sábado, 28 de junho de 2008

Listen Without Prejudice

Eu comprei uma conta do Rapidshare no início do mês. Faltando 10 dias pra conta expirar eu lembrei de baixar o disco da minha vida: Listen Without Prejudice do George Michael.
Resolvi pesquisar sobre o disco na internet e olha o que encontro na Wikipedia:
The title is a clear indication of his desire to be taken more seriously as a songwriter. 

PÉÉÉÉÉ. Resposta errada.
Claramente a Wikipedia não foi revisada por fãs do George. Ok, até pode ser que ele realmente quisesse isso. Mas todo fã sabe que não é bem assim que as coisas aconteceram com George. Na época do álbum Faith, ele fazia pose de garanhão. Veja o clipe de I Want Your Sex e me diga que ele está à vontade passando baton na perna da modelo (além do clipe ser ridículo). Sempre houve, nessa época, um rumor de que ele seria gay. Todo fã já sabia disso! São raríssimos os compositores que conseguem colocar seus sentimentos em uma canção que não seja gay.

Listen Without Prejudice é o segundo álbum da carreira solo e diz exatamente isso: escute sem preconceito (porque no início dos anos 90 existia o tabu de ser homossexual). E isso fica muito claro quando, no clipe de Freedom '90, ele queima a jaqueta que ele usava e explode o violão do clipe de Faith. É a quebra de regras dele. Aqui ele define quem queriam que ele fosse e quem ele é.
As músicas todas falam sobre isso: sobre liberdade (sentimental e pessoal), sobre lembranças: como lidamos com elas e como evoluímos com ela (ou não); cuidar do que se é e do que se tem. Nessa época, ele conhece o amor da sua vida, Anselmo Feleppa. Mais ou menos 3 depois, o cara descobre que tem AIDS e volta pro Brasil pra morrer. Muitas músicas são dedicadas pra Anselmo, entre elas A Different Corner, Please Send Me Someone (Anselmo's Song) e Jesus to a Child. Dentro desse contexto, é óbvio que as letras são bem mais consistentes que I Want Your Sex e Faith.

Esse disco faz parte da minha transformação de menina pra adolescente. Todos minhas desilusões, corações partidos e angústias foram tratadas à base de Listen Without Prejudice. Eu escuto esse disco hoje e ele ainda me conforta, principalmente Waiting For That Day. Me traz todas as lembranças daquela época (e de outras mais), eu vejo o filminho passando e eu percebo que eu me dei muito bem. Logicamente, minha autocrítica me diz que eu poderia ter feito melhor, mas naquela época eu não tinha muito conhecimento pra poder fazer melhor. Do jeito que deu eu busquei minha liberdade (sentimental e pessoal), tentava lidar com as minhas lembranças e tentei evoluir com elas e passei a cuidar do que se é e do que se tem.

Atualmente, eu vejo que cultivei isso muito bem em mim e que, até hoje, eu busco muito mais minha liberdade (sentimental e pessoal), lido com as minhas lembranças e evoluo com elas e cuido muito mais do que se é e do que se tem. Afinal, é isso que, no fim, sobra pra gente.

Se você ficou com vontade de ouvir o disco, preste muita atenção em Waiting For That Day, Something to Save, Heal The Pain e Soul Free.
Cowboys and Angels
é uma boa canção para corações partidos e Waiting For That Day é a minha música.
 

domingo, 22 de junho de 2008

OS THE BEATLES

- John, nunca mais fala uma merda dessa, por favor!

Calmo, John puxava seu baseadinho...

- Ah, foda-se, Paul. É verdade, oras... Pelo menos aqui na Inglaterra. Jesus Cristo é o número 2 em popularidade. Queira a Igreja ou não.
- E nós seremos os primeiros em impopularidade se você continuar com essa gracinha.

George dá seu pitaco:

- Pô Paul, mas veja só, o John tem até argumentos... sabe...

Paul interrompe, nervoso:

- O John ta mudando. Daqui a pouco vai trocar essas loiras peitudas e gostosas que correm atrás de nós por uma mocréia oriental ou coisa parecida. Acredite, ele está enlouquecendo com esse sucesso.

John já não ouve, está na sacada puxando seu baseado e olhando o Tâmisa. George ri:

- Ele pode ser louco, mas não é burro, pra pegar uma mocréia... Hehehe... O que você acha, Ringo?

Ringo estava deitado no divã daquele imenso quarto de hotel em Londres. Soltou umas baforadas, ajeitou a franja e disse por baixo do narigão:

- Eu acho que... Sei lá... Esse papo de Jesus, tipo assim, to pouco me fodendo quem é mais... Eu sei é que a gente tá podendo, saca? Se a gente gravar uma música merda, tipo, sei lá, música de igreja ou contos infantis pervertidos, se fizermos coisas ridículas, não vai mais importar. Aquelas loucas peitudas lá embaixo vão continuar invadindo nossos hotéis, gritando feito loucas, e comprando todos os discos...

- Porra, peraí, narigudo - interrompeu Paul. Aí já é exagero. Quem iria acreditar nisso?

Calminho, John volta da sacada e desafia:

- Aposto que o narigudo está certo.
- Não estou dizendo, amigo? diz Paul, cutucando George. Você aposta o quê, John?
- Se nós fizéssemos uma musiquinha de merda, bem idiota, mesmo que ela fosse absurdamente ridícula, nós poderíamos cantá-la e receber os melhores aplausos, elogios, prêmios, primeiro lugar nas paradas... Será um sucesso. Se nós arrotarmos e peidarmos no palco as meninas continuarão gritando e nos adorando e nos imitando. Somos o maior sucesso, Paul, não importa mais o que nós fazemos.
- Isso não está acontecendo, John, e jamais vai acontecer. Você está louco?
- Quer apostar, Paul? Valendo uma graninha?
- George, o que você acha?
- Sabe, Paul... Dependendo do que exatamente o John chama de música ridícula, acho que até pode acontecer... Mas é relativo, não sei...
- Qual é, Paul, vai apostar ou não? Eu e o Ringo contra você e o George. Vamos fazer uma música tão ridícula que você vai se cagar de rir, enquanto as fãs e a crítica vão adorar e alçar ao topo da parada...
- Loucura. Impossível.
- Você é homem de apostar ou não? Franguinho...

Silêncio. Paul aperta os olhos. Depois de alguns segundos em irado silêncio, sério, diz:

- Ok. Apostado. Uma canção com letra tão ridícula quanto uma canção infantil. Com arranjos desarranjados. E nada que lembre qualquer empolgação ou rock. Nada. E nós teremos que cantar todos os trechos aleatoriamente, sem ordem, como débeis mentais, principalmente no refrão. Tem que haver barulho ao fundo, e chacotas. E não pode ser curta.
- É, parece bem ridículo pra mim. E para você Ringo?
- Sei lá, sabe? Você é meio louco mesmo, John. Isso vai fazer sucesso? Tipo... Não mesmo... Hahaha... Mas como você apostou e você é quem vai pagar...
- Epa, isso é um ponto importante, interrompeu George. O que estamos apostando?
- É... John, Paul, o que vai ser?

John jogou uma revista de automóveis sobre Paul.

- Essa belezinha. Zero quilômetro.

Na capa, um Rolls-Royce último modelo. Paul riu:

- O John, num Rolls-Royce? Hahaha...Hahaha... Talvez nem seja tão ruim assim perder...
- E se você ganhar, Paul? O que vai ser?
- O John vai ter que comer uma mocréia. Eu escolho.

Risos gerais, dessa vez, até de John.

- Tipo assim, qual mocréia, Paul?
- Essa aqui ó, disse Paul, apontando para outra revista.
- "Íôkuônu"... Porra, essa é feia, hein... John, se fodeu!
- Eu? Vou é comer uma peituda, no final. Dentro do meu Rolls-Royce, certo, Paul?

Risos gerais... Paul sentencia, levantando-se para sair da sala:

- Só mais 2 coisas John: vocês 2 têm 2 dias para fazer a música e a letra. E nem um minuto a mais. OK?
- OK, sir McCartney. E a segunda?
- Ringo vai cantar, e não você.

John parou. Empalicideceu. Paul alfinetou:

- O que há, John? Não é homem pra apostar?

John engoliu em seco. Pensou em Ringo cantando. Pensou na aposta. Na mocréia japonesa. Por fim, no riso de Paul.

- Essa aposta está ganha. Vamos Ringo, temos trabalho.

E saiu da sala, seguido por preocupado Ringo.

                                                       * * *

A caminho do estúdio em Abbey Road, Ringo gaguejava. John suava. Dirigia nervoso. Ringo não cantava porra nenhuma. Tinha uma voz horrível. Por isso a banda sempre evitou que ele abrisse a boca, nem que fosse como 2a ou 3a voz. Nunca. Ringo cantava mal pra caralho. "Estou fodido" pensou John. "O John se fodeu" pensava Ringo.

- Olha só, Ringo, eu confio muito em você. Fica aí no estúdio e te vira. Eu vou resolver um negócio, e depois a gente trabalha no que você tiver começado...
- Mas John, eu nunca compus porra nenhuma... Eu pensei que você fosse...
- Ringo... Relaxa... Eu confio em você...
- É, o Paul estava certo... Você é doido mesmo, John...

John despediu-se de Ringo, nervoso, e instruiu o motorista do táxi:

- Royal Museum of Modern Art, por favor.
- Gosta de arte abstrata, sr. Lennon?
- Um pouco, por quê?
- Há uma exposição esta semana no Royal Museum.
- Interessante. Mas estou indo apenas conhecer uma pessoa. Já que a aposta está nas mãos do Ringo...
- Como disse, sr. Lennon?
- Nada... Esqueça... Eu já tô fodido mesmo, então é melhor eu ir conhecendo logo minha desgraça.
- Como quiser, sr. Lennon.

                                                   * * *

Royal Museum of Modern Art. O porteiro, um gordinho simpático, não reconhece John, mas pergunta, prestativo, se pode ajudá-lo.

- Estou procurando uma artista, a senhorita Ono...
- Oh, sim, ela está arrumando algumas peças para a exposição desta noite. No segundo salão à direita, sr.
- Obrigado.

"Como é feia", pensou Lennon. Mas aposta é aposta. E como essa já estava perdida. Idiota. Tudo para não amarelar diante do bosta do Paul e do lindo do George. Mas como ele iria adivinhar que Ringo teria que cantar. Isso sim, era impossível de ser
sucesso.

- Senhorita Ono?
- Sim? Oh, eu conheço você...
- Talvez. Está ocupada?
- Estava. Não mais. O que há?
- Gostaria de tomar uma cerveja?
- Claro.

                                                            * * *

"Aimeudeuseutôfodido", repetia Ringo, bem baixinho, com a cabeça vazia sobre o pescoço e um inútil violão sobre o colo. Os produtores que circulavam pelo estúdio encaravam-no como uma aberração esperando o apocalipse. Ringo havia agendado uma gravação. Apareceu sozinho, e agora estava ali, mudo, há horas. "Lennon de merda", resmungava Ringo. Alguém fez sinal na outra sala. Ringo disse-lhe que entrasse.

- Sr. Star, esse tape super8 chegou hoje. É da sua mãe.
- Mais essa agora...

Na falta total de inspiração, Ringo pediu um projetor e menos luz naquela sala. "Vamos ver que mico mamãe me aprontou agora." Na tela, uma senhora nariguda aparecia, cercada por toda família, com destaque para os vinte dois netos, sobrinhos de Ringo, que se amontoavam em frente a ela.

- Meu pequeno Ringo, seu tio David comprou esta divertida câmera e nós resolvemos lhe fazer esta surpresa. Como no seu último telefonema você disse que sentia muita falta de quando eu cantava para você dormir, resolvi juntar todos para lhe entoar esta singela canção de ninar. Espero que você goste.

"Merda, mamãe, merda", Ringo pensou, vermelho. A essa altura todo o estúdio ria loucamente dele, enquanto este procurava um buraco pra enfiar a cabeça... De repente, desafinadamente, fora de tom e de sincronia, com o horrível som do superoito, os sobrinhos de Ringo começaram a cantar. Ringo não acreditou. Começou a sorrir. Um brilho louco apareceu no seu olhar.

                                                            * * *

Paul estava de toalhas, saindo do banho, quando Ringo invadiu o quarto do Hotel aos gritos e risos, entrecortados por um "Se fodeu, Paul!!!". Paul ficou sério, George desconfiado. Ringo sentenciou: "Eu tenho a música." Paul não acreditou.

- Amanhã nós vamos gravar, no Abbey Road. Está tudo certo, terminou Ringo, jogando-se no sofá para enrolar um baseado.
- E onde está John? perguntou Paul.
- Ele, hã... foi... hã... comprar umas cervejas...

                                                            * * *

John e Yoko transavam loucamente, pela sexta vez na tarde, num quarto de um motel na periferia de Londres. John estava decidido. Foda-se aposta. Ok, vai ser uma merda desfilar com essa mocréia por aí, mas ela transa muito gostoso, e sabe tudo do Kama Sutra. E é inteligente. Porra, eu também já estou ficando velho. É a mulher da minha vida.

                                                            * * *

Após o fim da gravação, John estava convicto que aquela porcaria de música iria ser um fracasso. Paul ria o tempo todo, e sabia que John estava fodido. Ringo estava sério, um pouco infantil, mas sério. George ria disfarçadamente.

                                                            * * *

Paul se cagou de rir quando Yoko entrou na sala. Minutos antes, John havia anunciado que sabia que a música iria ser uma merda, e que por isso estava cumprindo sua parte. Ringo fez cara feia.

                                                           * * *

Só que Yellow Submarine, apesar de ridícula, foi um dos maiores sucessos dos Beatles. E John ganhou um belo Rolls-Royce. No jardim, pelado com Yoko, olhava o carro enquanto desembalava umas pastilhas de LSD.

- Não gostei da porra da cor, Yoko - disse, pondo a pastilha sobre a língua.
- Ok. A gente pinta ele diferente. Tenho uns materiais ali na garagem.

Naquele instante, os olhos de John foram invadidos pelo mais psicodélico brilho. E o resto da história vocês já sabem.

                                                            * * *

Obs.: Sim, já que você vai se perguntar, Obladi-oblada também foi o triste produto de apostas entre os Beatles (revanche que Paul pediu a John), mas isso é outra história. It's Been A Hard Day's Night. Yeah.

--- Leonardo Lins

Da série: arquivos que você só acha quando resolve organizar seu home

Upgrade de Namorado para Marido
 
Para começar, a mulher pensa que esse UPGRADE é uma evolução. Engano dela, pois antes o sistema funcionava perfeitamente TODOS OS DIAS e agora, quando menos se espera, antes mesmo de se estabelecer a conexão, o sistema cai e a mulher fica com o cabo na mão, sem ter onde conectá-lo.
 
A saída é desligar tudo e rezar para que, na próxima utilização, ele funcione pelo menos uma vez e consiga transmitir os dados com sucesso. Algumas mudanças notadas por todas as mulheres que, ingenuamente, optam por esse upgrade:
 
1. O arquivo Money.ini vive desaparecendo;
2. O executável Carinho.exe diminui consideravelmente, chegando, em alguns casos, ao tamanho de 0 bytes;
3. O arquivo Jantar_fora.com é totalmente eliminado durante a própria execução do UPGRADE;
4. Aqueles programas que eram executados nos finais de semana pela versão Namorado, tais como Dançar.exe, Bombons.com, Flores.bat, não rodam mais.
 
Não adianta insistir porque pode ocorrer travamento geral do sistema. Ao mesmo tempo que esses arquivos desaparecem, alguns são imediatamente criados:
 
1. Barriga.ini é o primeiro de todos, talvez pela influência da BAT;
2. Cerveja, que, por sua vez, chama a rotina Bafo.com, que nunca roda sem acessar o banco Chulé.gdb, que contém as tabelas ronco_de_noite e gases_noturnos;
3. O bug Amigos_indesejáveis vive aparecendo quando você menos espera. Não tente evitá-los! Conviva com eles! Faz parte da superioridade feminina sobre o sistema Marido;
4. Não raramente, nota-se o aparecimento de vários TMPs, nomeados por Meias_jogadas, toalhas_molhadas_espalhadas e Jornais_no_sofá. E, embora você compreenda todos os TMPs, o sistema Marido jamais compreenderá suas TPMs.
 
Algumas mulheres mais experientes já identificaram as principais causas de todo esse fracasso do sistema:
1. Alguns Maridos preferem se conectar ao Hub de outra máquina;
2. Com o aparecimento de alguns vírus, os Maridos começam a receber um Token e não passam para as outras estações.
 
Mas não se desesperem, algumas especialistas já inventaram uma procedure para amenizar todas as conseqüências do mal funcionamento do sistema, para isso basta rodar o infalível software RICARDAO.EXE, e todas as suas deficiências serão eliminadas e você poderá viver tranqüilamente com o seu Marido até que a evolução da informática consiga um meio de reverter o processo Marido para Namorado.

sábado, 21 de junho de 2008

O fim do dênti pôdi

Estou inválida hoje porque ontem foi o fim da vida (ou não) do dênti pôdi.
Cheguei no consultório e tava o dentista gatinho e a Michele arrumando o circo.

- Eu vou poder tirar meu dente ouvindo Elvis, né?
- Eu vou poder ouvir também?
- Ah. Tu é o torturador. Eu é quem vai sofrer. Então tu não merece ouvir o Rei.

Ai ele retrucou alguma coisa que foi reretrucada por mim com um:

- Tudo bem, estou benevolente hoje. Tu vai poder ouvir Elvis junto.

E assim foi. Fiz uma play pra extraćão dentária. Basicamente ela comeća com a trilha de Lilo & Stich (meu mais novo vício musical), seguia com Bobby McFerrin, algumas canćões da trilha de Duets e de Letra e Música, George Michael, Luis Miguel, entre outros.


Nem precisei censurar a boca. :)

Tudo correu super bem. O mais engraćado foi que tinha um pedacinho da raiz que não queria sair. No que comećou a tocar Hound Dog, a maldita saiu da minha boca. E aqui deixo meu protesto contra dentistas que gostam de conversar quando os pacientes precisam ficar com a boca aberta.

- Cada vez que uma cirurgia estiver difícil, eu vou tocar essa música.

Fechou o buraco. Pra garantir, o dentista gatinho tirou um raio-x pra ver se estava tudo ok.
Logicamente não estava. Havia um pedacinho de raiz ainda na minha boca.
Eu, doida pra ir pra casa, tive de deitar de novo, tirar ponto, mais anestesia, mexe, mexe, mexe e sai o resto da raiz. Enquanto isso, a play ia tocando e ouvia-se o "tap-tap-tap" dos pezinhos das pessoas batendo contra o chão.


Colocando o segundo ponto

Quando eu fui tirar uma foto do meus restos dentários, o dentista já tinha colocado no lixo. Nem adeus eu pude dar.

Bobby McFerrin

O cara detona e show foi do caralho. Não melhores palavras. Só indo pra saber.
E agradećo à tosquice do Rodolfo de nos fazer comprar ingressos no canto esquerdo da primeira fila. Não tinha lugar melhor. O show comećou friozinho, a galera foi entrando no clima do show aos poucos. Como ele é maestro, regeu o público, fez divises (e eu fiquei na parte grave do divise!)... Muito divertido.

No meio do show, o cara senta na borda do palco, pega um segundo microfone e diz:

- You wanna sing. Sing something from here that I'll sing along.

Eu queria mesmo, mas todas as músicas que eu sabia desapareceram da minha mente. Aí eu pensei: "se eu pegar esse microfone, que diabos de música eu vou cantar?!?!". O olho do Rodolfo brilhava e a mão dele suava pra caramba. Eita nervosismo. Logicamente a idéia de cantar uma milonga qualquer e pedir pro Rodolfo me ajudar pra eu não cantar sozinha apareceu um dia depois do show, mas isso pode ser colocado em prática no próximo show do Bobby que for.

No meio do show, eu pensei: "pô. esse cara é o Zé da Folha americano". De repente, não mais que de repente, aparece o Zé da Folha e faz 3 músicas com o cara!

E esse foi o melhor bis que já vi num show:

- Questions? No, not requests, questions.

Assim, a platéia faz uma mini-entrevista com Bobby McFerrin. E, segundo ele, a Wikipedia está errada porque ele não faz throat singing. "You just do a humming here and sing here". Ele não programa o show. Ele chega e comeća a improvisar. Daí ele lembra de uma música e a canta.

- Don't you breathe?
- Well... When you talk you don't think about breathing, right? That's how I do.

Sensacional.

Ah, e cadê as fotos? Pois é. Puxei a máquina da mochila e... quem disse que tinha pilha? Mas os ingressos estão no meu mural.

Pra terminar a noite, o Rodolfo veio aqui pra casa e estreiamos nossa panela verde-limão de fondue com fondue de chocolate!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O dentista gatinho

Quebrei meu dênti pôdi quarta comendo pipoca. Quinta fui no dentista e a minha dentista colou meu dente só pra eu não ficar com ele balançando na minha boca. Marquei, na mesma quinta, consulta com o dentista de implante. Quem é ele? O dentista gatinho.

Não lembro se postei a primeira vez que vi o dentista gatinho, mas, pra resumir, eu não lembro de absolutamente nada que ele tenha falado porque eu só pensava "deus, que cara LINDO!". E ele sabe que é bonito. Ah, sabe. As atendentes da clínica B-A-B-A-M por ele e ele se diverte com isso. E eu lá, pensando "ai, gente. Ele tá BARANGO. Hello-o. E ainda se acha!". Para todas terem uma idéia, ele é loiro, cabelo corte militar, olho verde, branco, alto, corpinho direitinho (pelo que deu pra ver através da roupinha de dentista), estilo desleixado por conta da camisa listada vertical vermelha por fora da calça e um anel uó do borogodó grosso pra dedéu prata no dedo.

Quando o vi novamente pensei "ai, que acabado". Tava com a pele meio batida do tempo (pessoas sem o dom da melanina parecem mais velhas do que realmente são cof-cof). Daí eu fiquei na minha pensando "ele era mais bonito. Que pena. Embarangou, tadinho" enquanto ele conversava comigo do meu implante dentário.

Resumo da história: 150 reais pra extrair o dente, 2k pro implante e adeus plano Europa Já.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Subject: Ela já não gosta mais de mim...

<drama king mode>
    <guitar play>
        <drama singing mode>
   
Mas eu gosto dela mesmo assim...
Que pena.
 
Ela não me manda mais e-mails nem mensagem....
Que pena...
 
Mas eu nao vou chorar. Eu vou é me drogar. Pois a vida continua
E eu vou me jogar lá no meio da rua.
Porque ela não me dá a mão...
<fade=50%>
    A mão....
    A mão....
</fade>
 
        <drama singing mode>
    <guitar play>
<drama king mode>

Esse Rodolfo é muito fofo. :)

quinta-feira, 5 de junho de 2008