sábado, 29 de março de 2008

Kevin Johansen presenta Logo!




Ir no show de um artista no país dele é, realmente, outra energia. Fui no show dele junto com o Paulinho Moska aqui no Santander em fevereiro e não foi, nem de perto, a mesma energia. E olha que na platéia só se ouvia espanhol. Tudo bem que o show era compartilhado, mas, nem de longe, a energia de quando Kevin ficou sozinho no palco se compara com o show na La Trastienda.



Resumindo: o cara manda muito. Ele é todo bonachão, com suas músicas às vezes sérias demais (Anoche Soñe Contigo e Desde Que Te Perdí), às vezes escrachadas demais (Buenos Aires Antisocial Club, Amistad de Borrachera e So Lazy), às vezes com muitos elementos folclóricos (Fantasmas de Carnaval), às vezes simplesmente magníficas e simples com a mesma frase em três línguas diferentes (Campo Argentino). E a banda, The Nada, está na altura certa. Eles combinam muito. O baterista é um velhinho muito do simpático. E toca bagarai.
Kevin conta histórias, canta, conversa, canta no meio do povo, dança e diverte a galera. Ele tem a coisa que mais gosto em um artista: ele conserva o arranjo do disco durante o show. Não que não haja modificações, mas a música permanece, basicamente, a mesma. Escutem as versões de The Great Gig In The Sky do Dark Side e do Pulse. Odeio a versão do Pulse. A alma da canção é a mulher cantando e a mulher que canta no disco é simplesmente perfeita. As cantorinhas do Pulse acabam com a música em questão de segundos, IMO.
Eu sou muito fã de KJ, Machado criou um monstro e sou muito suspeita, mas quem curte coisas diferentes devia ouvir Kevin. Tão fã que troquei as datas da minha viagem só pra ir no show do cara.
E comecem pelo City Zen (meu preferido).



E sim, ele tem uma guitarra da Hello Kitty.
Eu amo esse cara.

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