domingo, 4 de março de 2007

Saudades do François

Ele não era muito de falar, não era muito de interagir com a gente, não era muito de dar explicação onde ia; apesar de ser um dos caras mais educados e prestativos que já conheci. Ele sempre estava ali: pronto pra rir da gente, dançar a música que estava tocando, cozinhar pra gente coisas francesas gostosas, roubar 99% da banda ou sniffar a rede para ler nossos pacotes. Sempre aceitando nossas idéias doidas, incluindo a de usar orelhas na OpenHouse NDI.
Agora ele foi embora. Ele certamente estava triste, assim como a gente. Nos deixou um recadinho. Chorei quando ouvi a Bruna leu o recado pra mim. Eu sempre acho que sou uma péssima amiga, pois não me despedi dele. Certamente choraria bastante. Odeio despedidas. Ele é um guri bonzinho, que merece tudo de bom, muito sucesso, muita felicidade e uma mulher que o trate e goste dele como a gente sabe que ele merece. Acho que ele teve um choque cultural ao vir pro Brasil, principalmente ao morar com quatro mulheres malucas. Mas vai ser um tempo que ele vai levar com muito carinho pra onde ele for. Tenho certeza que ficaremos sempre na memória desse francês safado sniffador de redes.
Ele vai ter muita história pra contar, vai poder se gabar que morou com quatro mulheres lindas, que cozinhou pra elas, que teve as quatro cozinhando pra ele. Vai mostrar os vídeos que ele fez, incluindo o que ele dança enlouquecidamente pela sala e quase derruba o cabideiro de bolsas da Bru.
Em Porto Alegre, temos, agora, o mousse do François, os crepes do François, os lencinhos de tirar cravos do François, as coisas que o François deixou, saudades do François...


Os pra-sempre moradores da Mansão das Computólogas

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