domingo, 11 de dezembro de 2011

Desafio Clássico: The Adventures of Huckleberry Finn

Nessas promoções de site de livro, enchi a prateleira de clássicos. Qual foi a minha surpresa ao ver minha edição de Huckleberry Finn?

UM RETOLD DA HISTÓRIA PARA CRIANÇAS!!

Valeu, aí, Oliver Ho! .o/
Eu fiquei meio brava e, por isso, demorei pra ler. Aí, veio o Desafio Clássico e facilitou as coisas pra mim.

Quantos clássicos você leu nesses dois meses?
Um só.
 
Quais foram? The Adventures of Huckleberry Finn de Mark Twain nas palavras recontadas de Oliver Ho.
 
Cumpriu a sua meta? Siim! Um a cada dois meses. 

Qual o seu personagem favorito do livro? ...

Viu alguma adaptação cinematográfica? Não.

O que você achou dele?

No fim das contas, fiquei bem feliz de ler a estória recontada e não a original. Um personagem que bagunça a casa inteira pra fingir um assalto e enche a casa inteira de sangue de porco pra fingir que foi assassinado só pra viver a vida segundo suas regras não pode ser boa coisa. Me deu vontade de atear fogo no livro. Ou seja: mais um clássico que eu não me relaciono com o personagem, therefore, não gostei do livro. Não foi um livro que me chamou a atençãããããão (desculpa, aí, Alexa). De boa, eu até achei meio boring.

Huck não gosta da Widow Douglas porque she wants to civilize me. E ela também quer que ele vá para a escola. Aí, pra arranjar dinheiro, ele pensa em armar uns golpes por aí. Huck não gosta do seu Pap porque ele bebe bagarai e dá uns tabefes nele de vez em quando. Alguém aí sabe o que aconteceu com a mãe do Huck? Ele veio do alface?
Acho que a única pessoa que ele realmente gosta/preza é o Jim. E o resto do livro conta as aventuras de Huck e Jim rio Mississipi abaixo. Vai ver eu não gosto de livros desse tipo de aventura. O livro menciona Tom Sawyer no início por conta da grana que eles acham no primeiro livro, The Aventures of Tom SawyerThe Adventures of Huckleberry Finn é uma continuação dele. Além disso, eles se encontram e se metem numa divertida e aloprada confusão. Essa aí, eu curti. Dei umas belas risadas. Já no final, até apareceu algum tipo de sentimento no Huck, mas não o suficiente pra eu acreditar que ele possa sofrer algum tipo de mudança mais tarde na vida. Acredito que tudo tenha sido causado pelo sentimento de paternidade que ele sente pelo Jim.

O livro foi publicado lá pelos idos de 1880. Nessa época nos Estados Unidos, a escravidão rolava solta. Jim é o personagem negro do livro que sonha ser um homem livre. Dando uma pesquisada, os estudiosos de Mark Twain dizem que ele não tinha potencial para apresentar aos seus leitores brancos o estereótipo de um negro em sua totalidade da forma que eles esperavam e preferiam. O que ele pode fazer, no entanto, era adicionar o humor. Dessa forma, ele confirmava, ao invés de desafiar, os estereótipos racistas no início do século 19. No seu lançamento, o livro foi muito criticado pelo linguajar empregado. Mesmo assim, há argumentos fortes que apontam que o personagem principal, além do teor do livro, são antiracistas.

Relembrando aquele auê americano de retirar palavras ofensivas dos clássicos americanos, uma edição de 2011 de Huckleberry Finn foi publicada sem as palvras nigger e slave pela NewSouth Books apesar da grande maioria da população americana, incluíndo os negros, se recusarem a censurar Twain. O tal do Alan Gribben disse que a substituiçao foi uma melhora na expressividade das idéias do Twain no século 21. Gribben espera que a nova edição seja mais amigável para o uso em sala de aula antes que o livro seja banido por conta da linguagem.


Porra. Deixa o livro como está! Não é pra você ler Mark Twain pensando no século 21. Você tem de entender o contexto no qual o livro foi lançado e, assim, devoler o livro. Ler também é história. Você aprende ainda mais sobre a história do seu país com os romances que já foram escritos em determinadas épocas. Não é assim que a gente educa. A gente educa mostrando e discutindo diferenças. Não é só ir lá e substituir palavras só pra ficar mais bonitinho.

Pobre Twain. Deve estar se retorcendo de dor por estarem alterando o livro dele e amaldiçoando nossa geração.

E, para encerrar, Tom Saywer na voz, baixo e teclado de Geddy Lee, nas guitarras de Alex Lifeson e na ESTONTEANTE bateria de Neil Peart:

Palmas para a dancinha do Alex na primeira intervenção do teclado

A modern day warrior mean mean stride,
Today's Tom Sawyer mean mean pride.

Though his mind is not for rent, don't put him down as arrogant
His reserve, a quiet defense
Riding out the day's events... The river!

What you say about his company is what you say about society
Catch the mist, catch the myth, catch the mystery, catch the drift

The world is, the world is love and life are deep
Maybe as his skies are wide

Today's Tom Sawyer, he gets high on you
And the space he invades, he gets by on you

No his mind is not for rent to any god or government
Always hopeful, yet discontent
He knows changes aren't permanent... But change is!

And what you say about his company is what you say about society
Catch the witness, catch the wit, catch the spirit, catch the spit

The world is, the world is love and life are deep
Maybe as his eyes are wide

Exit the warrior, today's Tom Sawyer he gets high on you
And the energy you trade 
He gets right on to the friction of the day

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sobre demitir

Eu troquei de projeto... FINALMENTE. Programar em Java é realmente um mundo bom.

Aí entrou um cara novo na equipe. Segundo o arquiteto do projeto, ficou na mão dele de decidir entre o cara o e outro cara. Como ele escolheu o cara, o outro cara foi... Demitido.

O cara veio de outro projeto não sei por que motivo. Enfim, veio pra trabalhar e, por isso, demos tarefas pro cara. Pra toda tarefa que a gente dava pra ele, ele sempre levava os X dias dela. Nada que isso seja um impactante, mas é que as tarefas foram estimadas com tempo de gordura. Elas eram realmente simples. Enfim.

Até eu fazer QA do código dele.

Ele não respondeu à altura de um analista pleno. Um analista pleno não faz if (myStringVariable == "") ou if (myBigIntegerVariable.equals("1")). Um analista pleno não esquece de implementar 50% do diagrama de sequência. Me deram o trabalho de corno de analisar casos de uso. Quero morrer porque AINDA ESTOU FAZENDO ISSO, mas o cara levou 3 dias (porque eu mandei refazer) para fazer um caso de uso com um fluxo principal mais quatro alternativos. Nesse tempo, eu analisei um com trinta fluxos alternativos mais 3 curtinhos.

Meu chefe pediu, para mim para o arquiteto do projeto, um feedback.
Eu dei.
O feedback.

Demitiram o cara ontem.

Meu chefe me disse que, apesar do feedback que eu passei, a gente não tinha como abrigar o cara. Eu não argumentei quando ele falou que o projeto era crítico. Todo projeto é crítico porque todo cliente quer seu produto entregue na data combinada. Meu argumento é que ele nunca tinha sido gerenciado decentemente e, por isso, nunca tinham colocado responsabilidade no colo dele. Todo mundo merece essa chance. Mas o fato de dar um caso de uso FÁCIL (gente, era fácil) na mão dele e ele não conseguir desenvolver as perguntas sozinho... Como diriam na minha terra, é brabo.

Confesso que me senti meio mal. Eu acho que ele achou que eu e o arquiteto mandamos ele embora porque ele era preto e não porque ele não entende que o trabalho dele não era o melhor. Mas quando eu lembro do if (myBigIntegerVariable.equals("1")) até que me sinto bem.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Liberta-me


Carlos Queiroz

Livrai-me, Senhor
De tudo o que for
Vazio de amor.
Que nunca me espere
Quem bem não me quer
Livrai-me também
De quem me detém
E graça não tem.
E mais de quem não
Possui nem um grão
De imaginação.
 Laranjamente chupado daqui.


domingo, 2 de outubro de 2011

Desafio Clássico #1: The Great Gatsby

Comecei a ler O Grande Gatsby por conta de uma tarefa que o John propôs para a nerdfighteria. Aí entrou o Desafio Clássico na jogada e eu estava com a faca e o queijo na mão.

Minha edição é essa

Quantos clássicos você leu nesses dois meses? Um. 

Quais foram? O Grande Gatsby
 
Cumpriu a sua meta? Ou ié.
 

O que você achou deles? Que livrinho bem chato! 
 

Qual o seu personagem favorito dos livros? Todos os personagens são muito muito chatos. O Nick é o único personagem que tem algum tipo de evolução na história e eu realmente admiro o senso de esperança do Gatsby. Então dá pra dizer que o Nick evoluído e a parte esperançosa do Gastby são meus personagens favoritos.

Qual seu próximo clássico? The Adventures of Huckleberry Finn
 

Viu alguma adaptação cinematográfica? Sim.

Existem quatro adaptações cinematográficas. Não sei pra que TANTAS de um livro tão, mas tão chato!: uma em 1926, uma em 1949, uma em 1974 e uma em 2000 com o Paul Rudd como Nick Carraway. *olha para a parede branca desesperançosa*

E ESTÃO PRODUZINDO MAIS UMA COM LEONARDO DE CAPRIO COMO GATSBY E TOBEY MAGUIRE COMO NICK CARRAWAY 2012!@!!!@!@!@?!?!?!?! Que horror. Nick Carraway já é um dos personagens mais sem graça da literatura e vai ser interpretado por um dos atores mais sem graça do cinema. Não sei se acho isso bom ou ruim.

Anyway.

Dessas, a mais importante com certeza é a de 1974 que conta com Francis Ford Coppola no roteiro, Robert Redford como Gatsby e Mia Farrow como Daisy Buchanan. O roteiro é muito fiel ao livro. Palmas para FFCoppola.

Mia Farrow como Daisy é a Daisy mais perfeita: chata, com uma voz irritante e suas risadinhas do inferno. Igualzinho como eu imaginava no livro! Palmas para Mia Farrow. Aliás, todas as mulheres no filme mais ou menos falam como Daisy. Isso eu achei esquisito. Quando eu vi a Myrtle falando daquele jeito achei tão esquisito porque eu imaginava ela rústica até no jeito de falar. Até a Jordan... Sempre imaginei-as como mulheres um pouco mais decididas e um pouco mais fortes que Daisy. Enfim.

Robert Redford como Gastby acredito que tenha sido um dos papéis mais fáceis de escalar na época. A atuação foi digna, mas eu achei que podia ter um Q a mais de esperança. E outra. Eu sempre imaginei um Gatsby muito muito muito, mas muito lindo. Mais lindo que o Redford nos anos 70.

Ah... Os anos 70.

Sam Waterson também interpreta Nick de uma maneira bem placentosa. Perfeito! Toda cena que Nick certamente faz um julgamento silencioso (apesar de dizer que não faz julgamentos) ele fica com olhar simpático de peixe morto.

Comentário bovino style

E o Tom Buchanan é o Tom Buchanan mais FEIO do universo!

Eu ri quando li.

Eu imaginava ele bonitão e GRANDE afinal é um dos principais adjetivos que o Nick usa para descrever Tom. A atuação de Bruce Dern é bem condizente (Tom é um grande tosco), mas o fato dele ser magrinho não me deixou ver Tom ali.

Uma cena é inventada (ou é eu que não achei no livro), mas não lembro da Daisy contando para o Gatsby que ela ficou bêbada com a carta do Gatsby na mão e a Jordan coloca ela no banho frio e a carta se despedaça. Além disso, ela diz pro Gatsby que não o esperou porque garotas ricas não casam com caras pobres. E o fato de tudo ter um JG... Achei meio forçado.

Toda adaptação tem seus altos e baixos. Essa do Coppola é muito boa, mas os defeitos são estúpidos demais. Exemplos (entre outros):
  1. Essa do Tom ser um cara magrinho;
  2. O tempo no livro que faz que o Gastby não vê a Daisy é de 5 anos. No filme, faz 8 anos;
  3. Existe a cena que mostra o Wilson se matando. No livro, ninguém vê isso. O narrador simplesmente encontra dois corpos mortos. Não sei se é óbvio que Wilson mata Gatsby e se mata depois. Vai que rolou um fight? O que quero deixar claro aqui é que o livro não deixa isso claro. Boa essa, não?;
  4. O acidente da Myrtle divide o corpo dela em partes por isso ela morre instantaneamente no livro. No filme, quando aparece o corpo, ele parece inteiro. E o ladinho do carro do Gastby está SOMENTE amassadinho com um pouquinho de sangue;
  5. Nick não chega na casa dos Buchanan de barco. Eu acho que ele nem tinha um barco.
E o que mais me irrita é que detalhes como quando Daisy decide que todos vão para a cidade, já no fim do livro, Tom pega uma garrafa de whisky e enrola-a numa toalha são lembrados. E essa toalha nem é importante no livro.
Ainda não vi a versão de 2000, mas Paul Rudd como Nick Carraway é o suficiente para me fazer ver essa história chata para dedéu de novo.  

Resenha:
Nick é um cara que decidiu "ir para a costa leste aprender o negócio dos títulos" e acaba voltando para a costa oeste por algum motivo. De lá, ele conta o que aconteceu com ele e com as pessoas que conheceu e reencontrou em Long Island, New York.
Nick aluga um "bangalô de 80 pratas por mês" em West Egg, a parte menos refinada da ilha. Seu vizinho, no entanto, mora em uma mansão e sempre há festas em sua casa.
Nick reencontra sua prima Daisy, já casada com Tom, e passa a frequentar a casa do casal. Lá, ele conhece Jordan, uma famosa jogadora de golf que pergunta, ao saber que Nick mora em West Egg, se ele conhece alguém.
"Nem Gastby?" ela pergunta.
"Gastby? Que Gastby?" Daisy, ao ouvir, tenta descobrir mais informações.
A partir daqui, a história se desenrola e Nick sempre mostra os defeitos e os julgamentos que ele faz sobre todas as pessoas que conhece até acontecer o fato que o faz voltar e que acaba mudando sua perspectiva para sempre.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Quem viu o Groupalia Curitiba hoje?

Oferta fail!
Porque aquilo ali na foto não é um Android. É um Iphone!

E como eu sei como é um Iphone e um Android? Simples! A diferença está na barrinha que fica sobre o botão.

Android
 Além do buraquinho da câmera.

Iphone
E da maçã x bichinho do Android que fica atrás do telefone, lógico.

domingo, 25 de setembro de 2011

Disclaimer: This is about to get GIRLY.

Uma vez eu disse pra Luana: o blog é seu! Você posta o que você quiser!

Daí eu resolvi seguir meu próprio conselho. Já que o MaNails morreu (embora eu ainda não tenha apagado-o) e eu agora, além de esmaltes, estou viciada em cosméticos, isso vai aparecer aqui.

Feel free to unsubscribe. I don't like you ETHER.

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Fiz a unha hoje. E ela tá GRANDE!

Graaaaande.
Não está grande assim, mas estamos no caminho. Uma coisa que eu não consegui fazer é não tirar a cutícula. Eu vejo uma pelinha e me dá uma vontade louca de sair arrancando com os dentes. Mas foi melhor deixar crescer e tirar apenas o excesso dela. Me machuquei mais arrancando pele com o dente do que com o alicate.

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E o Oddie já está com os dias contados. 31 dias mais exatamente.
Eu só ainda não tenho um nome tão bom pro substituto do Oddie.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Estava a velha em seu lugar...

... e veio o email lhe incomodar com o assunto: "Abaixo-Assinado contra o K.I.T G.A.Y". O que pra mim não fazia nenhum sentido já que a Presidente Dilma já havia vetado o dito kit gay.
Dessa forma eu podia simplesmente ter deletado o email. Eu podia!
Mas nããããããããão. Tinha de abrir a porcaria do email, né, Priscilla?!

Olha o ponteiro do mouse ali, geeeeeeeeeeeeeeeeente!  Só no cavaco!

Me senti ofendida por três motivos: 1) a pessoa não faz ideia sobre o que é o abaixo-assinado é contra, 2) não teve sequer a vontade de se informar e 3) a ignorância da pessoa de mandar isso pra gente que ele nem conhece.
Esse não foi o primeiro email desse jeito que recebi dele. Essa pessoa sempre manda emails aleatórios para todos os contatos dele, mesmo que eu somente saiba da existência porque essa pessoa está em uma das listas de discussão que participo.

Fui obrigada a responder:

"eu sei que a gente não se conhece além de emails na lista, mas fui obrigada a responder teu email porque ele me agrediu e, além disso, distorceram a razão da pl 122 pra você. além disso, você está confundindo dois assuntos bem diferentes: o kit gay do MEC e a pl 122.

o kit gay foi uma iniciativa do ministério da educação para conscientzação da homossexualidade nas escolas que já foi vetado pela presidente dilma.
a pl 122 é a tentativa de alteração da lei 7716 que está em tramitação pelo senado para inclusão de crimes homofóbicos.

a pl 122 não vai te colocar na cadeia porque você não quer participar de uma passeata gay. o fato de tu participar ou não de uma passeata gay é escolha tua. a constituição te assegura esse direito de escolha. fazendo um paralelo com o conteúdo que eu acredito que seja a tua motivação para enviar esse email, a mesma coisa funciona pra uma passeata evangélica ou cristã ou luterana ou judaica ou whatever religião. houve uma passeata evangélica aqui em curitiba sábado passado, eu escolhi não participar e ninguém me prendeu.

porém o fato de discriminar com cunho homofóbico alguém que te convida pra uma passeata gay ou o fato de discriminar com cunho homofóbico uma passeata gay, isso sim, se tornaria crime. fazendo o mesmo paralelo: o fato de discriminar com cunho religioso alguém que está participando de uma passeata religiosa ou alguém que me convidou para uma passeata religiosa é passível de crime porque a lei 7716 já considera crime preconceito sob pretexto de religião.

ninguém deve ser discriminado por simplesmente ser de um jeito ou de outro.
você discordar do que a pessoa é, é outra história. a linha entre discriminar e discordar é tênue, mas existem diferenças.
e outra: o brasil é um estado laico.
nenhuma decisão política deve ser feita sob preceitos de religião, deve sim ser feita visando o bem da população e condenar mais crimes de discriminação é algo que faz bem para um país.

mas, infelizmente, não é assim que a política tem funcionado por aqui.

isso posto, a pl 122 apenas quer criminalizar a homofobia (assim como criminalizaram religião, etnia e raça), ou seja, ela acrescentaria à lei 7716 as palavras "gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero". as palavras são poucas, mas as consequências delas são imensas, tais como pregações religiosas públicas condenando a homossexualidade serem passíveis de crime.

na minha opinião, a lei tem bom coração, mas não está adequadamente formada. por exemplo, abre a brecha para um pedófilo dito gay poderá tentar livrar-se da cadeia por ser "gay" para tentar encobrir o fato dele ser pedófilo.

a família do meu namorado é cristã e, através desse conhecimento, eu sei que a posição da bíblia quanto à homossexualidade é condená-la como pecado e que os homossexuais não herdarão o reino dos céus. finito.

existem três principais passagens (duas no levítico e uma na carta de são paulo aos romanos) que colocam exatamente isso. não mais não menos que isso. a bíblia não fala sobre não considerá-los pessoas com direitos civis ou de confirmar que homossexuais são menos pessoas que o restante. e se ela coloca isso, por favor, me aponte porque eu quero saber. quem coloca isso dessa maneira, hoje, infelzimente, é gente que somente sabe interpretar aquilo que lê para respaldar preconceitos próprios.

há uma passagem na bíblia que gosto muito que diz "amar o pecador e odiar o pecado".
infelizmente nesse país pouquíssimas igrejas sabem pregar isso aos seus fiéis.

o que precisamos hoje é educar as pessoas para respeitar (ou na concepção católica, amar) o próximo e não criar ainda mais discordância num mundo no qual querer que todos concordem com todos ou querer que o mundo retorne ao comunismo as is é utópico.
o mundo não precisa de novos heróis, o mundo não precisa de mais bandidos, o mundo precisa de respeito.

te peço que, se alguma outra vez você enviar emails com cunho discriminatório, que eu não esteja entre os recebedores, porque colocar no assunto de um email "Abaixo-Assinado contra o K.I.T G.A.Y." (até agora estou tentando entender os pontos entre as letras) com frases como "E do jeito que está, daqui uns dias ser HOMOSSEXUAL não será uma opção, será uma OBRIGAÇÃO." e não "Abaixo-Assinado contra a PL 122" com razões bem formadas acerca do porquê você é contra a pl 122 é deveras descriminatório.

muito obrigada pela atenção,
priscilla"
Email grande, foto pequenina.

Eu levei muito tempo escrevendo esse email. Fiz o dever de casa, li alguns artigos, me informei. 
Mas dada a rapidez da resposta, não creio que tenha sido totalmente lido. O que me deixou novamente ofendida porque a pessoa nem ligou para o trabalho que eu tive pra escrever esse email. #ofendida




Confesso que tive vontade de responder pra pessoa, mas me bateu a razão me visitou e me lembrou de uma verdade: "ignorante, se respeita".
Mas discussão não ia fazer a pessoa pensar sobre o que ela escreveu e não se informou. Não levou ela sequer a ver quem era a propositora da lei, muito menos do que ela se tratava porque o Silas Malafaia (autor do abaixo-assinado supracitado) já fez isso por ele, não é? Não tinha a menor pretensão de fazer a pessoa mudar de ideia e sim fazer com que ela pensasse sobre suas próprias coisas e ser um pouco mais consistente.

Então vai a resposta aberta aqui na íntegra:

"Não sou homofóbico, só prezo pelo meu dinheiro que estão fazendo esses absurdos.
Iara Bernardi, a propositora da lei, tem ficha limpa. A candidatura dela foi barrada pela lei porque disseram as pessoas que estavam analisando candidaturas que ela não tinha comprovado seu desligamento do MEC. Papel comprovado, candidatura aprovada.
Ela não está gastando seu dinheiro. Fazer absurdo é relativo. Acredito que defender direitos de uma parcela da população é fazer meu dinheiro valer alguma coisa. Absurdo pra mim é ver amigos meus contando que conhecem pessoas que apanharam na rua de skinheads por serem homossexuais e não ver esses skinheads na cadeia.

Como falei, cada um tem o direito de ser o que quiser, mas não com a parte que me diz respeito.
Oi?! Que diabo de parte de "cada um tem o direito de ser o que quiser" que te diz respeito? É a parte das pessoas serem diferentes de ti? É a parte de homens ficarem com homens (porque somente essa parte é errada. mulher ficando com mulher é sempre bonito e ninguém reclama)? É a parte de gente na política defendendo gente diferente de ti e que está passando a ter direitos civis que você já tem? A existência da homossexualidade deve sim ser discutida. O homossexualismo não apareceu hoje. Existem registros que isso acontece desde do inicio da humanidade e até hoje é tabu. Nos anos 80 e 90, o tabu era sexo. Nos anos 2000, é a homossexualidade. Espero que um dia cheguemos a desmistificação da homossexualidade como aconteceu com o sexo (nem tanto, mas já é muito melhor que antes). 
Quantas pessoas já morreram, foram fisicamente agredidos por serem homossexuais? Quantos mais ainda serão agredidos sem que nada seja feito? Se acontece com um branco, rico, filho de parlamentar e/ou celebridade vira notícia e todo mundo se preocupa. Acha injusto que a pessoa tenha apanhado seja lá quais os motivos. Que mundo é esse que o mundo está se tornando...

Não fico enfiando goela abaixo que sou heterossexual e gosto de mulheres.Mas a palhaçada que estão fazendo, me atinge sim e sou contra.
Não?! NÃO?! O que diabos tu acha que essa petição está enfiando na goela abaixo de todo mundo!??!

Nem vou continuar esse email porque ignorância não se vence, não se discute. Apenas se respeita.

Seja feliz você também."

O mais interessante é a frase: Fique tranquila, já removi teu email dos meus contatos. E fiquei tranquila mesmo. Eu só não achei que o screw you guys i'm going home do cara fosse ir tão longe. #cartmanfeelings

Passa tempo, tempo passa e eu notei ontem de madrugada que eu não sabia mais quando eram os jogos do Grêmio. Foi quando eu percebi que não estava mais recebendo os emails da lista gremiocuritiba. Aí eu lembro que a pessoa supracitada que me enviou os emails é moderador da lista. Fez a matemática aí ou preciso desenhar?

Em caso de necessidade de desenho (e como um jpg vale mais que 1000 txt) seguem os screenshots tirados entre ontem (dia 16/06) e hoje (dia 17/06).


Último dia que recebi emails: dia 27 de maio. Bate com o dia que a pessoa me enviou o dito email. Incrível, não?






















A prova cabal (sempre quis usar essa expressão!) de que eu fui excluída da lista.
Não vai brincá cos meu carrinho! NÃO VAI!






















E agora a pergunta que não quer calar: como é que eu vou ficar sabendo dos jogos do Grêmio?!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Review: Curso de Automaquiagem da Mary Raein

Comprei o voucher para o curso de automaquiagem da Mary Raein no Groupon e fiquei esperando décadas até meu dia chegar. Nesse meio tempo, como uma boa nerd que sou, fiquei lendo sobre maquiagem.

Quando foi meu sábado para fazer o curso, eu fiz o favor de distender um músculo nas costas fazendo o que não devia. A caixa de maquiagem pesava uma tonelada.

My precious

Chegando no lugar, cada menina tinha seu espelho de aumento sobre uma longa mesa e uma cadeira. A única coisa que achei ruim foi a iluminação. O espaço entre cada menina era bem pequeno. Dessa forma, eu fui tirando e guardando uma parte de cada vez da minha malinha: primeiro só corretivo, base e pó; depois, sombras; para o final, rímel e batom.

Esse era mais ou menos o espaço que eu tinha. Ao lado direito do espelho, dá pra ver meu rímel. Depois tinha mais uma mão fechada de espaço e começava o espaço da menina ao lado. Dá pra ver as coisas da menina da frente.

Obviamente não levei máquina, assim esqueci de tirar uma foto com a Mary. Ela é uma querida e sabe bastante. Então tirei algumas parcas fotos com meu celular (que estava sem o chip de memória).

O curso começa com você, obviamente, preparando a pele para receber a maquiagem. Primeiro: corretivo onde você acha que precisa corrigir/esconder. Para corretivos líquidos, usar um pincel. Para corretivos em bastão, aplicar o corretivo na pele e usar a esponjinha de latex para dispersar o produto com batidinhas. Um viva à esponjinha latex. Pra mim, uma das lições que tirei desse curso.

Foi perguntado sobre o uso dos corretivos coloridos e ela falou que eles não fazem muita diferença pois, no final, você teria de aplicar um corretivo da cor da sua pele sobre eles. O que pra mim não fez muito sentido. Resolvi procurar para que serviam os corretivos coloridos e esse tutorial da Marina é excelente.

Depois de aplicado o corretivo, aplicar a base. Já a Marina, conforme o tutorial dela, usa o corretivo sobre a base... Enfim.
Para a Mary, pinceis mais quadrados e com cerdas bem unidas é melhor de aplicar a base porque não se perde tanto produto. Aplicar a base com pinceladas curtas e rápidas em todo o rosto. Atentar para a curva do maxilar. Tentar deixar a curva o mais parecida com a cor do pescoço para dar continuidade. Outra lição importante que levei do curso.

Não perguntei da diferença entre pancake e base. Porém, diz o livro do Duda Molinos (meu muso maquiador) que o pancake foi criado na década de 50 para usar em filmagens para evitar que a cara dos atores brilhasse muito quando a luz batesse porque as base sexistentes eram muito líquidas e brilhosas.

Terceiro passo: aplicação de pó compacto. Cuidar para não passar muito pó. Essa é uma parte que ainda não domino e até perguntei como eu sei se eu passei muito pó. A Mary comentou que dá pra ver quando a gente passa muito pó. We'll see. Literally and eventually.

Quarto passo: sombras. A Mary pediu pra esfumar o canto do olho com uma sombra escura. Esfumei com preto. Ela usa uma técnica no mínimo esquisita que é usar micropore nos cantos dos olhos para delimitar a área que eu vou maquiar. Faz sentido quando você não sabe onde termina seu olho ou até onde você quer ir com a maquiagem: se mais aberta ou mais fechada.

É necessário ficar feia pra ficar bonita.

Eu, particularmente, não gostei do efeito final. Pretendo tentar me maquiar assim de novo e esfumar o canto externo do olho logo que tirar o micropore. Outro pró do uso do micropore é o fato de você borrar no micropore e não na pele.

Olha o efeito chapado e reto nos cantos externos dos olhos.

No espaço que ficou em "branco", passar uma cor que lhe agrade. Eu passei duas: azul turquesa na pálpebra móvel e azul escuro no canto interno do olho. Cuidar para esfumar onde as cores se encostam pra disfarçar a passagem brusca de cor. Outra lição legal.

Aplicar rímel (que as maquiadoras brasileiras chamam de máscara de cílios) e lápis na linha d'água. Para o delineador deve-se ter muito treino. A Mary dá a dica de passar o lápis primeiro para, quando você for passar o delineador, existir uma linha guia. Uma boa dica, mas se você sofre de tremedeira o lápis vai ficar ruim igual...

Finalizar blush, batom/gloss e com o ajuste de sombrancelha com uma sombra parecida com o cor do pêlo e correr pro abraço.

O saldo do curso, para mim, foi postivo mesmo eu tendo lido um monte de informação antes. A maioria das coisas que ela disse, eu já sabia. Acabei complementando muita dica no como proceder e combinação de cores para o dia e para a noite. O foco do curso foi mais como maquiar o olho. Não houve dicas de contorno de boca, melhores usos do blush além do normal.

Saí gatona assim e fui direto comer batata suíça.












terça-feira, 7 de junho de 2011

Wonderland e o que M. Jackson encontrou por lá

"Wonderland e o que M. Jackson encontrou por lá" (2010)
Direção de Daniel Colin.
PRÊMIO AÇORIANOS DE MELHOR ESPETÁCULO, DIREÇÃO, PRODUÇÃO (Rodrigo Marquez e Fernanda Marques) e FIGURINO (Daniel Lion).
5 INDICAÇÕES AO PRÊMIO AÇORIANOS 2010 (Dramaturgia - Daniel Colin e Felipe Vieira de Galisteo, Ator Coadjuvante - Daniel Colin, Cenografia - Elcio Rossini, Iluminação - Carol Zimmer, Trilha Sonora - Arthur de Faria, Luciano Mello e Marcão Acosta).
Ou seja, vão ver.
Simplesmente sensacional

Eu sou suspeita pra falar qualquer palavra sobre o Teatro Sarcáustico porque eu adoro tudo que eles fazem. E tem mais: há talento.

Talento (ta-len-to) s. m.
1) Aptidão invulgar (natural ou adquirida); engenho: possui talento para o magistério.
2) Indivíduo engenhoso, de habilidade ou capacidade incomuns: é um talento de primeira ordem.
3) Peso usado pelos antigos gregos, o qual, na Ática, equivalia a cerca de 26 kg.
4) Antiga moeda grega, que representava o valor de um talento de ouro ou de prata. 


Sempre tive pra mim que teatro é muito mais legal que cinema porque é ali. É no ato. É ou não é. É 8 ou 80. Chegar num 40 é coisa para poucos e, no meu humilde conhecimento teatral, eles chegam facinho nesse 40.

Também acredito em energia. Em pessoas que vibram junto e, por isso, que se dão tão bem na amizade e/ou na profissão. E o que esse povo põe no palco com certeza é resultado disso. Além do talento, lógico.

A primeira coisa que notei assim que o primeiro personagem apareceu foi o figurino (depois do aparelho de pula-pula). Não é à toa que ganhou o Açorianos. Arrisco dizer que o figurino é um dos melhores que já vi.

É diferente ver uma produção dessa, pequena porém muito bem feita, pra uma produção como Os 39 Degraus que vi aqui no Festival de Teatro de Curitiba. Mas não fica devendo nem um centavo em nenhum quesito. Ambas peças muito criativas, com soluções criativas e bem executadas e que tem a tal da entrega dos atores no palco sem que um carregue a peça inteira nas costas. E isso é delicioso de ver e é exatamente o que busco numa peça de teatro.

Esse Teatro Sarcáustico sabe exatamente aquilo que está fazendo. 
Fica aqui a minha torcida pra vocês encontrarem a pessoa certa pra fazer o teatro de vocês explodir. Vocês merecem ganhar muito dinheiro com isso que vocês fazem.

Quem se encontra em Porto Alegre nesse último final de semana, por favor, gaste 30 reais e vá ver a peça. 

Amei ter ido. Amei mais ver a casa cheia.

Não vá se perder em Wonderland.
P.S.: Há nudez. Se você não gosta de nudez, mas ficou a fim de ver a peça, vá ver. Mas, por favor, não dê uma de zé mané e vá falar para o diretor que a nudez foi desnecessária, sim?!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Otto

Esse não é o Otto, mas ele era mais ou menos assim

De todas as fotos que tenho da minha família, achei apenas duas dos cachorros da minha irmã. E as duas são do Bacco com o Arthur.

O Otto foi meu segundo sobrinho canino. Ele era pra ser cachorro de competição. Porém minha irmã e meu cunhado o adotaram na pet shop onde levavam o Bacco para tomar banho. Ele nasceu sem uma bola. E quem quer ver um cachorro de uma bola em competição, não é?

Toda vez que os dois levavam o Bacco pra tomar banho, lá estava o cachorrão preto de uma bola. Olhando. Talvez pensando quando seria o dia dele de ir embora daquele lugar. Ele não entendia o porquê de estar ali. Tantos cachorros iam e voltavam... Quem sabe um dia seria seu dia de sorte.

Um dia foi mesmo. Mais ou menos dez anos atrás. Diretinho da pet pra casa da minha irmã. O cachorrão preto de uma bola foi batizado de Otto e assim inicia-se a parceria canina Ottobacco. Internamente, eu os chamava de Ossobuco. Dada à procedência de cada cão, foi coisinha de deus canino que eles se gostassem tanto.

Como todo casal de irmãos, tinham lá suas desavenças, mas estavam sempre juntos. Se dormiam com alguém em uma cama, iam juntos. Se dormiam no seu cobertorzinho, Bacco dormia embaixo e Otto dormia sobre o cobertorzinho. Tão iguais, mas tão diferentes. Quando iam pra represa, Otto ficava aflito que o Bacco ia nadando, nadando, nadando... Até voltar. Isso porque a primeira vez que Otto foi pra represa, ele seguiu o Bacco até que se afogou. Patinhas tão curtas não deram conta de navegar um corpo tão grande. Se estava muito sol na praia, Bacco corria por tudo e Otto brincava apenas onde o guarda-sol dava sombra. Quando meu cunhado tinha o barco, compraram uma boia pra ele com medo que ele se jogasse atrás do Bacco no mar. Se iam pra praça, Bacco corria que nem um desesperado e Otto corria um pouquinho e já se cansava. Mas latia muito! Talvez incentivava Bacco a correr ainda mais.

Até que uma pata passou a inchar.

Otto andava um pouquinho e lá estava aquela pata sangrando. Nenhum veterinário descobriu o que ele tinha. Resultado: os passeios foram cada vez mais encurtando. Veio a gravidez do Arthur. Bacco super interessado no que acontecia na barriga que crescia; e Otto, desinteressado. Veio o acidente do Bacco. Bacco no hospital entre a vida e a morte e Otto procurando-o pela casa inteira. Chegava a dormir no quartinho do Arthur esperando que Bacco aparecesse. Veio a crise de coluna do próprio Otto. Veio o tumor do Bacco no sovaco.

Vieram muitas coisas.

Inclusive uma paralisia nas patinhas traseiras do Otto. Otto passou a usar fraldas porque não conseguia ir no jornal sozinho. Mesmo assim, lá estava o cachorrão preto de uma bola. Feliz! Era chamar o bicho que ele vinha se arrastando, literalmente, pra te cumprimentar.

Hoje, conversando com minha irmã, ela me disse que uma semana atrás esse quadro mudou. Aquele cachorrão preto de uma bola não era mais o mesmo. Estava apático, caidinho. Até se cobriu. Minha irmã achou que era o frio. Mas quando o tempo melhorou e o cachorrão não, hora de levar pro hospital.

Ele ficou la durante uns três dias. Apático, sem alegria. Chamava e ele nem olhava pra pessoa. Parecia que, agora, era ele quem queria escrever sua própria história. Nem todo mundo é forte todo tempo que nem esse cachorrão preto. Minha irmã disse que no sábado houve uma pequena melhora, mas nenhuma notícia animadora que aquilo seria apenas uma fase e que ele voltaria a ser aquele cachorrão preto de uma bola feliz, mesmo se arrastando.

Ele teve uma vida feliz. Logo que entrou nas nossas vidas, não gostava de carinho com o pé. Fugia. Vai ver ele era maltratado. Depois aprendeu que o pé era nada mais nada menos que a extensão da mão humana quando os humanos não queriam ir até o chão. Viu o mar, a represa. Viu o Arthur nascer (mesmo que não se interessasse muito).

Hoje ele virou uma estrelinha no céu canino.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

I have a motivation of a 6 year old.

Tô gostando dessa coisa de colocar títulos em inglês. Ho ho ho.

Enfim. Minha motivação é a mesma de uma criança de seis anos: golden stars.
Todo mundo sabe que eu vou fazer o Desafio do Pateta em janeiro de 2012 (antes que o mundo acabe). Meu técnico aumentou meus treinos em volume e em dias da semana. Claro que eu e minha preguiça nunca corremos quatro vezes na semana desde que ele aumentou um dia no treino.

E o tempo está passando.

Portanto, resolvi aplicar o método golden stars. Mr. Scnheebly, desculpaí por duvidar dos seus métodos de aprendizado, mas golden stars são muito importantes pra mim.

Este calendário
Hello ugly friend.

será meu companheiro pelos próximos meses (enquanto eu não acho o calendário que eu ganhei do REM) e mantenedor das minhas golden stars. As minhas golden stars são divididas em pink golden stars e golden golden stars. As pink golden stars são pra quando eu vou na academia e as golden golden stars são pra quando eu vou correr.

So. Let's the game begin!

terça-feira, 3 de maio de 2011

My thoughts about the Royal Wedding

Já que eu não vou casar mesmo, me contento em ver casamentos das outras pessoas. Como o casamento mais aguardado do ano é o do Príncipe William e Catherine Middleton...

Acordei cedo pra ver a transmissão do YouTube que, desse lado da poça, é sofrível. Vi pelo twitter que a Glória Kalil ia comentar na Globo. Isso ia ser legal de ver se não fossem o restante do time de comentaristas.

O casamento em si foi suuuuuuuuper chato. Cheio de leituras, cheio de protocolo, o noivo praticamente enroscou o anel no dedo da noiva, muitas músicas chatas... Enfim.

Aqui está o que aprendi neste casamento:

Genetics is a bitch.

Eu sou muito fina usando cobertinha no trabalho.
Algumas pessoas devem tomar cuidado ao escolher sua roupa.
Tô falando do padre. Não sei se é fino combinar cores com a rainha.
A abadia é alta pra cacete.
Quem esperou dicas decoração, se decepcionou.
Mas eu amei as árvores dentro da abadia. E o cortejo... Lindo!
Olhar 43 aquele assim meio de lado já saindo indo
embora louco por você SUALINDAPRINCESA!
Achei que era um casamento e não o Festival do Chapéu Esquisito.
Não sabia que homens podiam usar chapéu! #fikadik
Chapéu Bigodes do Bono
WTF?!?!?! Sorriso de "ih, errei no chapéu"
Jura que essas criancinhas 1) sabem ler 2) estão interessadas no
que está escrito. Pelo menos nenhuma delas está com a pasta virada
de cabeça para baixo.
Elton John can sing! #horriblejoke
Eu sabia! Tinha uma daminha vesga!
Nem as freirinhas estavam a fim de ler!!
Ou seja: retirar as leituras do casamento. #fikadik
Ai como era grande.
Never make out twice at the balcony.

Não achei nenhuma foto e eu não consegui tirar screenshot porque eu fiquei muito chocada. Uma GALERA chegou no casamento de van! DE VAN!!! Tipo, abriu a porta de esperança e a boiada saiu!! Foi muito engraçado.
Ou seja, outra lição: ir de van pro casamento não é nada pobre.

Mas o que eu mais aprendi foi que eu preciso de um computador novo. Twittar, blogar e ver streaming do YouTube é demais pro Oddie.

Happily ever after. We hope.
Because British people paid for this wedding.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Entendendo melhor a integração maldita do Bradesco para boleto bancário

Você também está tendo trabalho em entender o maldito documento de integração que o Bradesco fornece? Também está cansado de mandar emails para o suporte que não consegue te responder em uma maneira que não seja copiar e colar o que está no maldito manual?

SEUS PROBLEMAS ACABARAM!

E como funciona isso, Mister M?

Aposto que você ficou se perguntando dias como diabos os dados da compra vão parar no M.U.P. sem entender o que a documentação dizia exceto que essa é a parte mais importante do processo. duh.
Eu tive essa ajuda aqui e confesso que ela apenas me guiou para o caminho certo. Ela não me mostrou a solução.

Eu fiz apenas a integração com boletos sem retorno. Não faço ideia como o que não é boleto sem retorno funciona. Mas isso funcionar pra outras coisas, lemme know! :)

O gancho todo é: você precisa de um .php, .asp, .whatever, que é o DadosCompra.asp que o manual tanto cita, que monte pra você o tal do < BEGIN_ORDER_DESCRIPTION >.... < END_ORDER_DESCRIPTION > . Ele é um arquivo separado de todo o restante da tua loja e que só serve pra fazer isso: montar o "xml" do boleto.
O M.U.P. é configurado pra chamar esse teu .whatever e o próprio M.U.P. busca a string que teu .whatever vai cuspir colocando, no seu Gerenciador, no URL de notificação p/ Boleto Bancário Bradesco todo o caminho pra esse .whatever: www.meusite.com.br/diretorioqueeuquero/meuarquivo.whatever.

O link pro seu boleto deve ser algo como http://mupteste.comercioeletronico.com.br/sepsBoleto/xxxx/prepara_pagto.asp?merchantid=xxxx&orde
rid=zzzz.

Os posts foram preenchidos da seguinte maneira porque o pessoal do suporte mandou:
Post a ser enviado para a loja na notificação: numOrder=[%lid_m%]&merchantid=[%merchantid%]&cod=[%errorcod%]&cctype=[%cctype%]&ccna me=[%ccname%]&ccemail=[%ccemail%]&numparc=[%numparc%]&valparc=[%valparc%]&valtotal=[%valtotal%]&prazo=[%prazo%]&tipopagto=[%tipopagto%]&assinatura=[%assinatura%]&

Post a ser enviado para a loja na confirmação de compra: numOrder=[%lid_m%]&merchantid=[%merchantid%]&cod=[%errorcod%]&cctype=[%cctype%]&ccname=[%ccname%]&ccemail=[%ccemail%]&numparc=[%numparc%]&valparc=[%valparc%]&valtotal=[%valtotal%]&prazo=[%prazo%]&tipopagto=[%tipopagto%]&assinatura=[%assinatura%]&

Post a ser enviado para a loja na falha da autorização: numOrder=[%lid_m%]&merchantid=[%merchantid%]&cod=[%errorcod%]&errordesc=[%errordesc%] &

Eu sei que tem como você controlar o que é passado e que você pode acrescentar dados seus para serem passados. Como eu mal entendi como esse sistemas funciona, preferi colocar esses dados na minha sessão ao deixar que o M.U.P. as envie para mim novamente.
E pronto.

Então: o usuário vai navegar pelo teu site, teu site eventualmente vai montar esse link aí em cima e, quando o usuário clicar, o M.U.P. cadastra o boleto com zzzz e chama teu arquivo .whatever pra ter os dados do boleto. Esse zzzz não pode ser repetido, por isso é bom ter uma sequence em banco gerenciando esses números ou usar o timestamp (se bem que pode acontecer de dois usuários clicarem no mesmo instante).

Aí você se vira, mas o difícil mesmo está escrito nessas maltraçadas linhas.

sexta-feira, 18 de março de 2011

I am the birthday girl

Chega um ponto na vida do cidadão que ele tem de crescer. Ver que não adianta bater em ponta de faca se existem outras opções ao seu redor e é você que não quer ver.
Acho que passei o ano passado assim, tentando fazer com que o tempo voltasse, tentando fazer com que tudo voltasse ao ponto de onde eu saí mesmo sabendo que isso não pretende acontecer. Perdi um ano da vida.
Trocou o ano e eu decidi que não podia mais pensar assim. Não podia mais viver assim. Assim como ano, eu troquei de emprego e troquei de mentalidade. Março chegou e eu me vi animada. Foi esquisito. Estar perto dos trinta coloca godzilhões algumas pressões no cidadão, mas o negócio é stay loose e relembrar ensinamentos de mamãe: tudo tem sua hora.
Mesmo estando longe dos meus mais queridos, comprei o melhor bolo do universo* e vou comemorar hoje no encontro da ACERVA, com os meus novos queridos.

Meu nome tá errado, mas eu sei que foi de coração!
Estou orgulhosa dos meus vinte e nove (aiiii....) anos.
And I hope to get it right the next about to come.

* Massa chiffon branca e preta (chocolate), brigadeiro mole branco e preto, morangos e fondue de chocolate branco.


PS. Não. Não vou plantar 29 velas no bolo. Way too much humiliating. E eu ainda sou asmática! Mais humilhação é ter de pedir ajuda porque eu não consigo apagar todas as velas.
PPS. Mas não deixei de comprar pratinhos da Hello Kitty!

Somethings never change.

terça-feira, 15 de março de 2011

Erro maldito BIP4502E no Websphere Broker WE

Se você tiver um deploy de um projeto Java com falha e esse tal de BIP4502E aparecer, cata o diretório shared-classes e soca ali todos os jar que a tua aplicação usa.
O meu shared-classes está em C:\ProgramData\Application Data\IBM\MQSI\shared-classes.
Seus problemas serão terminados. Ou somente começando. Depende da aplicação.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Charlie Sheen, a winning man

Tenho pra mim que ele está trollando os Estados Unidos de uma vez só e ninguém se deu conta disso. Li pelos sites de fofoca da vida que o assessor de mídia dele pediu demissão, então ele mesmo, o Charlie Sheen, está ligando pras emissoras de tv pra dar entrevista.

Nesta situação, você não devia estar ligando para dar entrevistas para se coloque-seu-verbo-favorito-aqui. Nas entrevistas, ele não se explica, ele não se desculpa, ele não se justifica. Ele só trolla!

Sério. Trollando afu. Ninguém, nem mesmo ele, diria o que ele disse nas entrevistas really meaning it. Algumas das minhas declarações favoritas estão aqui.



Só faltou a "Dying is for fools, amateurs".

Muito obrigada, Gregory Brothers, por mais essa pérola. Se duvidar, eles vão ter de novo o vídeo mais assistido em 2011.

Pra quem ainda acha que ele está sendo sério nas entrevistas, favor clicar aqui.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Cambrige Composition #1

Write a story which ends as follows: 'He picked up the unopened envelope and set light to it with a match. With a faint smile on his face, he watched the remains crumble in the ashtray'.


It was November, 23rd when he realizes it was already too late. All his small efforts to make amends with her for the past years were not enough. He sits on the couch, put his head between his hands and starts to cry. He hears noise from upstairs. It was her. "She's really leaving and there's nothing I can do." At the same time she thinks "if he asks me to stay with the right words, I'll stay" while she packs. This small annoying "uncommunication" has always happened between them. She never spoke and he never knew how to act. He starts to think about the nothing word and how it has affected him as long as he can remember. How many times he could have done something or said something but the nothing word came along.

He just couldn't realize all she wanted was those three words that he could never say every time she made the same question. She never wanted fancy dinners, elaborated apology cards or expensive gifts. She wanted the truth. She looks at the photographs on the walls. She closes her eyes and all these memories come down like the rain. She feels her heart beating faster, anxious about something she couldn't describe.

She takes a deep breath, trying to feel this emptiness with courage and start to descend the stairs. She opened her mouth to tell him she was leaving and she couldn't find him in the leaving room. The front door was opened. She hesitates. "Has he left like the other times? Should... Should I worry? Am I taking this too hard on him?" She has in her heart that what she is doing will be good for her although the pain she feels in doing it. She pick up the luggage and call the cab.

He opens the front door with flowers and heart in his hands. He made it back fast but not fast enough. Silence. All that resembles her was the pink envelope she left for him. He picked up the unopened envelope and set light to it with a match. With a faint smile on his face, he watched the remains crumble in the ashtray.