quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Alea jacta est

Minha bolsa aqui no CPD termina em dezembro. Então, desde setembro, estou largando currículos pra achar algo que existe por aí chamado emprego. No meio dessa confusão, passei pra terceira fase da seleção do programa de trainee da Gerdau e algumas outras ofertas apareceram. Sabe aquela história que, quanto mais tu procura, menos tu acha. Mas quando tu acha algo, todas as outras coisas resolvem te encontrar?

Uma empresa meio que gostou de mim e me fez uma proposta apostando em conhecimentos que eu tenho, mas que nunca se encontraram. Two shots in a lifetime in a row... Olhando para o que tenho aqui no CPD, tem suas vantagens (monetárias, "estabilidade", experiência em desenvolvimento, possíveis certificações, férias remuneradas, plano de saúde, banco de horas [para o mal ou para o bem]), sua desvantagens (mais carga horária, mais cobrança no trabalho, pagamento de imposto de renda, sem ginástica laboral, sem feirinha por perto), seus alikes (voltar a pé do trabalho, flexibilidade de horário [mas não abusa], entendimento que há um mestrado a ser cumprido) e suas surpresas (novos colegas de trabalho, novas situações, nova área da cidade pra conhecer).

Dentro de tudo isso, eu pensei. Conversei com algumas pessoas. Umas me deram alguns conselhos que eu não acredito, outros que acredito e alguns que eu não conhecia. Pensei em todas as coisas que já aconteceram comigo, e fiquei brava com muitas decisões que já tomei. Fiquei brava por ter medo durante a faculdade de arriscar em um estágio "mais difícil", por trabalhar sempre em áreas que não possuem nenhuma ligação entre elas, por sempre dar azar de ter uma coisa legal na mão e não conseguir produzir com ela. No fim, meu currículo é uma grande colcha de retalhos. Mostra flexibilidade, mas sem experiência sólida em algo. Me pergunto o que diabos eu faço com a minha carreira agora. Em Porto Alegre, morei em 12 apartamentos diferentes. O que mais durou foi o que menos senti que aquilo era minha casa. A única coisa que sinto é que preciso ficar estável. Já sei como é ser nômade e me sinto cansada disso. Tá na hora de saber como é o outro lado. Não sei como é estar em um lugar e crescer ali, tanto pessoal quanto profissionalmente. E agora é a hora.

Por tudo isso, decidi aceitar a proposta que me fizeram. Não é a melhor do mundo, mas como diz a Aisha, faz bem pro ego.

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