sábado, 6 de maio de 2006

Kassick

Foram 3 anos de muita felicidade, muito amor, muitos mal entendimentos, muita amizade, muitos monólogos...
Foram 3 anos de cumplicidade, igualdade, desigualdade, risadas, carinhos, bobagens, meu bem prá lá, meu bem pra cá...
No fim, foram os 3 primeiros anos que eu me senti feliz com alguém.
No fim, foram os 3 primeiros anos que eu tive certeza que fiz alguém feliz.
No fim, foram os 3 primeiros anos que eu me senti amada.
No fim, foram os 3 primeiros anos que eu tive certeza de que amei alguém.
Tudo com o nosso jeito. Sem mentiras, sem jogos. Tudo puro, tudo limpo, tudo honesto, tudo sincero.
Culpa nossa que chegou ao fim.

Nosso namoro não terminou porque a gente não se gosta mais, bem pelo contrário. Mas os silêncios dele, a falta de ação dele, o muito pensar dele, a nossa falta de sincronia e a espera que ele me entregava me cansaram. Eu cansei de montar quebra-cabeça das coisas que ele sentia pra eu entender o que se passava. Eu cansei de ser cobrada por ele pelas minhas coisas. Eu cansei da pressão que ele me fazia. Eu cansei de esperar. Eu cansei. Meu amor descascou da pintura da amizade. E eu já repintei isso com as cores que ele me deu. Essa vez, eu percebi que não queria repintar sozinha com as cores que ele, sem sombra de dúvidas, me daria.

Não basta gostar, tem de participar. Fazia um tempo que eu me sentia uma namorada sem namorado. "Por que não reclamar?", você deve pensar. Eu te respondo com outra pergunta: precisa? Já que alguém se disponibiliza a ser namorado/a de alguém, isso é inerente. Ceder é inerente. Algo que ele não fazia com tanta freqüência. Mas eu amava quando ele cedia. Amava.

Amava quando ele me fazia rir, quando ele prendia meus dedos, quando ele me apertava.
Não amava a rispdez com que, às vezes, ele falava comigo; algumas grosserias dele, alguns atos dele.

Ele é a pessoa mais maravilhosa que eu já conheci. Ele é o anjinho que veio tocar a musiquinha mais meiga que eu já ouvi. Dono de um cabedal de conhecimento técnico. Dono de um coração imenso. Dono de uma parte do meu coração. Como toda obra divina, digna de seus defeitos.

Acho que resolver gostar de alguém que gosta de mim foi a melhor decisão que eu tomei na minha vida até agora. Eu aprendi muito mesmo. Espero que eu tenho deixado alguma mensagem contigo.

Kassick, obrigada por me convencer a gostar de ti. Obrigada por me agüentar, por me abrigar, por conjugar milhões de verbos comigo. Obrigada por conjugar milhões de verbos pra mim. Até os ruins.
Obrigada de coração.

E, por favor, cara: não some.

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