domingo, 25 de fevereiro de 2007

Nossa Primeira OpenHouse

A Mansão estava lotada. Sucesso total. Segundo as lendas, a festa foi até as 5h.
Com muitos quitutes e muitas bebidinhas, as pessoas estavam felizes e curtindo o visual do terraço da Mansão. As divas moradoras da Mansão receberam de presente um puxa-saco, um quadro de lembretes para a geladeira, um saleiro e um cortador de queijo.
Fomos devidamente alertados pela síndíca e pelo sub-síndico que a festa estava sendo tão bem sucedida que os outros moradores do prédio estavam com inveja e queriam que a festa diminuisse o volume. Como somos muito educadas e finas, abaixamos o volume e pedimos para as visitas um pouco de moderação ao demonstrar seus bons e alegres sentimentos durante a festa.
Eu tomei um fogo do cão. Sem comer nada durante o dia de sábado, é claro que passei mal para caralho quando fui deitar. Queria ter dormido enroscada, mas era fisicamente impossível. Seria uma vergonha. Fiquei beeeeem amiga da privada da casa durante esse período antes de capotar. Nunca um banho foi tão bem recebido, mas a Lu cortou o clima dizendo: "Millu, chega de banho".
Acordei um caco. Um caco meeesmo. Nem água parava no estômago. E parecia que eu fui atropelada por um T6 em hora do rush. Quando a dizziness, o mal-estar, a dor de cabeça, a sensação de mundo girando quando eu deitava e a ânsia passram, eu consegui dormir lindamente. Aos poucos, fui tomando água, comendinho pra ver se eu conseguia fica bem. Parece que funcionou. Eu só não sei se eu ainda estou fedendo a vodka.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Piririm, piririm, piririm! Alguém ligou pra mim!

Usando agora o recurso de marcações do LiveJournal para um post de pensamentos randômicos! :D
  • Deus! Dai-me PACIÊNCIA! E muita, por favor. Porque ela tá muito impossível.
  • Semana que vem vai ser uma semana bala, pois:
    • Acontece a minha primeira viagem a trabalho! Ai, que emoção.
    • Compromisso importaaaante na terça! Wish me luck!
  • Tenho de acostumar a acordar cedo de novo. O ano letivo começa outra vez. Mestrado: aí vou eu!
  • O primeiro openhouse a gente nunca esquece. O final de semana promete.
  • O primeiro sustão a gente também não esquece. E aprende com ele. Tem gente que não, mas eu lá vou deixar essa quicando outra vez? Jamais. Tá aprendido, anotado. Só falta pegar uma folha e escrever umas duzentas vezes: "Eu nunca mais vou *&%392@*  &@%34@  )(@3*#(@123&@ e deixarem &(@6%$@& do lado errado de novo."
  • O primeiro sutiã a gente nunca esquece. Qual era o meu mesmo?
  • A Bruna tá fazendo preguiça e eu louca pra pintar o cabelo dela. Hoje pela manhã (ô vida boa) fiz minhas unhas com meus apetrechos novinhos em folha! ^^ Quero continuar a brincar de salão de beleza, oras!!!
  • Chiliques indevidos e impróprios para o horário a parte, o resto anda tudo bem. Obrigada por quem perguntou isso mentalmente. :)

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Mais uma de piada interna

Eu tenho 10 arcos! Rá! Ph34r m3!!!

Primeira semana de formada

Dizem que muda tudo depois que a gente se forma.
Balela. Não acreditem neles.
A coisa anda no mesmo ritmo, a casa continua bagunçada, eu continuo cheia de coisa pra pagar e ganhando pouco. Minha mãe me ligou, aos prantos, dizendo que se sentia arrependida de não ter vindo pra minha formatura. A situação inverteu: sempre era eu quem ligava pra ela aos prantos. Me senti mal. Sabe quando a gente fica cego de tão bravo? E quando a cegueira passa, a gente vê que, se você tivesse sido mais incisivo ou mais persistente no seu ponto de vista, os fatos poderiam ser diferentes? Foi exatamente isso que eu senti quando ela ligou. Ela teve fundamental importância na minha vida acadêmica. Todas as vezes que eu quis jogar tudo pro alto, que eu peguei tudo de volta, que eu cansei, que eu me dediquei, ela tava lá me apoiando. Maldita mania que eu tenho de acreditar nas pessoas. Tava lá, crendo que ela não queria vir. Vai ser idiota assim na puta que pariu. Enfim, cunopauhá. Agora já foi, ela tá arrependida, mas isso não torna meu sonho de ter uma fotinho com ela e eu vestida de toga virar realidade. Fazer o quê. Mandei alguns cvs por aí... Mas é carnaval. Ninguém contrata gente no carnaval. Março está aí, o mestrado começa, mas cvs serão distribuídos. Lá vem mais dois anos de variação de humor com muitas vontades de jogar tudo pro alto, de pegar tudo de volta, de cansar, de me dedicar. Atualmente, há um menino em estágio probatório para a vaga anunciada no meu discurso de formatura. Medo? Claro que sim. Gato escaldado tem medo de água fria, mas a sensação de arriscar é muito tentadora. É como andar de montanha russa: o caminho é sempre o mesmo, mas o friozinho na barriga é sempre diferente. Às vezes, a gente solta a mão da barra de ferro, às vezes vamos de olhos fechados... As conseqüências? Eu penso nelas se elas vierem. Até porque eu já sei quem elas são. O como é que muda de pessoa pra pessoa. Dorme tarde + acorda cedo = sono e preguiça. Nhai. Tempo, tempo, mano velho falta um tanto ainda, eu sei, pra você correr macio... :)
Mas dias melhores virão.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

9 de fevereiro de 2007

O segundo dia mais importante da minha vida.
O primeiro foi colocar a faixa que a minha mãe mandou fazer pra mim na frente do prédio que morávamos.
Fantástico. Lindo. Emocionante. Desejo que todos se formem uma vez na vida. É muito bom.
Eu não tava nervosa até chamarem o Zebra. Foi quando eu vi que não tinha mais volta. Era agora, ali.
Eu esqueci de agradecer a família Kassick pelo apoio e carinho, as gurias da maloca que serão a minha família aqui assim que a Vivi for embora... Esqueci o João e o Stigger do pessoal do terceiro ano, esqueci de agradecer o Leandro e cia... Quase esqueci o desagradecimento!!!! Um horror.
Anyway...
Tinha muita gente querida lá. Obrigada por terem ido. Foi muito importante pra mim.
Encontrei a família da Laura! O Dudu continua com a mesma carinha, assim como a mãe e o pai dela. E eram convidados do Peter. Mundinho pequeno.
Fora as confusões entre mim e minhas irmãs sobre o pagamento do jantar, estava tudo perfeito. Ganhei muitos presentes lindos, entre eles o meu tão sonhado ROTOMATIC!!! Obrigada, Lu! Foi o melhor presente ever! Juntei uma graninha pra viajar... Acho que vai dar pra fazer a viagem depois do fisl. :)
A festa foi um deslumbre! Todos se divertiram com as porcarias importadas da 25 de Março. O DJ deu umas pisadas na bola, mas tudo foi corrigido a tempo. Mas não tocou Kung Fu Fighting!!! Como disse o Uli, não deveríamos tê-lo pago. Tocou muito forró, dancei pra caramba. O Edu é o melhor forrozeiro. Meu vestido tomara-que-caia caiu (ainda bem que só o Felipe e a Carol Paz viram), os botões ficavam abrindo-se sozinhos sem minha permissão (nunca mais faço vestidos na Dona Dulce). Até fui agarrada! Coisa que estava totalmente fora dos planos. E eu já tinha beijado metade da festa. Tá certo que, entre eles, eram o Gôgui, o Finger e a Michelle. Mas já conta como metade da festa.
Voltei pra casa cedo da manhã com troféu, por um motivo, e canudo, por outro, na mão.


Beware! We're out! And SINGLE!

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

I Semana da Poesia

A bunda, que engraçada

A bunda, que engraçada
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.

Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora - murmura a bunda - esses garotos
ainda lhes falta muito o que estudar.

A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Ainda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.

A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.

Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar.
Esferas harmônicas sobre o caos.

A bunda é a bunda,
redunda.

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Meu Primeiro FDC Failure

Querido diário!

Mais um pico (ui!) de luz acontece na ASL.
Mais uma vez todas as máquinas rebootam abruptamente.
Mais uma vez eu vou mandar um email falando da necessidade de um maldito no-break aqui.
Anyway... Apaga tudo, volta tudo, mas a máquina da Nete neca. Na tela um tal de FDC Failure.
Eu pensei "que mané FDC failure o que...". Googleia, caí no Guia do Hardware.
"Isso é coisa do disquete" .
"Já tive de trocar placa mãe por causa disso".
A idéia do disquete me parecia melhor. Peguei a máquina, tirei o cabo do disquete e a máquina bootou que foi um doce. Mas quem disse que subia a rede nela? Rebootei a bendita. FDC Failure de novo. Peguei a bendita, coloquei o maldito cabo (ui!) no disquete (oohhh...). Liguei a máquina e ela bootou que foi outro doce. Mas quem disse que subia a rede nela?

Liga o TR.
- Que hora tu vai estar em casa pra eu pegar minhas coisas?
- Lá pelas 19h.
- Hmmm. Posso passar aí?
- Ai, pode! Tem uma eth0 que não quer suber de jeito maneira.

Moral da história: uma placa de rede queimada.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

I Semana da Poesia

Noite de São João

Noite de São João
Para além do muro do meu quintal
Do lado de cá, eu...
Do lado de cá, eu...
Do lado de cá, eu sem noite de São João
Porque há São João onde o festejam?
Para mim, há uma sombra de luz de fogueiras na noite,
um ruído de gargalhadas, os baques dos saltos...
E um grito casual de quem não sabe que eu...
de quem não sabe que eu...
de quem não sabe que eu existo.

Fernando Pessoa

I Semana da Poesia

Deixando o Pago

Alcei a perna no pingo e saí sem rumo certo,
olhei o pampa deserto e o céu fincado no chão.
Troquei as rédeas de mão, mudei o pala de braço,
e vi a lua no espaço clareando todo o rincão.

E a trotezito no mais fui aumentando a distância,
deixar o rancho da infância coberto pela neblina...
Nunca pensei que minha sina fosse andar longe do pago
e trago na boca o amargo dum doce beijo de china.

Sempre gostei da morena: é a minha cor predileta.
Da carreira em cancha reta, dum truco numa carona,
dum churrasco de mamona na sombra do arvoredo
onde se oculta o segredo num teclado de cordeona.

Cruzo a última cancela do campo pro corredor
e sinto um perfume de flor que brotou na primavera.
À noite, linda que era, banhada pelo luar...
Tive ganas de chorar ao ver meu rancho tapera

Como é linda a liberdade sobre o lombo do cavalo
e ouvir o canto do galo anunciando a madrugada.
Dormir na beira da estrada, num sono largo e sereno:
e ver que o mundo é pequeno e que a vida não vale nada.

O pingo tranqueava largo na direção de um bolicho
onde se ouvia o cochicho de uma cordeona acordada.
Era linda a madrugada, a estrela d’alva saía
no rastro das três marias na volta grande da estrada.

Era um baile, um casamento? Quem sabe algum batizado
Eu não era convidado, mas tava ali de cruzada
Bolicho em beira de estrada sempre tem um índio vago,
cachaça pra tomar um trago, carpeta pra uma carteada.

Falam muito no destino. Até nem sei se acredito.
Eu fui criado solito, mas sempre bem prevenido
Índio do queixo torcido que se amansou na experiência,
eu vou voltar pra querência, lugar onde fui parido.

João da Cunha Vargas