terça-feira, 27 de março de 2007

Filmes do final de semana

  • Mujeres al Borde de un Ataque de Nervios, de Pedro Almodóvar.
    Não adianta, o cara destrói mesmo. Eu sou suspeita pra falar de Almodóvar, porque eu simplesmente o amo. Mas esse filme é massa. Bem cabível para a sexta-feira da Mansão, que foi à beira de três ataques de nervos.
    O filme fala da história de três mulheres (e como essas histórias se encontram, claro): Pepa, Candela e Lucia. Lucia acaba de voltar de uma clínica de doentes mentais (depois de passar 20 anos lá), Pepa acaba de ser deixada pelo namorado via secretária eletrônica (essa ganhou do email) e Candela acaba de descobrir que seu namorado e os amigos dele são terroristas xiitas.
    Detalhe do filme: a lata de Antonio Banderas. Cruzes!
    Melhor cena: Lucia aponta a arma pra Pepa enquanto esta segura um copo de gaspacho. Tudo na mais tranqüila calma como se todo o dia alguém apontasse a arma para você no meio da sua sala durante seu gaspacho.
    E a Carmen Maura está linda, embora o Uli e a Lu já achem ela, nessa fase, bem acabada.

  • O Céu de Suely, de Karim Aïnouz.
    Quando li a resenha, achei que o filme era bem mais punk-rock-hard-core. Anjos do Sol é muito mais pesado. Ambos os filmes falam de prostituição. O Céu de Suely fala da volta de uma menina para sua cidade natal, no interior do Ceará, com seu filhinho (a coisinha mais rica!!!). Ela fica à espera de seu marido que, é claro, não volta (que dúvida...). Percebendo as dificuldades, Hermila adota o nome de Suely e passa a se rifar. Ela tem uma teoria de porque não é puta que é bem interessante. Ela fica com apenas um cara durante a noite: aquele que comprar mais caro sua rifa.
    A diferença entre o Anjos do Sol e O Céu de Suely é a circunstância. No Anjos do Sol, as meninas são vendidas para a prostituição, enquanto Suely escolhe a prostituição. Talvez essa diferença faça a sutileza do filme. E o Karim é diretor de Madame Satã. Está na lista.
    A Hermila Guedes tem uma beleza única. Ela não é o tipo de mulher que um cara olha e, bom... Deixa pra lá. Mas o sorriso dela me encanta.
    Melhor cena: a que o João corre atrás dela de moto. Homens bonzinhos rulz.

  • O ano que meus pais saíram de férias, de Cao Hamburguer.
    Mais um filme sobre a ditadura? NÃO! Um filme sobre a ditadura (1970, mais precisamente) vista pela ótica de Mauro, um garoto de 10 anos filho de pai judeu e comunista e mãe comunista. Os pais são perseguidos pelo DOI/CODI e, por isso, resolvem tirar umas "férias", deixando Mauro com o avô paterno. O elenco foi muito bem escolhido. Eu tenho um apreço muito grande pelo Caio Blat, depois que ele saiu das novinhas da Globo. Respeito muito esse cara. A fotografia é muito perfeita e o roteiro, principalmente das narrações do Mauro, são muito bem escritos. Quem gosta de crianças, deve ver esse filme.
    Detalhe do filme: Daniela Piepszyk, a Hanna. Se crescer, continuar meiga, doce, linda e talentosa, teremos uma nova (quem sabe) Fernanda Montenegro.
    Melhor frase do filme: do Mauro "... e foi ali que eu descobri o que queria ser na vida: queria ser negro e voador."
    Melhor(es) cena(s): todas as da Hanna, principalmente a do Bar Mitzvah. Ela é a minha versão melhorada! Eu descobri que poderia mexer com a cabeça dos moleques quando eu tinha uns 19 anos. Ela descobre isso aos 10! Ela comanda a meninada, joga e gosta de futebol, briga pela sua dignidade e defende sua honra. E ainda ganha seus trocos con o loxínia do mamãe! Se eu tiver uma filha, ela precisa ser a Hanna. Os olhos claros (mas não azuis), eu garanto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário