimbo preto em caixa alta escrito "ASMA" no tal documento. Eu, com a respiração pra lá de chiando, digo pra ele que passei a semana gripada e que estava em crise asmática naquele momento. Ele pede pra ouvir minha respiração com o estetoscópio. Inspira, expira, inspira, expira. E nada do robô falar. O robô senta na sua cadeira e começa a escrever letrinhas em um papel pequeno. Me receita uns 5 ou 6 remédios ("Vê se não toma todos juntos", ele disse) e me manda ir pra casa. E eu ali, além de perplexa, sem conseguir respirar. Quando eu me levanto, ele resolve perguntar:

- Quer tomar um bronco-dilatador?

Me deu vontade de responder: não, obrigada, gostaria de morrer em casa mesmo.

- Seria bom, né.

Nisso, o Rodolfo me manda mensagens e eu passo a responder. O robô resolve mandar eu desligar o celular (claro que eu tentei tirar uma foto do inalador GIGANTESCO, mas isso não é importante) e me dá uma lição de moral. Eu devia dar uma nele. Dizer pra ele que eu não sou simplesmente uma máquina de comprar remédio, que não está escrito na minha testa "enriquecedora de farmácia", que meu namorado veio ali me buscar e que eu estava pasando informação pra ele de onde eu estava dentro do hospital, que a minha saúde é importante pra mim e que ele deveria explicar por que eu devia tomar aquela medicação toda, inclusive a quel ele estava ministrando naquele momento. Mas eu sou ainda muito passiva (ou será covarde) nesses momentos e fiquei ali dando um /ignore no que ele falava e sacodindo a cabeça pra dar um feedback pra ele.

E tudo que eu queria fazer era uma nebulização e um raio X pra ver se não era pneumonia.

Na saída, liguei pra minha penumo pra ver se ela podia me ver. A secretária não consegue localizá-la e o máximo que ela pode fazer por mim é me marcar na segunda-feira às 10h30. Gosto muito de médicos que não podem ser localizados.

No sábado, resolvi visitar outro hospital. Fui na Santa Casa e lá, além da demora, me vi na frente de outro robô. E esse é ainda mais audacioso quando me criticou por não ter tomado a quantidade absurda de remédio que o robô de sexta me receitou.

- Isso aqui talvez tivesse te ajudado. *sigh*

Esse robô tem sua IA um pouco mais desenvolvida e me manda fazer nebulização e raio X.
E, do nada, aparece o Pablo (Spectra, Lorenzoni ou sei-lá-como-você-chama-o-Pablo).
Nessa hora, eu lembro que o Pablo trabalha na Santa Casa e é radiologista. Uma cara conhecida e um sorriso. Delícia.
Comentei com ele o fato dos robôs me atenderem e ele pede pra ver o que o robô de sexta me receitou.

- Meu deus! Essa criatura te deu um medicamento de tratamento de longo prazo pra tu tomar a curto prazo. E isso aqui é um antibiótico... Ele nem sabia se tu tava com pneumonia ou não. E dá pra ver que não é um médico novo. Que horror.

E ele concordou comigo, que eu não devia tomar aqueles remédios e ir consultar minha pneumo assim que desse.

- Se tu sentir alguma coisa, me liga.

Mais um tempo de espera, o robô me libera e me manda tomar um dos remédios que o robô de sexta mandou. Aquele que é pra tratamento a longo prazo.

Na minha priofissão, eu aprendi a fazer gracinha de usuários DISTANTE dos olhos dele. Nunca na frente. Ninguém gosta de se sentir menosprezado. Eu aprendi também que é interessante a pessoa saber o que estamos fazendo no computador dela pra que ela se sinta segura. Pra isso, eu tive de aprender a explicar termos e procedimentos técnicos de uma maneira que um leigo possa entender. Assim, se cria laços de confiança profissional.
Ninguém tem obrigação de saber a profissão do profissional que procuramos.

Se você vai se formar em medicina ou já é médico e está lendo isso aqui, pense nisso.
Trate seu paciente como gente.
Já diria Patch Adams, a amizade é o melhor remédio.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Guria gostosa

(19:42:41) Pri: tu cortou o cabelo...
(19:42:45) Pri: vendeu, pelo menos?
(19:42:58) Kassick: tava curto pra vender
(19:43:02) Pri: pelo menos, agora, os caminhoneiros não vão mais buzinar pra ti
(19:43:07) Kassick: yep
(19:46:25) Kassick: mas o título de miss ndi ainda é meu e ninguém tasca !
(19:47:53) Pri: lógico que é
(19:47:57) Pri: é vitalício
(19:57:17) Pri: ng nunca vai ter um corpinhode bailarinho espanhol como tu
(19:57:36) Kassick: vero
(19:57:46) Kassick: EU SOU A GURIA MAIS GOSTOSA DA NDI E NINGUÉM TASCA !
(19:57:54) Pri: vou blogar isso

Iniciei minha carreira artística!

Ontem foi minha estréia nos palcos de Porto Alegre!
Eu não sabia o nome da peça, mas lá estava eu.

A Maíra (a mais nova diretora estreante ainda na faculdade) havia me convidado pra participar da peça dela numa quinta-feira de coral, mas nunca mais conversamos sobre isso. Ontem, ela me liga.

- Tu vai participar da minha peça?
- Sim, claro! A gente nem conversou... Eu esqueci de te perguntar. Que horas eu apareço?
- Às 18h30 na Qorpo Santo.
- E o que eu vou ter de falar?
- Eu explico tudo pra Luana e ela te explica.
- Ok.

Eu e a Luana fomos as crianças da peça.
Como assim crianças? As vozes que vinham da coxia, lógico.
E fizemos o maior sucesso! Encontramos o John (amigo do Marcelo) no intervalo e ele comentou conosco.

- Mandei uma mensagem pra Maíra falando das crianças.
- Tava legal?
- Tava. Eu adorei as crianças.
- Era a gente.

Como era trabalho de final de semestre da cadeira de Ateliê de Atuação (eu acho que essa era a cadeira), somente houve uma apresentação.
Mas se a peça entrar em cartaz, eu aviso e vocês, fãs, poderão ver.

sábado, 28 de junho de 2008

Listen Without Prejudice

Eu comprei uma conta do Rapidshare no início do mês. Faltando 10 dias pra conta expirar eu lembrei de baixar o disco da minha vida: Listen Without Prejudice do George Michael.
Resolvi pesquisar sobre o disco na internet e olha o que encontro na Wikipedia:
The title is a clear indication of his desire to be taken more seriously as a songwriter. 

PÉÉÉÉÉ. Resposta errada.
Claramente a Wikipedia não foi revisada por fãs do George. Ok, até pode ser que ele realmente quisesse isso. Mas todo fã sabe que não é bem assim que as coisas aconteceram com George. Na época do álbum Faith, ele fazia pose de garanhão. Veja o clipe de I Want Your Sex e me diga que ele está à vontade passando baton na perna da modelo (além do clipe ser ridículo). Sempre houve, nessa época, um rumor de que ele seria gay. Todo fã já sabia disso! São raríssimos os compositores que conseguem colocar seus sentimentos em uma canção que não seja gay.

Listen Without Prejudice é o segundo álbum da carreira solo e diz exatamente isso: escute sem preconceito (porque no início dos anos 90 existia o tabu de ser homossexual). E isso fica muito claro quando, no clipe de Freedom '90, ele queima a jaqueta que ele usava e explode o violão do clipe de Faith. É a quebra de regras dele. Aqui ele define quem queriam que ele fosse e quem ele é.
As músicas todas falam sobre isso: sobre liberdade (sentimental e pessoal), sobre lembranças: como lidamos com elas e como evoluímos com ela (ou não); cuidar do que se é e do que se tem. Nessa época, ele conhece o amor da sua vida, Anselmo Feleppa. Mais ou menos 3 depois, o cara descobre que tem AIDS e volta pro Brasil pra morrer. Muitas músicas são dedicadas pra Anselmo, entre elas A Different Corner, Please Send Me Someone (Anselmo's Song) e Jesus to a Child. Dentro desse contexto, é óbvio que as letras são bem mais consistentes que I Want Your Sex e Faith.

Esse disco faz parte da minha transformação de menina pra adolescente. Todos minhas desilusões, corações partidos e angústias foram tratadas à base de Listen Without Prejudice. Eu escuto esse disco hoje e ele ainda me conforta, principalmente Waiting For That Day. Me traz todas as lembranças daquela época (e de outras mais), eu vejo o filminho passando e eu percebo que eu me dei muito bem. Logicamente, minha autocrítica me diz que eu poderia ter feito melhor, mas naquela época eu não tinha muito conhecimento pra poder fazer melhor. Do jeito que deu eu busquei minha liberdade (sentimental e pessoal), tentava lidar com as minhas lembranças e tentei evoluir com elas e passei a cuidar do que se é e do que se tem.

Atualmente, eu vejo que cultivei isso muito bem em mim e que, até hoje, eu busco muito mais minha liberdade (sentimental e pessoal), lido com as minhas lembranças e evoluo com elas e cuido muito mais do que se é e do que se tem. Afinal, é isso que, no fim, sobra pra gente.

Se você ficou com vontade de ouvir o disco, preste muita atenção em Waiting For That Day, Something to Save, Heal The Pain e Soul Free.
Cowboys and Angels
é uma boa canção para corações partidos e Waiting For That Day é a minha música.
 

domingo, 22 de junho de 2008

OS THE BEATLES

- John, nunca mais fala uma merda dessa, por favor!

Calmo, John puxava seu baseadinho...

- Ah, foda-se, Paul. É verdade, oras... Pelo menos aqui na Inglaterra. Jesus Cristo é o número 2 em popularidade. Queira a Igreja ou não.
- E nós seremos os primeiros em impopularidade se você continuar com essa gracinha.

George dá seu pitaco:

- Pô Paul, mas veja só, o John tem até argumentos... sabe...

Paul interrompe, nervoso:

- O John ta mudando. Daqui a pouco vai trocar essas loiras peitudas e gostosas que correm atrás de nós por uma mocréia oriental ou coisa parecida. Acredite, ele está enlouquecendo com esse sucesso.

John já não ouve, está na sacada puxando seu baseado e olhando o Tâmisa. George ri:

- Ele pode ser louco, mas não é burro, pra pegar uma mocréia... Hehehe... O que você acha, Ringo?

Ringo estava deitado no divã daquele imenso quarto de hotel em Londres. Soltou umas baforadas, ajeitou a franja e disse por baixo do narigão:

- Eu acho que... Sei lá... Esse papo de Jesus, tipo assim, to pouco me fodendo quem é mais... Eu sei é que a gente tá podendo, saca? Se a gente gravar uma música merda, tipo, sei lá, música de igreja ou contos infantis pervertidos, se fizermos coisas ridículas, não vai mais importar. Aquelas loucas peitudas lá embaixo vão continuar invadindo nossos hotéis, gritando feito loucas, e comprando todos os discos...

- Porra, peraí, narigudo - interrompeu Paul. Aí já é exagero. Quem iria acreditar nisso?

Calminho, John volta da sacada e desafia:

- Aposto que o narigudo está certo.
- Não estou dizendo, amigo? diz Paul, cutucando George. Você aposta o quê, John?
- Se nós fizéssemos uma musiquinha de merda, bem idiota, mesmo que ela fosse absurdamente ridícula, nós poderíamos cantá-la e receber os melhores aplausos, elogios, prêmios, primeiro lugar nas paradas... Será um sucesso. Se nós arrotarmos e peidarmos no palco as meninas continuarão gritando e nos adorando e nos imitando. Somos o maior sucesso, Paul, não importa mais o que nós fazemos.
- Isso não está acontecendo, John, e jamais vai acontecer. Você está louco?
- Quer apostar, Paul? Valendo uma graninha?
- George, o que você acha?
- Sabe, Paul... Dependendo do que exatamente o John chama de música ridícula, acho que até pode acontecer... Mas é relativo, não sei...
- Qual é, Paul, vai apostar ou não? Eu e o Ringo contra você e o George. Vamos fazer uma música tão ridícula que você vai se cagar de rir, enquanto as fãs e a crítica vão adorar e alçar ao topo da parada...
- Loucura. Impossível.
- Você é homem de apostar ou não? Franguinho...

Silêncio. Paul aperta os olhos. Depois de alguns segundos em irado silêncio, sério, diz:

- Ok. Apostado. Uma canção com letra tão ridícula quanto uma canção infantil. Com arranjos desarranjados. E nada que lembre qualquer empolgação ou rock. Nada. E nós teremos que cantar todos os trechos aleatoriamente, sem ordem, como débeis mentais, principalmente no refrão. Tem que haver barulho ao fundo, e chacotas. E não pode ser curta.
- É, parece bem ridículo pra mim. E para você Ringo?
- Sei lá, sabe? Você é meio louco mesmo, John. Isso vai fazer sucesso? Tipo... Não mesmo... Hahaha... Mas como você apostou e você é quem vai pagar...
- Epa, isso é um ponto importante, interrompeu George. O que estamos apostando?
- É... John, Paul, o que vai ser?

John jogou uma revista de automóveis sobre Paul.

- Essa belezinha. Zero quilômetro.

Na capa, um Rolls-Royce último modelo. Paul riu:

- O John, num Rolls-Royce? Hahaha...Hahaha... Talvez nem seja tão ruim assim perder...
- E se você ganhar, Paul? O que vai ser?
- O John vai ter que comer uma mocréia. Eu escolho.

Risos gerais, dessa vez, até de John.

- Tipo assim, qual mocréia, Paul?
- Essa aqui ó, disse Paul, apontando para outra revista.
- "Íôkuônu"... Porra, essa é feia, hein... John, se fodeu!
- Eu? Vou é comer uma peituda, no final. Dentro do meu Rolls-Royce, certo, Paul?

Risos gerais... Paul sentencia, levantando-se para sair da sala:

- Só mais 2 coisas John: vocês 2 têm 2 dias para fazer a música e a letra. E nem um minuto a mais. OK?
- OK, sir McCartney. E a segunda?
- Ringo vai cantar, e não você.

John parou. Empalicideceu. Paul alfinetou:

- O que há, John? Não é homem pra apostar?

John engoliu em seco. Pensou em Ringo cantando. Pensou na aposta. Na mocréia japonesa. Por fim, no riso de Paul.

- Essa aposta está ganha. Vamos Ringo, temos trabalho.

E saiu da sala, seguido por preocupado Ringo.

                                                       * * *

A caminho do estúdio em Abbey Road, Ringo gaguejava. John suava. Dirigia nervoso. Ringo não cantava porra nenhuma. Tinha uma voz horrível. Por isso a banda sempre evitou que ele abrisse a boca, nem que fosse como 2a ou 3a voz. Nunca. Ringo cantava mal pra caralho. "Estou fodido" pensou John. "O John se fodeu" pensava Ringo.

- Olha só, Ringo, eu confio muito em você. Fica aí no estúdio e te vira. Eu vou resolver um negócio, e depois a gente trabalha no que você tiver começado...
- Mas John, eu nunca compus porra nenhuma... Eu pensei que você fosse...
- Ringo... Relaxa... Eu confio em você...
- É, o Paul estava certo... Você é doido mesmo, John...

John despediu-se de Ringo, nervoso, e instruiu o motorista do táxi:

- Royal Museum of Modern Art, por favor.
- Gosta de arte abstrata, sr. Lennon?
- Um pouco, por quê?
- Há uma exposição esta semana no Royal Museum.
- Interessante. Mas estou indo apenas conhecer uma pessoa. Já que a aposta está nas mãos do Ringo...
- Como disse, sr. Lennon?
- Nada... Esqueça... Eu já tô fodido mesmo, então é melhor eu ir conhecendo logo minha desgraça.
- Como quiser, sr. Lennon.

                                                   * * *

Royal Museum of Modern Art. O porteiro, um gordinho simpático, não reconhece John, mas pergunta, prestativo, se pode ajudá-lo.

- Estou procurando uma artista, a senhorita Ono...
- Oh, sim, ela está arrumando algumas peças para a exposição desta noite. No segundo salão à direita, sr.
- Obrigado.

"Como é feia", pensou Lennon. Mas aposta é aposta. E como essa já estava perdida. Idiota. Tudo para não amarelar diante do bosta do Paul e do lindo do George. Mas como ele iria adivinhar que Ringo teria que cantar. Isso sim, era impossível de ser
sucesso.

- Senhorita Ono?
- Sim? Oh, eu conheço você...
- Talvez. Está ocupada?
- Estava. Não mais. O que há?
- Gostaria de tomar uma cerveja?
- Claro.

                                                            * * *

"Aimeudeuseutôfodido", repetia Ringo, bem baixinho, com a cabeça vazia sobre o pescoço e um inútil violão sobre o colo. Os produtores que circulavam pelo estúdio encaravam-no como uma aberração esperando o apocalipse. Ringo havia agendado uma gravação. Apareceu sozinho, e agora estava ali, mudo, há horas. "Lennon de merda", resmungava Ringo. Alguém fez sinal na outra sala. Ringo disse-lhe que entrasse.

- Sr. Star, esse tape super8 chegou hoje. É da sua mãe.
- Mais essa agora...

Na falta total de inspiração, Ringo pediu um projetor e menos luz naquela sala. "Vamos ver que mico mamãe me aprontou agora." Na tela, uma senhora nariguda aparecia, cercada por toda família, com destaque para os vinte dois netos, sobrinhos de Ringo, que se amontoavam em frente a ela.

- Meu pequeno Ringo, seu tio David comprou esta divertida câmera e nós resolvemos lhe fazer esta surpresa. Como no seu último telefonema você disse que sentia muita falta de quando eu cantava para você dormir, resolvi juntar todos para lhe entoar esta singela canção de ninar. Espero que você goste.

"Merda, mamãe, merda", Ringo pensou, vermelho. A essa altura todo o estúdio ria loucamente dele, enquanto este procurava um buraco pra enfiar a cabeça... De repente, desafinadamente, fora de tom e de sincronia, com o horrível som do superoito, os sobrinhos de Ringo começaram a cantar. Ringo não acreditou. Começou a sorrir. Um brilho louco apareceu no seu olhar.

                                                            * * *

Paul estava de toalhas, saindo do banho, quando Ringo invadiu o quarto do Hotel aos gritos e risos, entrecortados por um "Se fodeu, Paul!!!". Paul ficou sério, George desconfiado. Ringo sentenciou: "Eu tenho a música." Paul não acreditou.

- Amanhã nós vamos gravar, no Abbey Road. Está tudo certo, terminou Ringo, jogando-se no sofá para enrolar um baseado.
- E onde está John? perguntou Paul.
- Ele, hã... foi... hã... comprar umas cervejas...

                                                            * * *

John e Yoko transavam loucamente, pela sexta vez na tarde, num quarto de um motel na periferia de Londres. John estava decidido. Foda-se aposta. Ok, vai ser uma merda desfilar com essa mocréia por aí, mas ela transa muito gostoso, e sabe tudo do Kama Sutra. E é inteligente. Porra, eu também já estou ficando velho. É a mulher da minha vida.

                                                            * * *

Após o fim da gravação, John estava convicto que aquela porcaria de música iria ser um fracasso. Paul ria o tempo todo, e sabia que John estava fodido. Ringo estava sério, um pouco infantil, mas sério. George ria disfarçadamente.

                                                            * * *

Paul se cagou de rir quando Yoko entrou na sala. Minutos antes, John havia anunciado que sabia que a música iria ser uma merda, e que por isso estava cumprindo sua parte. Ringo fez cara feia.

                                                           * * *

Só que Yellow Submarine, apesar de ridícula, foi um dos maiores sucessos dos Beatles. E John ganhou um belo Rolls-Royce. No jardim, pelado com Yoko, olhava o carro enquanto desembalava umas pastilhas de LSD.

- Não gostei da porra da cor, Yoko - disse, pondo a pastilha sobre a língua.
- Ok. A gente pinta ele diferente. Tenho uns materiais ali na garagem.

Naquele instante, os olhos de John foram invadidos pelo mais psicodélico brilho. E o resto da história vocês já sabem.

                                                            * * *

Obs.: Sim, já que você vai se perguntar, Obladi-oblada também foi o triste produto de apostas entre os Beatles (revanche que Paul pediu a John), mas isso é outra história. It's Been A Hard Day's Night. Yeah.

--- Leonardo Lins

Da série: arquivos que você só acha quando resolve organizar seu home

Upgrade de Namorado para Marido
 
Para começar, a mulher pensa que esse UPGRADE é uma evolução. Engano dela, pois antes o sistema funcionava perfeitamente TODOS OS DIAS e agora, quando menos se espera, antes mesmo de se estabelecer a conexão, o sistema cai e a mulher fica com o cabo na mão, sem ter onde conectá-lo.
 
A saída é desligar tudo e rezar para que, na próxima utilização, ele funcione pelo menos uma vez e consiga transmitir os dados com sucesso. Algumas mudanças notadas por todas as mulheres que, ingenuamente, optam por esse upgrade:
 
1. O arquivo Money.ini vive desaparecendo;
2. O executável Carinho.exe diminui consideravelmente, chegando, em alguns casos, ao tamanho de 0 bytes;
3. O arquivo Jantar_fora.com é totalmente eliminado durante a própria execução do UPGRADE;
4. Aqueles programas que eram executados nos finais de semana pela versão Namorado, tais como Dançar.exe, Bombons.com, Flores.bat, não rodam mais.
 
Não adianta insistir porque pode ocorrer travamento geral do sistema. Ao mesmo tempo que esses arquivos desaparecem, alguns são imediatamente criados:
 
1. Barriga.ini é o primeiro de todos, talvez pela influência da BAT;
2. Cerveja, que, por sua vez, chama a rotina Bafo.com, que nunca roda sem acessar o banco Chulé.gdb, que contém as tabelas ronco_de_noite e gases_noturnos;
3. O bug Amigos_indesejáveis vive aparecendo quando você menos espera. Não tente evitá-los! Conviva com eles! Faz parte da superioridade feminina sobre o sistema Marido;
4. Não raramente, nota-se o aparecimento de vários TMPs, nomeados por Meias_jogadas, toalhas_molhadas_espalhadas e Jornais_no_sofá. E, embora você compreenda todos os TMPs, o sistema Marido jamais compreenderá suas TPMs.
 
Algumas mulheres mais experientes já identificaram as principais causas de todo esse fracasso do sistema:
1. Alguns Maridos preferem se conectar ao Hub de outra máquina;
2. Com o aparecimento de alguns vírus, os Maridos começam a receber um Token e não passam para as outras estações.
 
Mas não se desesperem, algumas especialistas já inventaram uma procedure para amenizar todas as conseqüências do mal funcionamento do sistema, para isso basta rodar o infalível software RICARDAO.EXE, e todas as suas deficiências serão eliminadas e você poderá viver tranqüilamente com o seu Marido até que a evolução da informática consiga um meio de reverter o processo Marido para Namorado.

sábado, 21 de junho de 2008

O fim do dênti pôdi

Estou inválida hoje porque ontem foi o fim da vida (ou não) do dênti pôdi.
Cheguei no consultório e tava o dentista gatinho e a Michele arrumando o circo.

- Eu vou poder tirar meu dente ouvindo Elvis, né?
- Eu vou poder ouvir também?
- Ah. Tu é o torturador. Eu é quem vai sofrer. Então tu não merece ouvir o Rei.

Ai ele retrucou alguma coisa que foi reretrucada por mim com um:

- Tudo bem, estou benevolente hoje. Tu vai poder ouvir Elvis junto.

E assim foi. Fiz uma play pra extraćão dentária. Basicamente ela comeća com a trilha de Lilo & Stich (meu mais novo vício musical), seguia com Bobby McFerrin, algumas canćões da trilha de Duets e de Letra e Música, George Michael, Luis Miguel, entre outros.


Nem precisei censurar a boca. :)

Tudo correu super bem. O mais engraćado foi que tinha um pedacinho da raiz que não queria sair. No que comećou a tocar Hound Dog, a maldita saiu da minha boca. E aqui deixo meu protesto contra dentistas que gostam de conversar quando os pacientes precisam ficar com a boca aberta.

- Cada vez que uma cirurgia estiver difícil, eu vou tocar essa música.

Fechou o buraco. Pra garantir, o dentista gatinho tirou um raio-x pra ver se estava tudo ok.
Logicamente não estava. Havia um pedacinho de raiz ainda na minha boca.
Eu, doida pra ir pra casa, tive de deitar de novo, tirar ponto, mais anestesia, mexe, mexe, mexe e sai o resto da raiz. Enquanto isso, a play ia tocando e ouvia-se o "tap-tap-tap" dos pezinhos das pessoas batendo contra o chão.


Colocando o segundo ponto

Quando eu fui tirar uma foto do meus restos dentários, o dentista já tinha colocado no lixo. Nem adeus eu pude dar.

Bobby McFerrin

O cara detona e show foi do caralho. Não melhores palavras. Só indo pra saber.
E agradećo à tosquice do Rodolfo de nos fazer comprar ingressos no canto esquerdo da primeira fila. Não tinha lugar melhor. O show comećou friozinho, a galera foi entrando no clima do show aos poucos. Como ele é maestro, regeu o público, fez divises (e eu fiquei na parte grave do divise!)... Muito divertido.

No meio do show, o cara senta na borda do palco, pega um segundo microfone e diz:

- You wanna sing. Sing something from here that I'll sing along.

Eu queria mesmo, mas todas as músicas que eu sabia desapareceram da minha mente. Aí eu pensei: "se eu pegar esse microfone, que diabos de música eu vou cantar?!?!". O olho do Rodolfo brilhava e a mão dele suava pra caramba. Eita nervosismo. Logicamente a idéia de cantar uma milonga qualquer e pedir pro Rodolfo me ajudar pra eu não cantar sozinha apareceu um dia depois do show, mas isso pode ser colocado em prática no próximo show do Bobby que for.

No meio do show, eu pensei: "pô. esse cara é o Zé da Folha americano". De repente, não mais que de repente, aparece o Zé da Folha e faz 3 músicas com o cara!

E esse foi o melhor bis que já vi num show:

- Questions? No, not requests, questions.

Assim, a platéia faz uma mini-entrevista com Bobby McFerrin. E, segundo ele, a Wikipedia está errada porque ele não faz throat singing. "You just do a humming here and sing here". Ele não programa o show. Ele chega e comeća a improvisar. Daí ele lembra de uma música e a canta.

- Don't you breathe?
- Well... When you talk you don't think about breathing, right? That's how I do.

Sensacional.

Ah, e cadê as fotos? Pois é. Puxei a máquina da mochila e... quem disse que tinha pilha? Mas os ingressos estão no meu mural.

Pra terminar a noite, o Rodolfo veio aqui pra casa e estreiamos nossa panela verde-limão de fondue com fondue de chocolate!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O dentista gatinho

Quebrei meu dênti pôdi quarta comendo pipoca. Quinta fui no dentista e a minha dentista colou meu dente só pra eu não ficar com ele balançando na minha boca. Marquei, na mesma quinta, consulta com o dentista de implante. Quem é ele? O dentista gatinho.

Não lembro se postei a primeira vez que vi o dentista gatinho, mas, pra resumir, eu não lembro de absolutamente nada que ele tenha falado porque eu só pensava "deus, que cara LINDO!". E ele sabe que é bonito. Ah, sabe. As atendentes da clínica B-A-B-A-M por ele e ele se diverte com isso. E eu lá, pensando "ai, gente. Ele tá BARANGO. Hello-o. E ainda se acha!". Para todas terem uma idéia, ele é loiro, cabelo corte militar, olho verde, branco, alto, corpinho direitinho (pelo que deu pra ver através da roupinha de dentista), estilo desleixado por conta da camisa listada vertical vermelha por fora da calça e um anel uó do borogodó grosso pra dedéu prata no dedo.

Quando o vi novamente pensei "ai, que acabado". Tava com a pele meio batida do tempo (pessoas sem o dom da melanina parecem mais velhas do que realmente são cof-cof). Daí eu fiquei na minha pensando "ele era mais bonito. Que pena. Embarangou, tadinho" enquanto ele conversava comigo do meu implante dentário.

Resumo da história: 150 reais pra extrair o dente, 2k pro implante e adeus plano Europa Já.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Subject: Ela já não gosta mais de mim...

<drama king mode>
    <guitar play>
        <drama singing mode>
   
Mas eu gosto dela mesmo assim...
Que pena.
 
Ela não me manda mais e-mails nem mensagem....
Que pena...
 
Mas eu nao vou chorar. Eu vou é me drogar. Pois a vida continua
E eu vou me jogar lá no meio da rua.
Porque ela não me dá a mão...
<fade=50%>
    A mão....
    A mão....
</fade>
 
        <drama singing mode>
    <guitar play>
<drama king mode>

Esse Rodolfo é muito fofo. :)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Intuição

Me diz que eu tô errada de acreditar na intuição.

Por que você fica calado quando eu preciso mais conversar?

Te dizer que vai ser tudo passado, é mais motivo pra se enganar.
Me olha bem nos olhos diz a verdade, vou sofrer mas falo o que é pra falar.

Se é assim... Tudo bem. Não posso mudar. Vou tentar te esquecer, me acostumar.
É melhor a gente esquecer tudo o que um dia foi tão legal...
No final, eu pude entender que ainda é bom amar.

Me diz que eu tô errada de acreditar na intuição.

Luiza Possi

domingo, 25 de maio de 2008

Casa de ferreiro, espeto é de pau.

Hoje, eu realmente entendo porque se conselho fosse bom, não era de graça.

A Carol está passando por uma situação delicada; e eu, por uma nova.
Apesar das diferenças - que são grotescas - o sentimento que dá medo é o mesmo: deixar-se levar.

Eu nunca tive esse problema. Era aparecer uma situação nova e lá estava a Priscilla descendo pelo escorregador com os braços no ar e sorriso no rosto sem se dar conta. Talvez seja essa a diferença que as malditas cicatrizes de batalha fazem: agora, eu percebo quando estou na frente do escorregador. E eu fico ali na frente. Durinha da silva. Olhando aquele escorregador e lembrando de todas as vezes que eu escorreguei e de todas as vezes que a queda ou a saída dele não foi lá muito divertida. Na seqüência, vem a lembrança de me ver subindo de novo e de novo e de novo. E caindo. E saindo. E subindo de novo.

Dizem que é essa a bênção de ser mulher: o dom da volta por cima. Mulher vai lá no fundo do poço, incomoda as amigas com seus problemas (que podem ser pequeninos, mas, pra ela, é o fim do mundo). Até que um dia ela levanta do sofá, sacode a poeira e se vê pronta pra mais uma escorregada.
A grande questão agora é: por que diabos eu não consigo sair do lugar?

Depois do furacão, eu percebi que estava me fechando pro mundo. E eu sei pela vida de tanta gente que isso é muito ruim e eu sei que isso é muito diferente de mim. Eu simplesmente não sou assim. Sou uma menina expansiva, comunicativa.
No fim, o que me restou foi um grande dilema. Isso sim.
E é o que ainda reside.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Eu notei que...

1) Bratislava realmente existe. E é uma cidade.
2) Não é somente o Kevin Johansen que fala nela em uma canção. O Beirut tem uma música chamada Bratislava.
3) Relacionamentos gays andam waaaaaay much faster que os heteros.
4) Talvez eu seja um monstro quando sofro upgrade de relacionamento.
5) Eu planejo demais as coisas. Talvez por isso elas não dão lá tão certo.
6) Tenho deixado várias coisas pra fazer em cima do laço.
7) Chico Buarque tem as melhores canções para quando alguém está se recuperando de coração partido.
8) Eu realmente gosto de homens tipo urso. (né, Gôgui?! :)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Tem como não sorrir?

(19:56:01) .tiago: a bruna te passou as fotos?
(19:57:56) Pri | Metallica For Babies!: não
(19:58:02) Pri | Metallica For Babies!: ela disse pra eu te pedir :/
(19:58:20) Pri | Metallica For Babies!: me passa? :-D
(20:02:49) .tiago está pedindo para enviar paraPri.zip
(20:03:01) .tiago: como posso dizer nao pra alguem com os peitos como os teus?
(20:03:01) .tiago: :)
(20:03:04) Iniciar transferência de paraPri.zip a partir de .tiago
(20:08:14) Pri | Metallica For Babies!: :)
(20:08:17) Pri | Metallica For Babies!: obrigada!

Ai. Tá bom. o .tiago é o Wally.
Saco.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Pode me chamar de brega.

Mas Luis Miguel é o máximo. O homem canta poesias porque parece que ele não compõe.
Se fosse em português, dariam ótimas canções sertanejas. Mas são boleros. Y son en español.
E não há nada mais romântico que bolero.
Quem nunca dançou um, que dance. Tomara que se apaixone como eu.
E fora que me lembra minha família... Todo mundo na cozinha cantando Luis Miguel a milhão... Que saudade. :)

Just so you know: eu não estou apaixonada.
Eu só percebi que voltei ao meu estado normal. Endlich. :)
Olá, eu! Estive te procurando há algum tempo.

Fica aqui uma sugestã de música para seu final de semana: o disco Perfil do Luis Miguel.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

CLOSER: o jogo dos 7 erros (para homens)

Ela não sente nada sob controle (nem dela, muito menos seu). Ela não espera! Sua ausência não encontra paralelo feminino. Mulher é sempre movimento presente, ânsia por amor e abertura. Se não for com você, será com outro. Isso não as faz putas ou traidoras. Elas têm tanta culpa quanto uma música que oferece sua beleza a qualquer um que se aproximar. Nesse meio tempo, enquanto você e sua lógica esperavam, ela conheceu outro, se apaixonou e fez tudo que queria fazer com você. Para ela, o amor é sempre amor, vindo de você ou de qualquer cara. Isso faz com que ela o ame e do nada passe a odiá-lo. Se quer consolo, tenha certeza de que o mesmo vale para o outro cara.

Isso é muito verdade.
Agora leia o texto inteiro.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Pobre Nemo

Ontem foi o segundo dia que ele ficava afundado no ranho.


Mas hoje ele ganhou a amiga tortuga que come o ranho.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Óculos novo




Sempre soube que lentes antireflexo eram diferentes.
Só não sabia a dimensão da diferença.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Vinícius é que era feliz...

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vive-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

E escutem isso.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

sábado, 29 de março de 2008

Kevin Johansen presenta Logo!




Ir no show de um artista no país dele é, realmente, outra energia. Fui no show dele junto com o Paulinho Moska aqui no Santander em fevereiro e não foi, nem de perto, a mesma energia. E olha que na platéia só se ouvia espanhol. Tudo bem que o show era compartilhado, mas, nem de longe, a energia de quando Kevin ficou sozinho no palco se compara com o show na La Trastienda.



Resumindo: o cara manda muito. Ele é todo bonachão, com suas músicas às vezes sérias demais (Anoche Soñe Contigo e Desde Que Te Perdí), às vezes escrachadas demais (Buenos Aires Antisocial Club, Amistad de Borrachera e So Lazy), às vezes com muitos elementos folclóricos (Fantasmas de Carnaval), às vezes simplesmente magníficas e simples com a mesma frase em três línguas diferentes (Campo Argentino). E a banda, The Nada, está na altura certa. Eles combinam muito. O baterista é um velhinho muito do simpático. E toca bagarai.
Kevin conta histórias, canta, conversa, canta no meio do povo, dança e diverte a galera. Ele tem a coisa que mais gosto em um artista: ele conserva o arranjo do disco durante o show. Não que não haja modificações, mas a música permanece, basicamente, a mesma. Escutem as versões de The Great Gig In The Sky do Dark Side e do Pulse. Odeio a versão do Pulse. A alma da canção é a mulher cantando e a mulher que canta no disco é simplesmente perfeita. As cantorinhas do Pulse acabam com a música em questão de segundos, IMO.
Eu sou muito fã de KJ, Machado criou um monstro e sou muito suspeita, mas quem curte coisas diferentes devia ouvir Kevin. Tão fã que troquei as datas da minha viagem só pra ir no show do cara.
E comecem pelo City Zen (meu preferido).



E sim, ele tem uma guitarra da Hello Kitty.
Eu amo esse cara.

Diálogos de Taxista

- Estás libre?
- Sí. Dónde vás?
- A la Bombonera.
- Dónde?
- La Bombonera.
- Y dónde es eso?
- Ahn... el estádio del Boca Juniors?!
- Ahhh! La Bombonera!
- Sí! La Bombonera.
- Porqué no he entendido dónde querias ir.
- Sí! Y yo soy la turista acá!
- Estaba mandando mensaje e pregunté dónde ias... No he endendido. Pasa.
- Si, pasa.
- Porque pensé: mujer maluca, dónde que quieres ir...

sexta-feira, 28 de março de 2008

EZE: a novela, capítulo 5 - A ida

Saí da Idea eram 15h15. :)
Fiquei lá e resolvi todos os bugs que me foram dados e até tarefas bizarras que apareceram durante o dia. Resolvi na correira. Vamos ver o que o Mantis me aguarda pra segunda-feira.

Cheguei no aeroporto eram 15h35. Disse o tio da Varig que eu era a última passageira a entrar no vôo que saia às 15h55!!!!! Um absurdo. Eles queriam encher a aeronave correndo para ver se sobrava lugar no vôo pros caroneiros que trabalham no aeroporto. Vim até São Paulo conversando com uma designer de sapatos (!!) e uma pediatra. Muito simpáticas.

Perguntei pro Whiscas o que faria com o tempo que tinha entre um vôo e outro.
Esqueci que entre o Congonhas e o Guarulhos existe uma estrada. Gastei o tempo da conexão no traslado. Foi mais simples do que esperava. Chegando lá, fui declarar meu note. Sim, trouxe meu note. A câmera do João tem só memória interna e meu telefone tem 256M. E eu não ia ficar catando uma lan pra gravar dvd.
Anyway, fui declarar. Comentei também com o Whiscas se precisava do nota fiscal, já que ele é importated. Ele disse que poderia dar algum galho exatamente por conta de eu não ter a nota. Retruquei que, como ele é meu e tem apenas sete meses de uso, ele parece ter 23864923876493246 anos.
BIngo.

- OI. Quero declarar meu note e câmera.
Tio olha minha câmera.
- Não precisa declarar a câmera. Deixa eu ver o laptop.
Eu mostro laptop.
- Ah. Não precisa não. Dá pra ver que ele é bem velho.
- É. Dá mesmo. Tá bom, então. Obrigada!

E fui achar uma casa de câmbio.

A jantinha do vôo pra BsAs foi bem gostosa: massinha com vinho tinto.

Chegando no aeroporto de Ezeiza, comprei a coisa mais legal de toda a viagem: um baralho espanhol gigante! E bem caro: U$22. Ninguém merece. Mas é um baralho espanhol gigante!!
Fui saindo, saindo e encontrei um quiosque do Manuel Tienda León. E ainda tinha ônibus pra BsAs! Não precisei dormir no aeroporto! Nem precisei correr atrás de um lugar pra ficar! Entrei no ônibus e quem disse que eu sabia onde tinha de descer?! Bom, usei a técnica default: quando me perguntarem alguma coisa, eu falo.
Chegando no ponto no Porto Madero, o tio me perguntou pra onde eu ia. Disse que ia pra Tucumán a cerca de 500.

- Todo bien. Pagués más trés pesos allá.

E me deixaram na frente do hostel!

O Brasil é uma merda se tratando desses servićos.

EZE: a novela, capítulo 4

- Descobri que vou ter de dormir no aeroporto. Meu vôo chega às 00:30 e o último ônibus sai às 00h. Pra isso, comprei uma cobertinha igual a que tem nos sofás da Lu. Rosa, obviamente. Não tinha a de bolinhas... :(
- Um táxi do aeroporto até a cidade custa 105 pesos argentinos. Ainda estou pensando se pago esse táxi ou não.
- Tô nervosa!! Hahahahah....

quinta-feira, 27 de março de 2008

EZE: a novela, capítulo 3

- Confimaram a lista de espera da volta! E com isso foi confirmada minha volta!! EEEE!!! Mas recebi um email dizendo que minha passagem não estava paga (hn?!). Mas era só uma taxinha de embarque de alguma diferença de passagem. Provavelmente da que tem conexão.
- Tenho de mandar o fax pro mala da imobiliária e a Idea não tem fax (como isso?).
- Tenho de conseguir uma máquina fotográfica emprestada.
- Tenho de montar a "mala".
- Tenho de descobrir o mistério da duplicação dos destaques. Sozinha! Aaaaaa! Pelo menos o mistério das fotos está quase solucionado. Só tenho de descobrir porque o raio do id vem null depois do merge.

quarta-feira, 26 de março de 2008

EZE: a novela, capítulo 2

- Ontem cancelei a passagem porque não havia outro vôo na sexta que não o do meio-dia. O do meio-dia estava lotado.
- Hoje, pela manhã, descobri um vôo na sexta às 15h55. Resumo: estou na lista de espera do vôo de volta. Se o mocinho de ontem tivesse me dito desse vôo das 15h55, meus problemas estariam resolvidos.
- Meu chefe me deixou, um pouco contrariado, eu sair às 15h pra pegar o vôo. Para isso, amanhã e sexta venho para o trabalho às 7h30.

E agora... música!

terça-feira, 25 de março de 2008

EZE: a novela, capítulo 1

- Idea não me deu folga por conta do projeto
- Não tinha lugar no vôo da sexta. Então, tenho um voucher da Varig de ~U$150
- Os horários de ônibus são horríveis e tem poucos lugares. Fora que só se vai pela Pluma e volta-se pela FlechaBus.
- E eu paguei o ingresso do KJ.

E, agora... música!

Michelle Branch chuta muitas bundas

You stole my heart and I’ll get it back.
But look me in the eye: tell me why you gonna love me like that?
I’ve walked this world five times or more,
and after all this walking you still got me crawlin’ on the floor...
And I know this world keeps on turning, keeps me yearning...

I thought you’d listen but I’m shattered like broken glass, I thought we would be different.
I thought that we would last.
And I know this world keeps on spinning every minute that you’re in it.

I was your gypsy throwing diamonds at your feet, drifted ‘round you like a satellite, gave you everything you need...

How can you turn and walk away pretending everything’s okay?
How can you turn your back?
Tell me: why ya gonna love me like that?

Love me or leave me, but don’t lead me on.
With loving like yours believe me I’m better off. I’m better off alone.

Love Me Like That

Eu amo essa mulher porque ela escreve exatamente o que eu sinto.
Clá, tu tinha de conhecer Michelle Branch naquela época.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Primeiro gasto do dinheirão

Pra quem ainda não sabe, eu vou viajar (mas amanhã eu vou voltar) pra Buenos Aires quarta a princípio. E a maluca da Bruna, de fronte ao turbilhão de coisas que me aconteceu no meu inferno astral, fez uma vaca que rendeu aproximadamente 750 pila com os nerds amigos. (Aguardem o email de muito obrigada. :) Quando eu decidi viajar, Buenos Aires pareceu um bom lugar além de ter um nome sugestivo.

Nesse final de semana, fui no cinema com a Kaqui e o Dani e resolvemos passar no paraíso Livraria Cultura. Fui na sessão de viagens e fiz o primeiro gasto do dinheirão: um guia. Simplezinho, com mapa do subte, uma breve (beeeeeeeeem breve) história da cidade e muitos endereços.

Tchans.

Facts of My Just Moved Life's Facts

- Agora que tenho uma cama de casal, não tenho mais namorado.
- Agora que minha mãe sabe que ela não precisa inventar que eu vou casar pra vir me ver, vou usar o enxoval que ela me deu na época que ela inventou que eu ia casar pra vir me ver.
- Agora que deixei minha cama antiga pra trás, percebi que as gavetas da cama foram minha primeira sapateira.
- Agora que moro no Petrópolis, percebo como a Cidade Baixa era silenciosa em sábados à noite.
- Agora que moro no Petrópolis, percebo como a locadora da Cidade Baixa é legal e tem atendentes divertidos.
- Agora que moro no Petrópolis, percebi que eu já poderia ter tirado as partes que me incomodavam na minha escrivaninha para ter uma mesa grande. Era só desaparafusar.
- Agora que moro no Petrópolis, percebi que as criancinhas da escola do lado da Mansão eram verdadeiros anjos quanto ao barulho.
- Agora que terminei a mudança, notei que continuo fazendo as mesmas promessas de limpar o criado mudo. Mas tirei mais três sacos de 50l de roupas que não uso.
- Agora que terminei a mudança, percebi que estou feliz por ter me mudado.
- Agora que terminei a mudança que menos carreguei coisas, percebo que foi a mudança que mais me cansei.
- Agora que tirei as partes que me incomodavam na escrivaninha, percebi que os livros cabiam em pé na parte de baixo, ocupando bem melhor o espaço.
- Agora que comprei um guarda-roupa de seis portas, percebi o quanto eu gostava do espaço que tinha do de quatro portas. Mas, pelo menos, o de seis portas fica reto sozinho e não precisa encostar na parede pra parecer menos torto. Dessa forma, as gavetas e portas abrem e fecham independentemente.
- Agora que tenho uma tomada perto da cabiceira cama e agora que eu comprei a fita dupla face de pendurar coisas na parede, a tomada funciona apenas nos furinhos retangulares. A luminária azul de estrelas de pendurar na parede com a fita dupla face de pendurar coisas na parede tem pinos redondos.

terça-feira, 18 de março de 2008

Happy Easter!



Alemoa, sua preguićosa. Seu lugar era estar nessa foto.
Adri: agora você é mãe. Está perdoada.
Goiano, sorry! :) Mas tu chegou tarde.
Obrigada às meninas que foram (às que não foram devem ir ano que vem).

segunda-feira, 17 de março de 2008

Happy St. Patrick's Day!



Obrigada aos amigos queridos que foram.
Foi bastante divertido. :)

P.S.:  o chapéu está outdated.

domingo, 16 de março de 2008

Festival Filme Água com Açúcar

- Shall We Dance? versão americana
- Don Juan de Marco versão com Marlon Brando
- The Prince & Me, adoro a Julia Stiles
- Sweet Home Alabama, adoro a Reese Witherspoon
- Pretty Woman, adoro o Richard Gere (mas prefiro ele grisalho)
- Elisabethtown

And let the crying begin!

sábado, 15 de março de 2008

Perdidos no espaço

- Ô Bru, natal é quando jesus ressuscita, né?
- Não, meu.... É quando ele nasce.

Cara de hn?
Tempo de processamento.

- Ah, é.

E assim segue o fim dos tempos na Mansão das Computólogas.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Chica Rolinga

Eu vou!
Eu vou!
No Kevin Johansen agora eu vou!
Parará tim bum!
Parará tim bum!
Eu vou!
Eu vou, eu vou, eu vou!

terça-feira, 11 de março de 2008

E agora: música!

So every day I try a little harder to forget her.
Lie here, convince myself tomorrow will be better.
The trouble is I can't get her out of my mind when I close my eyes at night
Who's gonna save me now she's gone?
The trouble is there's a part of me that still can't let go of her memory
And now I know what it is...
"Trouble Is" - Backstreet Boys

E ainda dizem que é ruim. Pff. Vai pastar quem diz que é ruim.

Tragédia!

A CONFEITARIA SUZY FECHOU!

E agora?! Como fica a minha mente gorda sem a melhor torta de negrinho da face da Terra?!?!?!

domingo, 9 de março de 2008

Maré de Mudanças

Sabe quando tu pára e passa o filminho na sua cabeça? É exatamente assim que eu estou.
Esse final de semana foi pra aprontar a mudança. Ensaquei as roupas, encaixotei as coisas.
Tudo ali tem seu valor. As que não tem mais, são passadas adiante. Tirei 4 sacolas grandes de lixo e 2 sacos de 50 litros de roupas que não uso mais. Espero que essas roupas façam alguém feliz como elas já me fizeram.

E eu sei que agora vem tempos bastante difíceis pela frente. Eu ainda sinto falta do Alex. Sinto falta da minha irmã, meu sobrinho e minha mãe. Agora mais que nunca. Já sinto falta das meninas, principalmente da Clá pela grande unicidade de sentimentos e pensamentos que temos, da bagunça diária, da gritaria, das confusões sobre limpeza da casa e horário de banho pela manhã e das conversas. Ah... As conversas. Uma boa conversa com uma boa amiga é sempre um porto seguro para toda mulher. E ali eu tinha quatro boas amigas. Em qualquer horário. Em qualquer situação. Morar na Mansão foi, certamente, a melhor escolha que fiz em 26 anos. Obrigada, meninas, pela grande oportunidade de conhecê-las. Tenho o imenso prazer de chamar vocês de ermãs. Vocês também merecem um lugar na Cidade dos Anjos porque vocês fazem parte de um pedaço do meu coração.

Apesar de todas essas faltas, sinto que serão bons tempos. Vejo tudo com uma serenidade única e isso, às vezes, me assusta. O sentimento de falta está ali, mas ele não me machuca. E eu estou ali: tranqüila. E realmente concordo que essa peculiar mudança veio pra um grande bem. Colocar a casa em ordem, sacodir a poeira, contabilizar as baixas, os feridos e tratar de tocar ainda mais pra frente. E, claro, tirar disso sempre uma grande e boa lição (talvez a principal coisa que aprendi com os anos de convivência com a minha mãe). Acho que a que eu tirei dessa maré de mudanças é: seja sempre honesto, ouça seu coração, não desvie dos seu objetivos (mesmo que eles sejam revistos ao longo do caminho) e tente usar sempre as palavras corretas.

Ele não vai ler isso, mas Paulo: muito, mas muito obrigada pelos conselhos que tu (e eles) me deste ontem. Só eu sei o quanto eles foram importantes.

Acho que hoje tenho condições de dizer que entrei pra idade adulta e meu quarto parece uma trincheira da primeira guerra mundial.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Frase da semana

Não há problema que não possa ser resolvido com a quantidade certa de explosivos.

Dizem que o importante é comunicar...

... mas Guaraldo realmente precisa de aulas de inglês:

> That's what full sponsorship covers. I tryed something alse, but ower budget is realy low this year.