sábado, 21 de junho de 2008

O fim do dênti pôdi

Estou inválida hoje porque ontem foi o fim da vida (ou não) do dênti pôdi.
Cheguei no consultório e tava o dentista gatinho e a Michele arrumando o circo.

- Eu vou poder tirar meu dente ouvindo Elvis, né?
- Eu vou poder ouvir também?
- Ah. Tu é o torturador. Eu é quem vai sofrer. Então tu não merece ouvir o Rei.

Ai ele retrucou alguma coisa que foi reretrucada por mim com um:

- Tudo bem, estou benevolente hoje. Tu vai poder ouvir Elvis junto.

E assim foi. Fiz uma play pra extraćão dentária. Basicamente ela comeća com a trilha de Lilo & Stich (meu mais novo vício musical), seguia com Bobby McFerrin, algumas canćões da trilha de Duets e de Letra e Música, George Michael, Luis Miguel, entre outros.


Nem precisei censurar a boca. :)

Tudo correu super bem. O mais engraćado foi que tinha um pedacinho da raiz que não queria sair. No que comećou a tocar Hound Dog, a maldita saiu da minha boca. E aqui deixo meu protesto contra dentistas que gostam de conversar quando os pacientes precisam ficar com a boca aberta.

- Cada vez que uma cirurgia estiver difícil, eu vou tocar essa música.

Fechou o buraco. Pra garantir, o dentista gatinho tirou um raio-x pra ver se estava tudo ok.
Logicamente não estava. Havia um pedacinho de raiz ainda na minha boca.
Eu, doida pra ir pra casa, tive de deitar de novo, tirar ponto, mais anestesia, mexe, mexe, mexe e sai o resto da raiz. Enquanto isso, a play ia tocando e ouvia-se o "tap-tap-tap" dos pezinhos das pessoas batendo contra o chão.


Colocando o segundo ponto

Quando eu fui tirar uma foto do meus restos dentários, o dentista já tinha colocado no lixo. Nem adeus eu pude dar.

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