quinta-feira, 16 de julho de 2009

The Tales of Monkey Island

Tobias me conta que vão lançar todas as edições de Monkey Island em dvd pra PC com uma refinada nos gráficos e, o que na época era texto, vai virar voz. E no que ele me conta isso, eu vejo uma lojinha de informática com muitos jogos na vitrine.

- Vamos entrar pra ver se tem?
- Vamos!

Eu entrei primeiro e perguntei pro moço:

- Oi! Tem Mânqui Ailand?
- Hn?!

Eu me viro e fico na porta da loja olhando.
Tobias, com sua paciência, continua a conversa.

- O Mân-qui- Ai-land, que tá sendo relançado agora... Tem?
- Aqui a gente só vende jogo. Sorriso amarelo do vendedor.

Nessa hora, eu me retiro da lojinha. Não era à toa que ela estava vazia.

Tobias, com sua paciência, ainda continua a conversa.

- Mas Mânqui Ailand é um jogo... Como é mesmo o nome dele em português... A Ilha dos Macacos!
- Ah. Deixa eu ver aqui se eu tenho.

O vendedor quanto o Tobias passam a olhar na estante.
Nada de Monkey Island.

- É. Não tem.
- Tá bom. Muito obrigada.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Senhora Noção

Quando a notícia veio, caiu como uma bomba no nosso colo. E veio por email.
Isso, com certeza, é minha culpa. Eu pedi a ele por email que tentasse descobrir quando as mudanças aconteceriam. E email é a forma que a gente tem de se comunicar durante o dia sem gastar.
Nenhum de nós dois achava que isso se daria antes de 2012.

Sabe quando você não quer contar algo pra ninguém porque você não se sente bem?
Sabe quando você conta pra alguém porque precisa dividir mesmo sabendo que você não se sente bem?

Domingo, escuto:

- Alguém tem de avisar com tempo quando for embora, em tom de brincadeira.

Nem lembro do contexto, nem lembro se foram essas as palavras. Sei que todos os pensamentos da minha cabeça sumiram e todas as pessoas da sala olharam pra mim com algum certo pânico no olhar.
Infelizmente, tive de contar da pior maneira na minha opinião.

E na sequência:

- Porque a gente precisa achar alguém pra te substituir, em nenhum tom de brincadeira.

Doeu.

E isso ficou soando na minha cabeça durante a insônia que tive hoje.

De certa maneira, isso tira um peso gigante das minhas costas em diversos aspectos porque, se eu sou tratada dessa maneira num projeto pequeno, acabou de ser aberta a porta para eu tratar de volta no projeto maior. Pra que perder tempo pensando em alguém que não se importa em, pelo menos, te puxar pra um cantinho pra perguntar se pode abrir um assunto que não é seu e te expor na frente de todo mundo com um "tom de brincadeira"? Pra mim, não teve nenhum tom de brincadeira.

E a minha conclusão sobre tudo isso é: já acha alguém pra me substituir agora. Dessa forma, me sobra tempo pra outras coisas.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eu fico desgraçada da minha cabeça!

Vamos começar pelo início.

Ponto um: é FÓRUM INTERNACIONAL SOFTWARE LIVRE. É fórum, não é feira. É o fisl. Masculino. Sem de. Aprende. Tá no logo: 10o. Fórum Internacional Software Livre. Dá pra prestar um pouquinho de atenção, sim?! Se é pra falar que não gostou de certos pontos do Fórum, pelo menos faz um trocadilho direito com o nome evento.

Ponto dois: Os únicos motivos do fisl ser em Porto Alegre é porque todas as pessoas que despreendem um pouco (ou muito) do seu tempo para trabalhar na organização do evento moram aqui desde a primeira edição em 2000, porque a sede da Associação Software Livre.org (ASL) foi criada aqui em 11 de setembro de 2001 pelas mesmas pessoas já supracitadas e porque todas as reuniões relativas à organização do fisl (exceto as do Temário) acontecem na sede da ASL. Se existem outros motivos, por favor me avisa porque eu não sei.

Todo santo ano tem gente reclamando que <mimimode> o Fórum é sempre em Porto Alegre e que ele devia ser em _________ </mimimode>. Quer levar pra _________? Na minha humilde opinião: LEVA! Mas não fica achando que a equipe da organização vai se mudar pra _________ ou vai organizar à distância. A equipe da organização do fisl DEVE estar na mesma cidade em que ele vai ocorrer. DEVE fazer reuniões pra discutir coisas cara a cara. DEVE conhecer a cidade, saber dos pontos de trânsito, saber qual local é melhor em questão de infraestrutura alimentícia, conhecer diversos fornecedores e fazer a lição de casa sobre eles, saber onde é melhor centro de eventos para comportar um evento do tamanho do fisl e como se faz pra chegar lá. É um evento grande demais pra ser organizado à distância. Sugiro antes que organizem alguns eventos menores antes pra se ter alguma experiência e, pelo menos, alguma idéia do que se vai encontrar. Muda a cidade, muda a equipe. Tem alguéns aí disposto? O fisl infelizmente não é e não começou como um evento de um homem só. Se tiver, pode mandar email para pri em softwarelivre ponto org que eu advoco por você. Advoco com unhas e dentes. Mas antes disso, associe-se à ASL. I'll only feel sorry da conta telefônica e pela Cris, über mega boga secretária da ASL.
E, se algum dia, o Fórum for pra _________, quem sabe depois de cinco anos sem ver nem cheiro de palestra, eu aprecie algumas delas. Oh wait, assinaram um termo que ele vai ficar em Porto Alegre.

Ponto três: o Fórum não é um evento out of the blue. Ele é um projeto da ASL. Podemos equiparar um projeto acadêmico de um departamento de uma Universidade. O projeto é tão desse departamento quanto o fisl é da ASL. Tanto a Universidade quanto a ASL possuem documentos que regulam pra quem ela tem de dar satisfação, seja porque os fomentadores do projeto querem assim ou porque o órgão organizador possui um estatuto. Portanto,  o projeto de um departamento da Universidade apenas presta contas pra quem de direito: para os diretores do curso talvez e com certeza para os apoiadores do projeto. Dessa forma, o fisl apenas presta contas para seus associados e para os patrocinadores que, no contrato, é setado que deve-se prestar contas. Ces't fini. Já vi essa discussão umas 47238947203420394.6 vezes na lista do PSL Brasil. E de novo tem gente questionando isso, mas de uma maneira diferente: "para onde vai o dinheiro do fisl?". No meu mundo, não pensar é crime para pena de morte.

Então, vamos exercitar o pensamento com questionamentos muito complexos:
- será que todo palestrante internacional vem pagando sua viagem?
- será que todo palestrante nacional vem pagando sua viagem?
- será que o site do fórum é feito por voluntários?
- será que os telecentros são cedidos pela PUC?
- será que as câmeras para filmar as palestras são cedidas pelo curso de jornalismo da PUC?
- será que a PUC cobra alguma coisa pelo uso do centro de eventos e pelo uso dos outros prédios?
- será que a infraestrutura montada é cedida pela PUC?
- será que o ônibus que tinha lá para os congressistas foi cedido pela PUC?
- será que todo mundo trabalha, como as moças de cada sala ou o pessoal que entrega crachás por exemplo, como voluntário?
- será que os estandes fazem parte do centro de eventos?
- será que a BrasilTelecom dá a linha telefônica de graça pra ASL usar?
- será que eles precisam pagar aluguel da sede da ASL?
- será que todos os funcionários da ASL são voluntários?
De repente algumas dessas respostas talvez possam indicar pra onde vai o dinheiro do fisl.

Ponto quatro: realmente foi falha da organização não divulgar que, durante a visita do Lula, teríamos alguns contratempos como a evacuação da área dos estandes para o esquadrão anti-bombas passar, os detectores de metais, os cachorros e a visita restrita ao local dos estandes. Logo que cheguei no evento, estava o Mário Teza dando o recado no grito pra galera, mas não é a mesma coisa. Tem a notícia da vinda do Presidente, mas não tem nada das restrições da entrada ali. A comunidade aqui tem razão. Em reunião no dia anterior à visita, o Temário via Nanda, já tinha dito que o público não gostaria disso. Ninguém pode negar. Mas a vinda do Presidente ao evento foi muito importante. Ninguém pode negar.

Ponto cinco: tenho esse blog há duzentos anos (tá, nem tanto. abri e fechei ele umas quantas vezes) e não tinha a tag fisl.