domingo, 9 de março de 2008

Maré de Mudanças

Sabe quando tu pára e passa o filminho na sua cabeça? É exatamente assim que eu estou.
Esse final de semana foi pra aprontar a mudança. Ensaquei as roupas, encaixotei as coisas.
Tudo ali tem seu valor. As que não tem mais, são passadas adiante. Tirei 4 sacolas grandes de lixo e 2 sacos de 50 litros de roupas que não uso mais. Espero que essas roupas façam alguém feliz como elas já me fizeram.

E eu sei que agora vem tempos bastante difíceis pela frente. Eu ainda sinto falta do Alex. Sinto falta da minha irmã, meu sobrinho e minha mãe. Agora mais que nunca. Já sinto falta das meninas, principalmente da Clá pela grande unicidade de sentimentos e pensamentos que temos, da bagunça diária, da gritaria, das confusões sobre limpeza da casa e horário de banho pela manhã e das conversas. Ah... As conversas. Uma boa conversa com uma boa amiga é sempre um porto seguro para toda mulher. E ali eu tinha quatro boas amigas. Em qualquer horário. Em qualquer situação. Morar na Mansão foi, certamente, a melhor escolha que fiz em 26 anos. Obrigada, meninas, pela grande oportunidade de conhecê-las. Tenho o imenso prazer de chamar vocês de ermãs. Vocês também merecem um lugar na Cidade dos Anjos porque vocês fazem parte de um pedaço do meu coração.

Apesar de todas essas faltas, sinto que serão bons tempos. Vejo tudo com uma serenidade única e isso, às vezes, me assusta. O sentimento de falta está ali, mas ele não me machuca. E eu estou ali: tranqüila. E realmente concordo que essa peculiar mudança veio pra um grande bem. Colocar a casa em ordem, sacodir a poeira, contabilizar as baixas, os feridos e tratar de tocar ainda mais pra frente. E, claro, tirar disso sempre uma grande e boa lição (talvez a principal coisa que aprendi com os anos de convivência com a minha mãe). Acho que a que eu tirei dessa maré de mudanças é: seja sempre honesto, ouça seu coração, não desvie dos seu objetivos (mesmo que eles sejam revistos ao longo do caminho) e tente usar sempre as palavras corretas.

Ele não vai ler isso, mas Paulo: muito, mas muito obrigada pelos conselhos que tu (e eles) me deste ontem. Só eu sei o quanto eles foram importantes.

Acho que hoje tenho condições de dizer que entrei pra idade adulta e meu quarto parece uma trincheira da primeira guerra mundial.

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